sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Petrobras cidadania, Itaboraí Comperj Caxias e Magé se Mostra


Saneamento urgente
Escrito por Marlene Silvino    Qui, 20 de Outubro de 2011 15:23   PDFImprimirE-mail
Política
Valão no bairro Vale do Sol
A própria prefeitura admite: o sistema de coleta de esgoto praticamente inexiste na cidade, mas foi implantado na Reta Velha e no distrito de Itambi, sob a responsabilidade do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).  A maioria da rede coletora, no entanto, está assoreada e as ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) existentes estão desativadas. A informação consta do Plano Municipal de Saneamento Básico de Maio de 2010. O documento esclarece, ainda, que no resto do município a solução é a ligação no sistema de águas pluviais (comum no Centro), fossas e/ou lançamento direto na rua.
Para alguns ambientalistas, a situação tende a se agravar com o Comperj, já que a população deve dar um salto e, com isso, aumentar também o despejo de esgoto in natura em rios e nascentes que abastecem a cidade.  “Destaco que um dos cinco grandes rios que atravessam a Apa de Guapimirim, o rio Guaxindiba já foi transformando num imenso valão de esgoto proveniente dos municípios de Itaboraí e São Gonçalo”, afirma o biólogo Mario Moscatelli, que tem várias fotos aéreas da região provenientes do projeto de monitoramento aéreo OlhoVerde que executa.
Para o geólogo Aderson Martins, do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), a contaminação do lençol freático não está totalmente descartada, mas é pouco provável. “O solo da cidade é argiloso. Essa argila funciona como um filtro natural e impede a contaminação”, disse.
A cidade, segundo ambientalistas, deverá receber todo o impacto e as conseqüências do crescimento urbano que irá ocorrer com o Comperj, sem a devida infra-estrutura básica (saneamento e coleta de lixo). Segundo o último censo do IBGE (2010) a população de Itaboraí é de 210.780 mil, devendo atingir o patamar de 450 a 520 mil habitantes em 30 anos.
 - Se tudo transcorrer como sempre acontece no Brasil, isto é, muitas promessas de obras e quase nenhum resultado prático para o ambiente, o recôncavo da baía de Guanabara e a APA de Guapimirim com seus manguezais e rios estão condenados – disse o biólogo Mario Moscatelli, ressaltando que a baía de Guanabara irá perder seu último trecho ainda com alguma qualidade de vida e resquício do exuberante primitivo litoral, destruído quase por completo.
Última atualização ( Sex, 21 de Outubro de 2011 15:47 )

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