sexta-feira, 31 de julho de 2009

Prêmio ODM Brasil

Em reunião realizada no dia 15 de abril, na ENAP, um júri formado por 13 respeitados profissionais dos mais variados segmentos – administração pública, organismos internacionais, movimentos sociais, grupos empresariais, universidades – escolheu as 20 iniciativas vencedoras da segunda edição do Prêmio ODM Brasil – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, apresentadas aqui segundo o número de inscrição. O Prêmio busca valorizar projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável, com ações economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas.

Na abertura do encontro, compuseram a mesa o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio Pochmann, e a presidente da ENAP, Helena Kerr do Amaral, que falou da importância da premiação. “O Prêmio ODM Brasil tem sido inspirador. Deu impulso a iniciativas criadas para acabar com a fome e a miséria, para garantir educação de qualidade, para reduzir a mortalidade infantil e atender os demais objetivos definidos por líderes de 191 nações, que oficializaram, na Cúpula do Milênio, em 2000, um pacto para tornar o mundo mais justo e mais solidário até 2015”, disse a presidente da Escola.

Após agradecer o empenho do PNUD - “um parceiro especial” -, Helena destacou o trabalho do Comitê Técnico, que realizou visitas in loco e, a partir daí, teve oportunidade de conhecer bem uma nova realidade. Ela observou que servidores públicos foram a vários pontos do Brasil, “um país tão heterogêneo, e então puderam observar a mágica que se produz do nada. Viram que é possível, com criatividade, inovação, coragem e liderança, fazer mais para diminuir a desigualdade social”.

O presidente do IPEA, Márcio Pochmann, disse que a escolha dos vencedores do Prêmio ODM é um processo complexo – este ano, foram 1.062 inscrições - e que os vencedores são, de fato, merecedores por trabalharem pela transformação da sociedade brasileira, em particular, e pela transformação do mundo, em geral.

O ministro Luiz Dulci classificou os objetivos do milênio como a plataforma do humanismo contemporâneo. Para ele, a instituição dessas metas foi um avanço da Organização das Nações Unidas. “A ONU sempre teve objetivos, mas não eram comuns. A OIT cuidava do trabalho, a OMS da saúde, o UNICEF, das crianças. É a primeira vez que são traçados objetivos comuns a diversas áreas. E o Brasil é o primeiro país a instituir um prêmio ODM nacional, idéia que partiu do presidente Lula, do PNUD e do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade”, disse o ministro.

Dulci destacou a atuação conjunta do Estado e da sociedade civil - “uma enriquecedora soma” - em benefício do bem comum e lembrou que o Prêmio ODM dá visibilidade às experiências desenvolvidas em diversos pontos do país. “Muitas vezes são ações esplêndidas, mas ignoradas. A premiação permite que sejam conhecidas ações importantes, que poderiam passar despercebidas. Forma-se uma ‘cultura ODM’, um circuito de pessoas que desenvolviam iniciativas sintonizadas com os objetivos do milênio, mas não sabiam disso”, concluiu o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

As oito iniciativas que ficaram conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são: erradicar a pobreza e a fome; atingir o ensino primário universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

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