ABNT lança norma de responsabilidade social
Após cinco anos de trabalho é lançada ISO 26000 que traz orientação para sete temas
Agência Fiesp
Para Eliane Belfort, a norma vai promover o equilíbrio social e regular a concorrência internacional
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou no último dia 08, em São Paulo (SP), NBR ISO 26000, norma internacional de responsabilidade social. A iniciativa é resultado de cinco anos de trabalho e fruto de parceria de 450 especialistas e 42 organizações de mais de 90 países.
O Brasil e a Suécia lideraram mundialmente o processo de construção do mecanismo. O lançamento mundial foi realizado pela International Organization for Standardization (ISO), no dia 1º de novembro, em Genebra (Suíça). “O desafio agora é a sua implementação e demonstrar os valores e as oportunidades que se abrem”, destacou o vice-secretário geral da ISO, Kevin McKinley.
O instrumento contém orientações sobre sete temas-chave da responsabilidade social, tais como: governança; transparência; ética; sustentabilidade; engajamento dos stakeholders; operações justas de comércio e voluntariado; leis internacionais e locais aos direitos humanos; e normas internacionais de conduta seguindo padrões da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O mecanismo fornece orientações para todos os tipos de organizações, independentemente do porte ou localização, sobre conceitos, termos, definições e todas as questões referentes à responsabilidade social e desenvolvimento sustentável e sua implementação nas organizações.
A ISO também contempla um guia de integração para diagnóstico, revisão e melhoria de práticas, com ferramentas e sugestões de como as ações podem ser comunicadas. As diversas orientações objetivam enfatizar a credibilidade da organização em torno do tema. Ao contrário das outras normas da ISO, a 26000 não é certificável nem tem caráter de sistema de gestão.
A nova norma é um guia de aplicação voluntária, mas as organizações que a adotarem poderão ser beneficiadas em vários aspectos como, por exemplo: vantagem competitiva; reputação; capacidade de atrair e manter trabalhadores ou sócios, clientes ou usuários, melhor relacionamento com empresas, governos, mídia, fornecedores, clientes e a comunidade em que atua.
“Os temas centrais da norma vão promover o equilíbrio social e regular a concorrência internacional”, explicou Eliane Belfort, diretora do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade que sediou o lançamento do evento. O grupo de trabalho brasileiro que participou da elaboração da norma contou com a participação de 70 organizações. As empresas envolvidas representavam as cinco regiões do país e 25 setores da economia.
Sustentabilidade nos processos produtivos
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) também anunciou que publicará, até fevereiro de 2011, os requisitos gerais de sustentabilidade de processos produtivos. Durante o período de consulta pública, a proposta de texto recebeu a contribuição de mais de 30 grandes empresas, de diferentes setores.
“O programa consiste em consolidar uma plataforma de práticas de sustentabilidade em processos produtivos, a maioria prevista em lei, para atender aos mercados mais exigentes. Importante ressaltar que é de caráter voluntário e terá a certificação somente para os casos em que os fornecedores queiram atestar a utilização desses requisitos”, comentou explicou o diretor da Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo.
Para definir os requisitos de sustentabilidade dos processos produtivos, o Inmetro utilizará, além dos requisitos consagrados na legislação, experiências anteriores em certificações desenvolvidas em setores produtivos que envolvem conceitos de sustentabilidade, tais como os programas de certificação de florestas, dos produtos de base florestal (papel, celulose, madeira etc.), de cachaça, das frutas e da fibra de sisal.
Os requisitos se baseiam em princípios de impactos ambientais, sociais e econômicos já praticados nos processos produtivos. A grande maioria está contemplada na legislação brasileira. Dentre outros, abordam questões como racionalidade no uso dos recursos naturais, descarte de resíduos, adequadas condições de trabalho, utilização de equipamentos de proteção individual, entre outros.
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COMENTARIO QUE NÃO CONSEGUIMOS COLOCAR
Seria legal que nessa leva a responsabilidade social seja inclusão não por merito como no Contrato especial de Trabalho em que os aplicadores de cursos exigem escolaridade acima das necessidades e realidade do nosso Pais. E que as construtoras investem nos treines não nos auxiliares de pedreiros com a finalidade de trasforma-los em engenheros e que a jornada de trabalho não coincidem com o horario de escola, já que o provão foi extinto pelos nossos gestores de educação, ou que dar artesanato em um municipio em que artesão é tratado como cameló ou só pode vender para terceirizado ou na forma de engrandecer alguem num local onde a passagem de pessoas é minima. Etica caso a pensar.
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