sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Exigências da licença do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj)


TAC garante investimentos
Escrito por Marlene Silvino    Qui, 20 de Outubro de 2011 15:25   


Política
Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente
Durante a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no auditório da sede da Petrobras, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, celebrou o "maior termo da história do licenciamento ambiental do país" e disse que acompanhará todas as ações da Reduc, que prvê investir cerca de R$ 1,08 bilhão em melhorias ambientais e modernização de suas instalações até 2016, além de reduzir as emissões de óxidos de enxofre em 75% e dos óxidos de nitrogênio em 55% até o ano dos Jogos Olímpicos. Na ocasião, o secretário também assinou com a Petrobras o reflorestamento de uma área de 4.584 hectares nos rios Macacu e Caceribu, em Guapimirim, uma das exigências da licença do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). Com o acordo, a Petrobras se compromete a plantar e garantir o crescimento e a manutenção de nove milhões de mudas nos próximos dez anos. “O Comperj está ao lado do último remanescente de manguezal da Baía de Guanabara, que será preservado”, ressaltou o secretário.
O compromisso com o governo estadual para mudanças significativas na Reduc, entretanto, ainda vão demorar. A estatal só deve publicar os editais de licitação para as obras em janeiro.
Estudos do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente, da Coppe/UFRJ, apontam que estes gases são geradores de ozônio, causador de doenças respiratórias como asma e bronquite. O coordenador do laboratório, Emilio La Rovere, espera que os investimentos tragam benefícios à saúde pública.
- A refinaria é hoje fonte de uma fumaça fotoquímica extremamente nociva à via respiratória humana. E a Baixada Fluminense é uma região em que há grande dificuldade de circulação de ar. A Reduc foi concebida sem nenhuma preocupação ambiental, há 50 anos. Seu programa de despoluição está atrasado. Aguardamos avanços - disse La Rovere.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, acrescentou que o TAC prevê a construção de uma unidade de tratamento de resíduos industriais, uma unidade de tratamento de rio (UTR) no Irajá e obras de macrodrenagem no entorno da refinaria:
- Algumas obras já deveriam estas prontas. É um compromisso que estamos assumindo. O TAC vai gerar redução significativa dos poluentes na atmosfera e na Baía de Guanabara.
Com o termo assinado, a expectativa é que a Secretaria do Ambiente, por meio da Comissão de Controle Ambiental (Ceca) conceda a licença à Reduc nos próximos dias. O documento havia expirado no ano passado. A nova licença valerá por três anos, podendo ser renovada por mais três anos.


 

Última atualização ( Sex, 21 de Outubro de 2011 15:47 )

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