O programa foi premiado pela cobertura da ocupação policial no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, no ano passado.
O Jornal Nacional ganhou, na noite de segunda-feira (26), em Nova York, o Emmy Internacional - o Oscar da televisão mundial, na categoria notícia. Foi premiado pela cobertura da ocupação policial no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, no ano passado.
Uma comunidade carioca tomada pelo tráfico, e a decisão das forças de segurança de recuperar o território perdido para os bandidos. Dezenas de jornalistas da Globo estavam posicionados em cinco lugares diferentes. De casa, pela TV, o telespectador acompanhou tudo: o cerco aos bandidos; a entrada dos blindados; a impressionante cena da fuga desordenada do bando de traficantes, feitas do Globocop pelo repórter cinematográfico Francisco de Assis; e, por fim, a sensação de liberdade dos moradores.
Na noite de segunda-feira (26), em Nova York, a cobertura feita pelo Jornal Nacional na retomada do Conjunto de Favelas do Alemão, em novembro de 2010, dividiu espaço com o que há de melhor no telejornalismo mundial – dividiu e também subiu ao lugar mais alto.
Nos agradecimentos, William Bonner, editor-chefe do Jornal, disse, em inglês, que este é um momento especial para a história do Rio de Janeiro e também do Brasil, porque o trabalho de reportagem registrou o momento onde o governo tentou mudar o método usado para libertar a população da dominação dos traficantes de drogas.
Este ano, o Jornal Nacional concorreu com reportagens vindas de vários lugares do mundo, mas esta não foi a primeira vez que o JN esteve na festa do Emmy. Esta é a sétima vez em nove anos que o Jornal Nacional chega à final. Em 2002, foi com a cobertura dos atentados do 11 de setembro, ocorrido um ano antes. Em 2005, a Globo concorreu com as reportagens sobre a reeleição do ex-presidente americano George Bush.
A partir de 2007, o Jornal Nacional foi finalista todos os anos. Primeiro, com a Caravana JN, que percorreu o Brasil em 2006 para mostrar os desejos dos brasileiros no ano eleitoral. No ano seguinte, com a cobertura do acidente do Airbus da TAM em São Paulo, onde morreram 199 pessoas. Em 2009, a indicação veio com a reportagem sobre o caso da jovem Eloá, sequestrada e morta pelo ex-namorado em Santo André, no ABC Paulista. Um ano depois, o JN chegou de novo à final pela cobertura do apagão de energia em 18 estados que afetou milhões de pessoas.
“Isso significa o seguinte: nos últimos nove anos, o JN esteve sete vezes colocado entre os quatro melhores telejornais do mundo. Seu trabalho foi reconhecido desta maneira pela Academia de Televisão. Eu acho que isso é uma prova da qualidade da TV que fazemos no Brasil, do telejornalismo que fazemos na Rede Globo”, afirmou o apresentador e editor-chefe do JN, William Bonner.
A TV Globo também já conquistou outros cinco prêmios Emmy Internacional. Dois foram concedidos ao jornalista Roberto Marinho. O último tinha sido com a novela “Caminho das Índias”, em 2009. Agora foi a vez de o jornalismo da Rede Globo receber o maior reconhecimento internacional da TV.
“Esse é o prêmio mais importante que a gente já conseguiu até hoje e eu diria que é o reconhecimento e a confirmação do trabalho que a gente vem fazendo no Brasil e no dia a dia nos nossos telejornais. É o Jornal Nacional que está recebendo este prêmio, mas eu diria que todo o trabalho de jornalismo da Rede Globo está homenageado através deste prêmio”, declarou o diretor da Direção Geral de Jornalismo e Esporte (DGJE), Carlos Henrique Schroder.
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