sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Transporte público

20/12/2010

Superlotação, falhas, panes fazem parte do cotidiano da triste rotina no Metrô de São Paulo



Plataformas superlotadas, trens circulando com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas estações, escadas rolantes desligadas, estações fechadas e outras falhas transformaram-se na triste rotina dos usuários do Metrô.

Nas recentes ocorrências (10/12 e 16/12), falhas em equipamentos de via causaram horas de transtornos para milhões de pessoas. Na Linha 3 o tempo de viagem triplicou, e na Linha 1 as estações entre São Judas e Jabaquara ficaram fechadas durante 2 horas.

Mais uma vez assistimos as consequencias para a população de São Paulo da politica privatista e de falta de investimento em transporte público dos governos estadual e municipal.

O fechamento de estações durante a semana piorou mais ainda o quadro de superlotação e problemas cotidianos que a população tem enfrentado junto com a categoria metroviária que também sofre duplamente a politica do governo. Aliás, sente nas péssimas condiçoes de trabalho, nas consequências que afetam a população e nos ataques que o governo promove contra os direitos dos metroviários visando reduzir custos.

Nesta segunda feira, o Sindicato dos Metroviários fez uma panfletagem, na parte da manhã em quatro estações (Jabaquara, Barra Funda, Itaquera e Tucuruvi) e convidou os ativistas do movimento sindical e popular a se somarem na denúncia das politicas privatistas do governo tucano e para organizar um amplo movimento de defesa do transporte público, estatal e de qualidade para o conjunto da populaçao de São Paulo.

Breve histórico de falhas

16/DEZ – Falha provoca fechamento das estações Jabaquara, Conceição e São Judas por 2 horas.

10/DEZ – Falha na Linha 3 acarreta o fechamento de estações e restrição de velocidade em todas as linhas, das 16h50 às 21h.

30/NOV – Fechamento da linha 5 por mais de 4 horas, devido a queda de um raio e a fragilidade do sistema preventivo.

21/SET – Linha 3 ficou paralisada por 2 horas. Usuários seguiram andando pelos trilhos.

16/SET – Falha na Linha 2 acarreta redução de velocidade, superlotação, filas, evacuação de trens e mal-súbitos nas outras linhas também.

10/SET – Falha no trem em Paraíso causa superlotação e tumulto na estação Sé.

4/AGO – Trem recém adquirido (CAF), e sem o tempo em testes necessário, encosta na lateral da plataforma de Sé.

14/MAI – Falha na Linha Vermelha, entre as estações Guilhermina/Esperança e Patriarca provoca atrasos no sistema.

Metroviários querem qualidade e valorização do trabalho

A direção do Metrô está impondo um Plano de Carreira que desvaloriza a experiência técnica dos metroviários, adquirida em mais de 30 anos de trabalho e reconhecida internacionalmente.

Esta imposição piora a qualidade do serviço prestado e não resolve os problemas dos usuários.
Por isso, os metroviários estão usando um boton denunciando esta situação e reivindicando valorização, mais Metrô e um transporte de qualidade para todos.

Por mais metrô público, estatal e de qualidade

A falta do devido investimento em transporte público de massa durante décadas é a principal causa da superlotação e do caos vivido pelos cidadãos diariamente.

Metrópoles como Londres e Nova Iorque têm uma malha metroviária com mais de 400 quilômetros de extensão. A de São Paulo não chega a 70 quilômetros.

É preciso acabar com investimentos pautados pelos períodos eleitorais, que só servem de propaganda, mas não resolvem o problema da população.

Por isso, os metroviários convidam todos a participar desta luta por mais metrô público, com qualidade e estatal; com planejamento e investimentos que visem o benefício da população e não o lucro do setor privado.

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