quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Itaborai, Magé e Caxias menos os sem perfil


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Com obras do Comperj, Itaboraí sofre 'boom' imobiliário e enfrenta os males da migração
O Globo Online - 9/1/2011
O município de Itaboraí, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já vem sendo chamado de Eldorado (uma antiga lenda indígena de uma cidade que teria suas construções em ouro maciço) e até de Dubai, emirado rico em petróleo do Oriente Médio. Esses são alguns nomes dados por diversos empresários em referência aos impactos econômicos que vem provocando na região a construção pela Petrobras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Um dos principais impactos é o aumento da população: só em 2010 foram 50 mil novos moradores, totalizando, segundo a prefeitura, 300 mil habitantes. No comércio, 160 novas empresas se instalaram no ano passado em Itaboraí, que vive uma explosão imobiliária. Por outro lado, a cidade já sofre os dilemas do futuro: os preços dos imóveis não param de subir, reflexo do maior fluxo migratório. E só um terço da população conta com rede de esgoto e saneamento básico.

Mas isso é só o início da transformação. Estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o Comperj vai atrair entre 320 e 700 indústrias para o município nos próximos cinco anos. A expectativa é que em dez anos a população chegue a um milhão. 
- O Comperj gerou seis mil empregos em 2010. Este ano, o número deve ficar entre 10 mil e 11 mil. Mas estamos atentos a isso. Como a mão de obra na cidade não tem qualificação, estamos em um esforço de capacitação, conversando com o governo estadual e federal para trazer escolas técnicas e profissionalizantes. Sem isso, vamos ficar sem as melhores vagas - aponta Saíde Abrão, secretário de
Trabalho de Itaboraí. 
Preços de imóveis sobem 20%
O Comperj, que está em reta final de terraplanagem, atrai gigantes do varejo. Além de Lojas Americanas, C&A e Casas Bahia, o Prezunic está se instalando na cidade e a Ricardo Eletro já vai para sua segunda loja. Com isso, foram geradas 1.200 vagas no comércio em 2010, número 30% maior em relação ao ano anterior. A lista de empresas ganha força com a Patrimóvel, que decidiu abrir filial na cidade, espaço que já conta com 70 funcionários. Com a demanda em alta, a companhia, em apenas dois meses, gerou R$ 100 milhões em negócios com a venda de quatro empreendimentos imobiliários.

O preço dos imóveis na cidade, segundo Bruno Serpa Pinto, diretor de Operações da Patrimóvel Niterói, registrou alta superior a 20% em menos de um ano, para unidades residenciais com dois quartos, por exemplo:

- A tendência de preços é de alta. Há ainda uma série de investidores pessoas físicas que estão comprando imóveis na cidade como forma de investimento. 
A cidade virou alvo de construtoras e incorporadoras de todo o país. Até agora, já são 12 instaladas. A Rossi, com a Patrimóvel, vendeu em apenas um fim de semana 60 dos 160 apartamentos da Reserva Imperial. A construtora vai lançar em março outro empreendimento residencial, além de uma área, já adquirida, para seis mil unidades. A CHL vai lançar empreendimento com 400 unidades também em março. A Feg, construtora de Rio das Ostras, já iniciou as obras do Recanto das Flores, que terá 160 unidades. A mineira Passos também vai lançar seu empreendimento. 
- Itaboraí já é realidade. Hoje, 70% das unidades que estão sendo lançadas fazem parte do Minha Casa, Minha Vida - afirma Serpa Pinto.

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