terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Camelós e artesã

Vergonhoso é tratar artesão como cameló, compramos nossos materiais a se tranformar em produto, nessas lojinhas pequenas que vem nas mercadorias os impostos embutido, as mesmas não nos querem nas ruas, mesmo que nossas mercadorias não seguem os padrões de fabricação de uma industria, mas tende a ter um valor agregado se forem comercializadas por estes que compram a preço de material de escravos, os mesmos que viajam e compram produtos artesanais lá fora de artesão que vende como camelós

Vejam uma publicação interessante;

Camelôs fora de controle da prefeitura
agosto 4, 2009, 19:09
Filed under: É uma pena | Tags: camelô, irregularidade, contrabando, informalidade, Paraguai, lei

Sob a desculpa da “questão social” Pelotas, assim como todo o Brasil, se esconde, ao invés de resolver um problema que contradiz a lógica, a moral e a própria Constituição Federal. Diz o caput do artigo 5º da Constituição Federal brasileira a máxima, tão usada de maneira inflamada em discursos políticos e em promessas cuspidas ao léu: “todos são iguais perante a lei”.

camelódromoEntão me pergunto: por que eu pago imposta, IPTU e uma carga tributária excessiva em minha Micro Empresa, que gera emprego a, ao menos, 1 funcionário, se os “camelôs” não precisam pagar nada? Perante que lei todos são iguais? Uma lei imaginária…

Segundo Soler, secretário da Secretaria de Planejamento Urbano (Seurb), “Estas pessoas estão ali porque não encontraram colocação no mercado formal de trabalho. São desempregados que precisam desta atividade para sua subsistência. Enquanto não houver uma política econômica de inclusão social, existirão os camelôs, em todas as médias e grandes cidades do Brasil.”

É justo tratar essas pessoas que, teoricamente, não possuem condições no mercado de trabalho? Não precisa ser nenhum grande investigador para perceber que muitos ali possuem carros (alguns não apenas um), empresa constituída e funcionários. Há empresa de venda de material esportivo de um dono de uma academia. Há verdadeiras lojas de celulares de pessoas que também possuem lojas no calçadão de Pelotas. Há um bar, que é uma filial de um famoso bar em Pelotas. Essas pessoas “encontraram colocação no mercado formal de trabalho”, senhor secretário?

CamelôsO que mais chama atenção, porém são as notícias que se lê na recém publicada “Revista de Prestação de Contas 2005/2008″ e no site da prefeitura (www.pelotas.rs.gov.br). Segundo o site da prefeitura, o “camelódromo” “está sendo administrado por uma associação de ambulantes que ali se instalou. Aquele espaço é público, mas sua administração é privada desde o governo passado. Nesta época a Prefeitura deixou de ter controle sobre a situação, e estamos tentando estabelecer um diálogo com a administração do camelódromo para que possamos tornar aquele espaço público novamente”. Já na revista lê-se: “Ampliação do camelódromo: construção de 200 bancas e sala para treinamento permanente de empreendedores formais e informais”. Treinamento de “empreendedores informais”? Faça-me o favor!

Além da vergonhosa localização, à frente do prédio da Receita Federal, as ações que serão tomadas pela Prefeitura são de ampliação e treinamento, em parceria com a informalidade. Considero um incentivo, pois o empresário dito formal, não possui regalias, pelo contrário, é taxado e, caso não tenha condições de arcar com os tributos, é processado e ganha um cadastro negativo em sistemas de proteção ao crédito. Já “camelô” não, pois “não encontram local no mercado formal de trabalho”. Acho que a solução é essa: ninguém encontrar local no mercado de trabalho. Só assim “todos serão iguais perante a lei”.

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