presidente da associação de moradores da favela, Altair Guimarães, afirma que a nova intenção da prefeitura é reflexo da especulação imobiliária. "A gente não quer ser removido daqui. Vamos lutar para que a comunidade permaneça. Não podem tratar a gente como animais", afirma Guimarães.
O presidente da associação diz ter experiência em reassentamentos. Na década de 60, ele foi removido de sua casa na Ilha do Caiçaras, na zona sul. Enviado à Cidade de Deus, Guimarães teve de sair do local em 1994 para a abertura da Linha Amarela. Ele vive há 15 anos na Vila Autódromo
Novos índices Brasileiros como consumo, direitos de ir e vir, e culturas de locais distintos nos fazem questionar como a diversidade Brasileira vai tratar os outros, pois vejo pessoas que se dizem humanas à frente de cargos não reconhecer o outro ser humano. Por um 2015 humano.
sábado, 30 de janeiro de 2010
De como não remover favelas
12/10/2009 - 00:02 | Enviado por: Sheila Machado
Por Rodrigo de Almeida
Em terra de futebol, Copa do Mundo é uma festa. E, em festas, como se sabe, tudo o que não reluz é lixo. Chaga a remover. Demônio a eliminar. Se levada ao pé da letra a tese do lustre para um evento de grande porte, a ameaça pode, no limite, fazer com que ocorra nas favelas do Rio de 2014 o que se passa na África do Sul a caminho de 2010. Na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em Brasília o presidente Jacob Zuma, mas ambos certamente não tocaram no assunto que vem apavorando milhares de moradores de favelas sul-africanas.
Segundo denuncia a organização Abahlali baseMjondolo, fundada em Durban pelos próprios moradores das favelas como reação à remoção, comunidades inteiras, situadas em grandes centros urbanos, têm sido expulsas à força. O governo do partido do Congresso Nacional Africano (ANC) fala em “deslocamentos”. Rechaça a participação em atos de violência contra a população. Os movimentos sociais, no entanto, tentam mostrar ao mundo que não é bem assim. No site da organização, lê-se a chocante história do ataque, por “homens armados”, à comunidade Kennedy Road no fim de setembro. Coisa pesada, incluindo canhões de água, granadas paralisantes, bastões de eletrochoque, perseguição e espancamento. Maus presságios para um país cuja Constituição é tida como modelo internacional de proteção e promoção dos direitos à moradia.
Como no Brasil (e no Rio em particular), os sul-africanos falam muito em eliminação de favelas de centros urbanos. Mas lá o problema é mais antigo. Desde 1934 o governo daquele país, branco ou negro, vem tentando resolver o assunto. Cada um a seu modo, claro. Uma pesquisadora chama a atenção para a singularidade das favelas sul-africanas. Não há, por exemplo, uma lei do tipo Usucapião – ou seja, as próprias pessoas não têm interesse em investir no local, uma vez que vivem sob constante ameaça de expulsão. Mais: como o governo as qualifica de temporary settlements, não fica obrigado a fornecer água ou luz. Ironia do subdesenvolvimento, certos “acampamentos temporários” existem há mais de 30 anos.
A tentativa de “limpeza” de uma cidade como Durban, por exemplo, não começou com a iminência da Copa do Mundo. Mas os ativistas reclamam, primeiro, que promessas feitas pelo partido que chegou ao poder depois do apartheid não foram cumpridas. Segundo, que o problema das favelas continua o mesmo de antes. Terceiro, que as expulsões se intensificaram às vésperas da Copa. As comunidades, porém, endureceram. A resistência, avisa quem tem conhecimento de causa, deve-se a uma soma razoável de fatores. A saber:
1- Os novos bairros construídos pelo governo estão localizados fora das cidades (em média a 25 quilômetros de distância); 2- As casas são de baixíssima qualidade e as hipotecas, exorbitantes; 3- Não há escolas e hospitais por perto; 4- Falta policiamento e, com isso, os índices de criminalidade vão às alturas, ou seja o governo conduz os moradores ao deus-dará; 5- Não existe transporte público até as novas áreas (na prática, um trabalhador removido passa a gastar seis vezes mais para locomover-se, para não falar do tempo adicional).
Que a lição sul-africana sirva alguma coisa para o Brasil. Tão logo o Rio foi escolhido sede da Olimpíada de 2016, o presidente Lula avisou que não haveria remoção das favelas. Mas a faxina da cidade – no bom sentido – passa pelo trato será dado às comunidades. O PAC das favelas é uma excelente tentativa de garantir dignidade a quem vive nos morros do Rio e de outras grandes cidades do país. Mas o governador Sérgio Cabral, que já classificou a Rocinha como “fábrica de produzir marginal”, emendou com a ideia de cercar as favelas com os muros. E só quer murar as comunidades encravadas na Zona Sul. Para atender às exigências do COI, o plano olímpico do Rio prevê a remoção de 3.500 famílias de seis favelas das zonas Oeste e Norte da cidade.
Na África do Sul, a organização Abahlali baseMjondolo luta contra a remoção forçada e em favor do acesso à educação e do fornecimento de água, luz, saneamento e assistência médica digna de um país democrático. Com o urbanismo do medo em vigor no Rio, convém ficar atento a eventuais semelhanças com os pobres sul-africanos. Aqui, como lá, não são poucos os assombros cometidos em nome da utopia de uma cidade sem favelas. Ou sem os seus moradores.
Por Rodrigo de Almeida
Em terra de futebol, Copa do Mundo é uma festa. E, em festas, como se sabe, tudo o que não reluz é lixo. Chaga a remover. Demônio a eliminar. Se levada ao pé da letra a tese do lustre para um evento de grande porte, a ameaça pode, no limite, fazer com que ocorra nas favelas do Rio de 2014 o que se passa na África do Sul a caminho de 2010. Na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em Brasília o presidente Jacob Zuma, mas ambos certamente não tocaram no assunto que vem apavorando milhares de moradores de favelas sul-africanas.
Segundo denuncia a organização Abahlali baseMjondolo, fundada em Durban pelos próprios moradores das favelas como reação à remoção, comunidades inteiras, situadas em grandes centros urbanos, têm sido expulsas à força. O governo do partido do Congresso Nacional Africano (ANC) fala em “deslocamentos”. Rechaça a participação em atos de violência contra a população. Os movimentos sociais, no entanto, tentam mostrar ao mundo que não é bem assim. No site da organização, lê-se a chocante história do ataque, por “homens armados”, à comunidade Kennedy Road no fim de setembro. Coisa pesada, incluindo canhões de água, granadas paralisantes, bastões de eletrochoque, perseguição e espancamento. Maus presságios para um país cuja Constituição é tida como modelo internacional de proteção e promoção dos direitos à moradia.
Como no Brasil (e no Rio em particular), os sul-africanos falam muito em eliminação de favelas de centros urbanos. Mas lá o problema é mais antigo. Desde 1934 o governo daquele país, branco ou negro, vem tentando resolver o assunto. Cada um a seu modo, claro. Uma pesquisadora chama a atenção para a singularidade das favelas sul-africanas. Não há, por exemplo, uma lei do tipo Usucapião – ou seja, as próprias pessoas não têm interesse em investir no local, uma vez que vivem sob constante ameaça de expulsão. Mais: como o governo as qualifica de temporary settlements, não fica obrigado a fornecer água ou luz. Ironia do subdesenvolvimento, certos “acampamentos temporários” existem há mais de 30 anos.
A tentativa de “limpeza” de uma cidade como Durban, por exemplo, não começou com a iminência da Copa do Mundo. Mas os ativistas reclamam, primeiro, que promessas feitas pelo partido que chegou ao poder depois do apartheid não foram cumpridas. Segundo, que o problema das favelas continua o mesmo de antes. Terceiro, que as expulsões se intensificaram às vésperas da Copa. As comunidades, porém, endureceram. A resistência, avisa quem tem conhecimento de causa, deve-se a uma soma razoável de fatores. A saber:
1- Os novos bairros construídos pelo governo estão localizados fora das cidades (em média a 25 quilômetros de distância); 2- As casas são de baixíssima qualidade e as hipotecas, exorbitantes; 3- Não há escolas e hospitais por perto; 4- Falta policiamento e, com isso, os índices de criminalidade vão às alturas, ou seja o governo conduz os moradores ao deus-dará; 5- Não existe transporte público até as novas áreas (na prática, um trabalhador removido passa a gastar seis vezes mais para locomover-se, para não falar do tempo adicional).
Que a lição sul-africana sirva alguma coisa para o Brasil. Tão logo o Rio foi escolhido sede da Olimpíada de 2016, o presidente Lula avisou que não haveria remoção das favelas. Mas a faxina da cidade – no bom sentido – passa pelo trato será dado às comunidades. O PAC das favelas é uma excelente tentativa de garantir dignidade a quem vive nos morros do Rio e de outras grandes cidades do país. Mas o governador Sérgio Cabral, que já classificou a Rocinha como “fábrica de produzir marginal”, emendou com a ideia de cercar as favelas com os muros. E só quer murar as comunidades encravadas na Zona Sul. Para atender às exigências do COI, o plano olímpico do Rio prevê a remoção de 3.500 famílias de seis favelas das zonas Oeste e Norte da cidade.
Na África do Sul, a organização Abahlali baseMjondolo luta contra a remoção forçada e em favor do acesso à educação e do fornecimento de água, luz, saneamento e assistência médica digna de um país democrático. Com o urbanismo do medo em vigor no Rio, convém ficar atento a eventuais semelhanças com os pobres sul-africanos. Aqui, como lá, não são poucos os assombros cometidos em nome da utopia de uma cidade sem favelas. Ou sem os seus moradores.
Falha em sistema do Enem foi corrigida, informa MEC
Sáb, 30 Jan, 02h18
A assessoria do Ministério da Educação (MEC) informou hoje (30) que o problema de lentidão verificado desde sexta-feira na página de internet do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), criado para estudantes se candidatarem a uma vaga em universidades federais usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foi "plenamente solucionado". Segundo o MEC, depois de apresentar defeito, um equipamento da rede interna do ministério foi substituído e o serviço está funcionando normalmente desde as 9h30 deste sábado.
Dados divulgados pelo MEC informam que a página está registrando uma média de 15 mil inscrições por hora. Até agora, foram contabilizados 85 mil inscritos. O sistema começou a funcionar ontem e deve receber inscrições até o dia 3 de fevereiro.
Ontem, alunos de várias partes do País afirmaram não ter conseguido completar a inscrição para disputar uma das 47,9 mil vagas oferecidas em 51 universidades federais e institutos de tecnologia.
A assessoria do Ministério da Educação (MEC) informou hoje (30) que o problema de lentidão verificado desde sexta-feira na página de internet do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), criado para estudantes se candidatarem a uma vaga em universidades federais usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foi "plenamente solucionado". Segundo o MEC, depois de apresentar defeito, um equipamento da rede interna do ministério foi substituído e o serviço está funcionando normalmente desde as 9h30 deste sábado.
Dados divulgados pelo MEC informam que a página está registrando uma média de 15 mil inscrições por hora. Até agora, foram contabilizados 85 mil inscritos. O sistema começou a funcionar ontem e deve receber inscrições até o dia 3 de fevereiro.
Ontem, alunos de várias partes do País afirmaram não ter conseguido completar a inscrição para disputar uma das 47,9 mil vagas oferecidas em 51 universidades federais e institutos de tecnologia.
REPASSANDO: Os "notáveis" conselheiros do prefeito de Niterói/RJ.
REPASSANDO...
Vagner para "Undisclosed-R.
O QUE É ISSO MINHA GENTE??
Subject: Os "notáveis" conselheiros do prefeito de Niterói/RJ.
O município de Niterói/RJ, tem hoje um "Conselho" biônico que gasta mais de 2 milhões de reais/ano. Cada conselheiro biônico - num total de 23 - ganha por mês mais de 6.660,00 mil reais, e nada produz para a cidade !
Faça as contas (pelo que se sabe):
R$ 6.700,00 x 23 "conselheiros biônicos" = R$ 154.100,00 / mês x 13 meses (incl. 13º- salário) = R$ 2.003.300,00 !!!
Entendem por quê, dentre outros motivos, o IPTU em Niterói é um dos mais altos do Brasil?"
Conclusão:
Esse conselho biônico é mais um cabide de empregos para a base de sustentação do Prefeito (empresários, "dirigentes" sindicais e representantes de partidos políticos), que pesa no bolso da população de Niterói.
Por este motivo a população de Niterói/RJ, em manifestação pública no dia 20/12/2009, pediu explicações ao Prefeito e a extinção desse espúrio conselho de "aspones".
Afinal essas "personalidades" são conselheiras de quê?
Eis a relação dos Conselheiros :
1- Agnaldo Luiz Lessa Zagne ( Médico e Prof. da UFF).
2- Alexandre dos Reis (ninguém conhece essa criatura).
3- Carlos Augusto Aguiar Bittencourt Silva, o "Gugu" (chefe de um projeto esportivo
com idosos que recebe considerável repasse de verbas do governo federal), além de
proprietário do Hospital Ortopédico São Lucas de Niterói.
4- Celso Martins Filho (procurador da prefeitura).
5- Cinthya Graber (jornalista).
6- Dalto Roberto Medeiros (Cantor).
7- Gilberto Martins Velloso ( ??? ).
8- Joaquim Manuel de Sequeira Pinto ( ???).
9- Joaquim Andrade Neto (Presidente da ADEMI).
10- José Augusto Pereira das Neves (ex-deputado cassado antigo PTB).
11- José Mauricio Linhares Barreto (Ex-deputado do PDT e ex-presidente da CERJ).
12- Leopoldo Silveira Fróes da Cruz (ex-secretario regional de Pendotiba- bairro de Niterói).
13- Luís Jourdan Sant?ana Amora ( dono do jornal niteroiense A Tribuna).
14- Luiz Carlos do Amaral Barros ( ???).
15- Marco Antonio Lira Almeida (presidente da Escola de Samba Unidos do Viradouro(!) e do PTB).
16- Paulo Roberto Medeiros Freitas(???).
17- Paulo Roberto Silveira Rosa(???).
18- Roberto Barreto Nolasco (???).
19- Roberto Catarino da Silva ( Presidente de um partido político???).
20- Sebastião Rodrigues Paixão (Presidente do PPS).
21- Wallace Salgado de Oliveira
(Dono da Faculdade Universo e irmão do Senador Wellington Salgado- o mineiro de Niterói).
22- Wolney Trindade (Ex-vereador e chefe do PMDB de Niterói/RJ).
23- Zalmirez José da Costa (???).
P.S.- Duas perguntas para a Secretaria da Receita Federal:
1) - As pessoas que realmente trabalham em NITERÓI podem incluí-los na próxima Declaração do Imposto de Renda como seus "dependentes"?
2) - Esses "conselheiros biônicos" estão declarando esse "jabaculê" como Renda ????
Vagner para "Undisclosed-R.
O QUE É ISSO MINHA GENTE??
Subject: Os "notáveis" conselheiros do prefeito de Niterói/RJ.
O município de Niterói/RJ, tem hoje um "Conselho" biônico que gasta mais de 2 milhões de reais/ano. Cada conselheiro biônico - num total de 23 - ganha por mês mais de 6.660,00 mil reais, e nada produz para a cidade !
Faça as contas (pelo que se sabe):
R$ 6.700,00 x 23 "conselheiros biônicos" = R$ 154.100,00 / mês x 13 meses (incl. 13º- salário) = R$ 2.003.300,00 !!!
Entendem por quê, dentre outros motivos, o IPTU em Niterói é um dos mais altos do Brasil?"
Conclusão:
Esse conselho biônico é mais um cabide de empregos para a base de sustentação do Prefeito (empresários, "dirigentes" sindicais e representantes de partidos políticos), que pesa no bolso da população de Niterói.
Por este motivo a população de Niterói/RJ, em manifestação pública no dia 20/12/2009, pediu explicações ao Prefeito e a extinção desse espúrio conselho de "aspones".
Afinal essas "personalidades" são conselheiras de quê?
Eis a relação dos Conselheiros :
1- Agnaldo Luiz Lessa Zagne ( Médico e Prof. da UFF).
2- Alexandre dos Reis (ninguém conhece essa criatura).
3- Carlos Augusto Aguiar Bittencourt Silva, o "Gugu" (chefe de um projeto esportivo
com idosos que recebe considerável repasse de verbas do governo federal), além de
proprietário do Hospital Ortopédico São Lucas de Niterói.
4- Celso Martins Filho (procurador da prefeitura).
5- Cinthya Graber (jornalista).
6- Dalto Roberto Medeiros (Cantor).
7- Gilberto Martins Velloso ( ??? ).
8- Joaquim Manuel de Sequeira Pinto ( ???).
9- Joaquim Andrade Neto (Presidente da ADEMI).
10- José Augusto Pereira das Neves (ex-deputado cassado antigo PTB).
11- José Mauricio Linhares Barreto (Ex-deputado do PDT e ex-presidente da CERJ).
12- Leopoldo Silveira Fróes da Cruz (ex-secretario regional de Pendotiba- bairro de Niterói).
13- Luís Jourdan Sant?ana Amora ( dono do jornal niteroiense A Tribuna).
14- Luiz Carlos do Amaral Barros ( ???).
15- Marco Antonio Lira Almeida (presidente da Escola de Samba Unidos do Viradouro(!) e do PTB).
16- Paulo Roberto Medeiros Freitas(???).
17- Paulo Roberto Silveira Rosa(???).
18- Roberto Barreto Nolasco (???).
19- Roberto Catarino da Silva ( Presidente de um partido político???).
20- Sebastião Rodrigues Paixão (Presidente do PPS).
21- Wallace Salgado de Oliveira
(Dono da Faculdade Universo e irmão do Senador Wellington Salgado- o mineiro de Niterói).
22- Wolney Trindade (Ex-vereador e chefe do PMDB de Niterói/RJ).
23- Zalmirez José da Costa (???).
P.S.- Duas perguntas para a Secretaria da Receita Federal:
1) - As pessoas que realmente trabalham em NITERÓI podem incluí-los na próxima Declaração do Imposto de Renda como seus "dependentes"?
2) - Esses "conselheiros biônicos" estão declarando esse "jabaculê" como Renda ????
CARTA DO PRESIDENTE DO BOREL
26/01/2010
A Associação de Moradores do Morro do Borel nasceu em 21 de abril de 1954 com o nome de União de Moradores do Morro do Borel, a primeira Associação de Moradores surgida no Estado da Guanabara. Seu estatuto deu origem as Comunidades do Morro da Providência, Morro do Pinto e Morro do Castelo que hoje não existe mais. A Comunidade do Morro do Borel sempre foi um exemplo de luta na história desta cidade em relação a remoção das favelas. Anos se passaram e a comunidade teve uma evolução tremenda de muitas conquistas e lutas. Hoje com 5 mil famílias e 20 mil habitantes considerada pelos três sistemas governamentais um complexo no bairro da tijuca, uma comunidade com vários equipamentos sociais nas áreas da saúde, educação, cidadania sendo administrado pelo sistema governamental e não governamental. Enfim, 2010 chegou e a Associação sai do processo de intervenção e no mês de março realizará eleição. Nesses 5 (cinco) anos muitas conquistas e a Associação teve o êxito de realizar sonhos que a Comunidade esperava à décadas, tais como a chegada da linha de ônibus passando pela Rua São Miguel de autoria do Vereador Luiz Humberto; um Decreto do Ex Prefeito desta Cidade Sr César Maia determinando ser a Comunidade do Morro do Borel um subbairro do bairro da Tijuca, onde cada viela possuirá sua placa com o seu nome e o CEP, facilitando assim o trabalho dos correios; obras do PAC complementando o que o Favela Bairro não terminou. Desta forma, vem chegando o fim do processo de intervenção da Associação de Moradores acompanhada por sua Federação. Os agradecimentos são vários mas de especial aos funcionários da Associação que mantiveram e mantêm a entidade aberta para a população ter acesso as suas correspondências e documentos. Muito obrigado. E a você, morador, que respeitou e respeita o meu trabalho, muito obrigado.
Felipe Vieira dos Santos
Presidente da Associação de Moradores do Morro do Borel
Sobre este artigo
Publicado Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010 às 15:06h. Categorias: Artigos, Divulgação.
A Associação de Moradores do Morro do Borel nasceu em 21 de abril de 1954 com o nome de União de Moradores do Morro do Borel, a primeira Associação de Moradores surgida no Estado da Guanabara. Seu estatuto deu origem as Comunidades do Morro da Providência, Morro do Pinto e Morro do Castelo que hoje não existe mais. A Comunidade do Morro do Borel sempre foi um exemplo de luta na história desta cidade em relação a remoção das favelas. Anos se passaram e a comunidade teve uma evolução tremenda de muitas conquistas e lutas. Hoje com 5 mil famílias e 20 mil habitantes considerada pelos três sistemas governamentais um complexo no bairro da tijuca, uma comunidade com vários equipamentos sociais nas áreas da saúde, educação, cidadania sendo administrado pelo sistema governamental e não governamental. Enfim, 2010 chegou e a Associação sai do processo de intervenção e no mês de março realizará eleição. Nesses 5 (cinco) anos muitas conquistas e a Associação teve o êxito de realizar sonhos que a Comunidade esperava à décadas, tais como a chegada da linha de ônibus passando pela Rua São Miguel de autoria do Vereador Luiz Humberto; um Decreto do Ex Prefeito desta Cidade Sr César Maia determinando ser a Comunidade do Morro do Borel um subbairro do bairro da Tijuca, onde cada viela possuirá sua placa com o seu nome e o CEP, facilitando assim o trabalho dos correios; obras do PAC complementando o que o Favela Bairro não terminou. Desta forma, vem chegando o fim do processo de intervenção da Associação de Moradores acompanhada por sua Federação. Os agradecimentos são vários mas de especial aos funcionários da Associação que mantiveram e mantêm a entidade aberta para a população ter acesso as suas correspondências e documentos. Muito obrigado. E a você, morador, que respeitou e respeita o meu trabalho, muito obrigado.
Felipe Vieira dos Santos
Presidente da Associação de Moradores do Morro do Borel
Sobre este artigo
Publicado Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010 às 15:06h. Categorias: Artigos, Divulgação.
Qualidade na educação pública
Flávio,
É fato que os professores não tem formação para atender alunos que vieram da pobreza absoluta e não cursavam escolas (principalmente os do ensino
fundamental e, possivelmente, gradativamente os da educação infantil, em
função da ação enérgica do Ministério Público). Mas o que não se diz é que
nem os que possuem formação acadêmica sabem lidar com o novo comportamento
em sala de aula, que antes seria considerado hiperativo. A geração internet
não para, não respeita, é absolutamente dinâmica, no ritmo da mudança da
imagem. Alguns estudos revelam que o que há de muito novo nesta geração é
que sua vontade se expressa na tela, sem mediação, como se ele estivesse
dentro do computador. Cria um exercício de mando diário, sem intermediários, sem superego. Se entrarmos na lógica anglo-saxônica do auto-ensino, estaremos dando mais um passo para a desmontagem da possibilidade de construção - via espaço escolar - do aprendizado da relação com o diferente, da construção das relações comunitárias (com seus defeitos e vantagens), com o ensino universal.
Também é fato que nossos cursos universitários não sabem ensinar a ser
professor, pelo simples fato que as universidades estão muito longe do
espaço escolar. A universidade se transformou num espaço fechado,
auto-referente, em que um jovem termina sua graduação e já ingressa no
mestrado, saltando para o doutorado e prestando concurso para dar aula na
universidade. Torna-se professor sem nunca ter entrado numa sala de aula de
ensino fundamental ou médio. Conhece apenas pesquisa e livros. Esta cultura
livresca não tem relação alguma com a dinâmica de um espaço escolar
absolutamente dinâmico, marcado por sub-culturas (na linguagem dos estudos
recentes), onde há um evidente confronto entre intenção escolar e hábitos
comunitários e familiares (aliás, de famílias cada vez mais monoparentais).
A lição de casa (ou tarefa, ou para casa, dependendo do Estado) e aulas de
reforço são uma prova de como a receita é absolutamente anacrônica para uma
realidade social que não comporta este resquício do início do século
passado.
A relação educação-trabalho não envolve apenas a visão empresarial. Envolve
alguns marxistas. Esta é a posição, por exemplo, do Movimento Sem Terra, que afirma que o trabalho é parte constitutiva da formação de crianças. Um
absurdo que coloca por terra (desculpe o trocadilho) todos estudos sobre
desenvolvimento humano. De minha parte, não acredito que este seja o
objetivo da educação básica.
Enfim, não acho que alguém pode preparar outro para a vida. A educação pode
colocar o educando em contato com a vida, inclusive com a sua, criando
dilemas, reflexões e o processo que Paulo Freire denominou de ad-mirar (ver
a si mesmo, ou ver de fora). A educação é um processo auto-reflexivo, que
lança mão da experiência humana. Por este motivo é que é um ato de escuta e
reflexão. Lemos e estudamos para saber o que outros pensaram, criando uma
cadeia que envolve o indivíduo com sua espécie. Educar é um ato humanista,
portanto.
O grande problema é que a sua e a minha digressões estão fadadas ao muro de
lamentações com estes projetos de empresariamento da educação pública, com
premiação do professor por desempenho do aluno, parcerias da escola com
empresas e coisas do gênero, que são absolutamente exógenas ao processo
educativo, banaliza a educação (como se fosse apenas uma questão de ajuda),
destrói o saber educacional (de séculos, envolvendo psicologia, neurologia e tantas outras áreas). Nunca vimos algo do gênero em relação à construção
civil (em crise até pouco tempo) ou outra área de trabalho humano. Por que
esta "ajuda" à educação? Porque os empresários têm interesse em formar gente qualificada (as tais competências e habilidades, conceitos equivocados para o meio educacional) para um mundo do trabalho que exige autonomia e conhecimento global.
Este é nosso problema, Flávio.
Rudá
É fato que os professores não tem formação para atender alunos que vieram da pobreza absoluta e não cursavam escolas (principalmente os do ensino
fundamental e, possivelmente, gradativamente os da educação infantil, em
função da ação enérgica do Ministério Público). Mas o que não se diz é que
nem os que possuem formação acadêmica sabem lidar com o novo comportamento
em sala de aula, que antes seria considerado hiperativo. A geração internet
não para, não respeita, é absolutamente dinâmica, no ritmo da mudança da
imagem. Alguns estudos revelam que o que há de muito novo nesta geração é
que sua vontade se expressa na tela, sem mediação, como se ele estivesse
dentro do computador. Cria um exercício de mando diário, sem intermediários, sem superego. Se entrarmos na lógica anglo-saxônica do auto-ensino, estaremos dando mais um passo para a desmontagem da possibilidade de construção - via espaço escolar - do aprendizado da relação com o diferente, da construção das relações comunitárias (com seus defeitos e vantagens), com o ensino universal.
Também é fato que nossos cursos universitários não sabem ensinar a ser
professor, pelo simples fato que as universidades estão muito longe do
espaço escolar. A universidade se transformou num espaço fechado,
auto-referente, em que um jovem termina sua graduação e já ingressa no
mestrado, saltando para o doutorado e prestando concurso para dar aula na
universidade. Torna-se professor sem nunca ter entrado numa sala de aula de
ensino fundamental ou médio. Conhece apenas pesquisa e livros. Esta cultura
livresca não tem relação alguma com a dinâmica de um espaço escolar
absolutamente dinâmico, marcado por sub-culturas (na linguagem dos estudos
recentes), onde há um evidente confronto entre intenção escolar e hábitos
comunitários e familiares (aliás, de famílias cada vez mais monoparentais).
A lição de casa (ou tarefa, ou para casa, dependendo do Estado) e aulas de
reforço são uma prova de como a receita é absolutamente anacrônica para uma
realidade social que não comporta este resquício do início do século
passado.
A relação educação-trabalho não envolve apenas a visão empresarial. Envolve
alguns marxistas. Esta é a posição, por exemplo, do Movimento Sem Terra, que afirma que o trabalho é parte constitutiva da formação de crianças. Um
absurdo que coloca por terra (desculpe o trocadilho) todos estudos sobre
desenvolvimento humano. De minha parte, não acredito que este seja o
objetivo da educação básica.
Enfim, não acho que alguém pode preparar outro para a vida. A educação pode
colocar o educando em contato com a vida, inclusive com a sua, criando
dilemas, reflexões e o processo que Paulo Freire denominou de ad-mirar (ver
a si mesmo, ou ver de fora). A educação é um processo auto-reflexivo, que
lança mão da experiência humana. Por este motivo é que é um ato de escuta e
reflexão. Lemos e estudamos para saber o que outros pensaram, criando uma
cadeia que envolve o indivíduo com sua espécie. Educar é um ato humanista,
portanto.
O grande problema é que a sua e a minha digressões estão fadadas ao muro de
lamentações com estes projetos de empresariamento da educação pública, com
premiação do professor por desempenho do aluno, parcerias da escola com
empresas e coisas do gênero, que são absolutamente exógenas ao processo
educativo, banaliza a educação (como se fosse apenas uma questão de ajuda),
destrói o saber educacional (de séculos, envolvendo psicologia, neurologia e tantas outras áreas). Nunca vimos algo do gênero em relação à construção
civil (em crise até pouco tempo) ou outra área de trabalho humano. Por que
esta "ajuda" à educação? Porque os empresários têm interesse em formar gente qualificada (as tais competências e habilidades, conceitos equivocados para o meio educacional) para um mundo do trabalho que exige autonomia e conhecimento global.
Este é nosso problema, Flávio.
Rudá
A diferença entre ser rico e pobre no Egito
30.03.09
por Gustavo Chacra, Seção: Geral 16:19:41.
Os libaneses dividem-se entre cristãos, druzos, sunitas e xiitas. Em Israel, os judeus podem ser ortodoxos, reformistas, sefaraditas, ashkenazis, russos ou até etíopes. Moderados e radicais compõem a sociedade palestina. Na Jordânia, há palestinos e jordanianos nativos. O Egito é diferente de todos esses. Apesar da minoria cristã copta, a divisão egípcia não é religiosa ou de origem. O que impera é a desigualdade social, com ricos e pobres.
Um jovem do Cairo pode pedir um capuccino ouvindo bossa nova em um dos elegantes cafés de Zemalek, a ilha elitizada no meio do Rio Nilo. Ou pode se sentar para tomar um chá na casa de um vizinho em um dos bairros pobres da cidade.
Os mais ricos mudam-se para condomínios em regiões afastadas, como Heliópolis e Maadi. Os pobres aglomeram-se em lotações para conseguir chegar ao trabalho. Os filhos dos ricos estudam em colégios internacionais e formam-se na Universidade Americana do Cairo. Os pobres conseguem muitas vezes ingressar nas universidades, mas isto pode levá-lo muitas vezes apenas ao cargo de porteiro ou de taxista. A classe média alta paga altas mensalidades para jogar squash em um dos vários clubes esportivos do Cairo, enquanto os pobres tentam economizar ao máximo para conseguir um ingresso para assistir ao Al-Ahli disputar a Copa da África de futebol.
Os egípcios das camadas mais baixas são denominados pejorativamente de fellah. Muitos vieram das regiões mais pobres do país para trabalhar no Cairo. A elite os enxerga muitas vezes como inferiores.
Os ricos são denominados muwazzaf, que significa funcionário público, mas que hoje se estende para toda a classe média, mesmo aqueles que trabalham na iniciativa privada. São pessoas que gozam de status. Entre os fellahs e os muwazzaf, surgiu uma nova classe de novos ricos, que vão trabalhar nos países de Golfo Pérsico e retornam com dinheiro. Passam a frequentar os mesmos clubes esportivos que a alta sociedade, mas continuam vistos como cidadãos de segunda classe.
"Apesar de trabalharmos o dia todo, não conseguimos sequer ganhar 750 libras por mês (cerca de R$ 300)", diz o marinheiro Ahmad Adnam. "Passei muito tempo pelo mundo em navios e nunca vi nada tão desigual quanto o Egito", acrescenta o egípcio, que é um típico representante das classes mais baixas.
O físico e empresário Mohammad Zewiss, que é um exemplo de muwazzaf, concorda. "Nós realmente conhecemos pouco a vida dos pobres. Gostaria de saber mais como eles vivem. Mas, no fundo, nossas vidas são muito separadas aqui no Cairo", afirmou, enquanto fumava narguilé com alguns amigos alemães no tradicional Café Fishawi, no mercado de Khan al-Khalili.
No passado, a divisão era ainda maior. Bastava olhar para as vestimentas para perceber quem era rico e quem era pobre. Os fellah usavam uma vestimenta chamada gallabiya e andavam descalços, segundo Galal Amin, autor do livro Whatever Happened to the Egyptians. Já a burguesia começava a se vestir como os europeus, vestindo calças, camisas e sapatos.
Entre as mulheres, era ainda mais fácil perceber a diferença. Nos anos 1950 e 1960, algumas delas deixaram de usar o hijab e andavam com os cabelos soltos. No entanto, nos anos 70, um fenômeno começou a tomar conta das ruas do Cairo e Alexandria. Quanto mais as mulheres buscavam educação superior e posições no mercado de trabalho, mais elas usavam o hijab.
Hoje, mesmo meninas da elite cobrem a cabeça. Amin tem uma explicação para este retorno à vestimenta religiosa ao escrever que "as mulheres, ao saírem da segurança das suas casas para trabalhar e estudar, sentiram-se obrigadas a enviarem uma mensagem aos homens com quem dividiam escritórios de trabalho, ônibus e carteiras nas universidades. A de que, mesmo sentando lado a lado e conversando com eles, não se tornaram propriedade pública".
* Reportagem minhas escrita para a edição impressa do Estadão
por Gustavo Chacra, Seção: Geral 16:19:41.
Os libaneses dividem-se entre cristãos, druzos, sunitas e xiitas. Em Israel, os judeus podem ser ortodoxos, reformistas, sefaraditas, ashkenazis, russos ou até etíopes. Moderados e radicais compõem a sociedade palestina. Na Jordânia, há palestinos e jordanianos nativos. O Egito é diferente de todos esses. Apesar da minoria cristã copta, a divisão egípcia não é religiosa ou de origem. O que impera é a desigualdade social, com ricos e pobres.
Um jovem do Cairo pode pedir um capuccino ouvindo bossa nova em um dos elegantes cafés de Zemalek, a ilha elitizada no meio do Rio Nilo. Ou pode se sentar para tomar um chá na casa de um vizinho em um dos bairros pobres da cidade.
Os mais ricos mudam-se para condomínios em regiões afastadas, como Heliópolis e Maadi. Os pobres aglomeram-se em lotações para conseguir chegar ao trabalho. Os filhos dos ricos estudam em colégios internacionais e formam-se na Universidade Americana do Cairo. Os pobres conseguem muitas vezes ingressar nas universidades, mas isto pode levá-lo muitas vezes apenas ao cargo de porteiro ou de taxista. A classe média alta paga altas mensalidades para jogar squash em um dos vários clubes esportivos do Cairo, enquanto os pobres tentam economizar ao máximo para conseguir um ingresso para assistir ao Al-Ahli disputar a Copa da África de futebol.
Os egípcios das camadas mais baixas são denominados pejorativamente de fellah. Muitos vieram das regiões mais pobres do país para trabalhar no Cairo. A elite os enxerga muitas vezes como inferiores.
Os ricos são denominados muwazzaf, que significa funcionário público, mas que hoje se estende para toda a classe média, mesmo aqueles que trabalham na iniciativa privada. São pessoas que gozam de status. Entre os fellahs e os muwazzaf, surgiu uma nova classe de novos ricos, que vão trabalhar nos países de Golfo Pérsico e retornam com dinheiro. Passam a frequentar os mesmos clubes esportivos que a alta sociedade, mas continuam vistos como cidadãos de segunda classe.
"Apesar de trabalharmos o dia todo, não conseguimos sequer ganhar 750 libras por mês (cerca de R$ 300)", diz o marinheiro Ahmad Adnam. "Passei muito tempo pelo mundo em navios e nunca vi nada tão desigual quanto o Egito", acrescenta o egípcio, que é um típico representante das classes mais baixas.
O físico e empresário Mohammad Zewiss, que é um exemplo de muwazzaf, concorda. "Nós realmente conhecemos pouco a vida dos pobres. Gostaria de saber mais como eles vivem. Mas, no fundo, nossas vidas são muito separadas aqui no Cairo", afirmou, enquanto fumava narguilé com alguns amigos alemães no tradicional Café Fishawi, no mercado de Khan al-Khalili.
No passado, a divisão era ainda maior. Bastava olhar para as vestimentas para perceber quem era rico e quem era pobre. Os fellah usavam uma vestimenta chamada gallabiya e andavam descalços, segundo Galal Amin, autor do livro Whatever Happened to the Egyptians. Já a burguesia começava a se vestir como os europeus, vestindo calças, camisas e sapatos.
Entre as mulheres, era ainda mais fácil perceber a diferença. Nos anos 1950 e 1960, algumas delas deixaram de usar o hijab e andavam com os cabelos soltos. No entanto, nos anos 70, um fenômeno começou a tomar conta das ruas do Cairo e Alexandria. Quanto mais as mulheres buscavam educação superior e posições no mercado de trabalho, mais elas usavam o hijab.
Hoje, mesmo meninas da elite cobrem a cabeça. Amin tem uma explicação para este retorno à vestimenta religiosa ao escrever que "as mulheres, ao saírem da segurança das suas casas para trabalhar e estudar, sentiram-se obrigadas a enviarem uma mensagem aos homens com quem dividiam escritórios de trabalho, ônibus e carteiras nas universidades. A de que, mesmo sentando lado a lado e conversando com eles, não se tornaram propriedade pública".
* Reportagem minhas escrita para a edição impressa do Estadão
O conceito de qualidade na educação
Por RUDÁ RICCI
Sociólogo, Doutor em Ciências Sociais, do Fórum Brasil de Orçamento,
consultor do sindicato dos trabalhadores na educação de Minas Gerais e
sindicato dos especialista de educação do ensino público municipal de São
Paulo.
Blog: rudaricci.blogspot.com
Chegamos ao final da primeira década do século XXI e nossos gestores
educacionais e seus consultores propalam fórmulas que parecem prato
requentado ou mera transferência de técnicas empresariais de aumento de
produtividade como soluções para um ofício peculiar. Falta de imaginação,
talvez, ou discurso mercadológico de aceitação externa, o fato é que mais
parece tentativa de excluir diretores, especialistas e professores do debate aberto sobre os rumos da educação, fazendo coro para envolver o grande público. Como se a saída para a educação fosse questão circunscrita à disputa da opinião pública, de mera formação de opinião. O que seria
qualidade na área educacional? Pelo discurso dos gestores públicos, as notas de avaliações sistêmicas, como Saresp, IDEB, Simave e outros. Seguindo esta trilha, a questão seguinte seria, por lógica, o que as avaliações sistêmicas deveriam investigar. Mas aí, topamos com um imenso silêncio. Hannah Arendt sugeria que a função da educação é a humanização, ou seja, a inserção dos educandos na humanidade, conformada por experiências plasmadas na linguagem, na escrita, na música, nas artes. A humanidade possui a memória dessas experiências transmitidas pela linguagem. Autores mais focados no sucesso individual sugerem que a qualidade da educação estaria centrada no progresso acadêmico ou de emprego-renda do educando. Nossas avaliações sistêmicas partem de qual princípio? De um vago e generalizado desempenho doseducandos, sem que os não-gestores tenham qualquer condição de penetrar nesta fórmula mágica. Já temos ao menos duas décadas de experiências com avaliações sistêmicas externas a respeito do desempenho de nossos alunos.
Mas pelos artigos e propostas apresentadas pelos gestores na grande
imprensa, os avanços por eles promovidos foram pífios. Não chegaram a
sinalizar os rumos a serem seguidos para a qualidade e sucesso tão
propalados. Ao contrário. Dados recentes divulgados pelo IPEA indicam que
apenas 13% dos jovens entre 18 e 24 anos freqüentavam universidade em 2007.
Grande parte deles foi aluno avaliado por um dos modelos não revisados até
hoje. Trata-se da faixa etária mais vulnerável ao desemprego em nosso país.
Os dados oficiais revelam uma situação ainda mais grave: menos da metade dos adolescentes entre 15 e 17 anos cursavam o ensino médio em 2007. E as
disparidades regionais e entre campo e cidade nos aproximam de uma
calamidade pública: 57% desses adolescentes que vivem nas cidades
brasileiras freqüentam o ensino médio, índice que despenca para 31% no caso
dos que residem no campo. E aí começamos a desvelar o mundo real da
educação, e não este pasteurizado e inatingível pelos resultados das
avaliações sistêmicas: a taxa de freqüência dos que têm renda mensal
superior a cinco salários mínimos é dez vezes maior que os que percebem até
meio salário mínimo. Daí que o foco da avaliação de desempenho estar
circunscrito à escola, não avaliando o impacto da condição das famílias na
performance escolar, ser algo pouco inteligente. Daí sustentar que a melhora do desempenho de nossos educandos ocorrer a partir de premiação de
professores em relação à performance escolar ser um gasto desnecessário e de pouca evidência de sua eficácia. Sem articulação de políticas públicas que fechem o círculo da formação de nossas crianças e jovens, envolvendo escola, sua família e comunidade, todas iniciativas se aproximam de tentativa e erro dos nossos gestores. Talvez, esta é a motivação para se tornarem tão apaixonados pelas fórmulas que os cidadãos não-gestores não compreendem em sua totalidade. Daí porque vários se envolverem com articulações políticas e de conquista da opinião pública cujo mote é envolver todos pela educação como se fora uma mobilização sem base social, cujos líderes são sua própria base. Porque é uma aposta e não uma certeza. O processo educativo envolve muito mais que avaliações meramente quantitativas focadas no educando.
Envolve o consórcio de professores e educadores que contribuem para a
formação cotidiana do educando. Envolve o impacto de pais que se têm hábito
de leitura ou práticas esportivas, estimulam que seu filho acolha como seu
hábito a leitura e o esporte. Algo que já se estudou e comprovou desde os
anos 30 do século passado. Também sabemos que o perfil do dirigente escolar
impacta decisivamente no desempenho de alunos. Mas as avaliações da moda no
Brasil não conseguem articular estes inputs. No máximo, apresentam dados
frios que não auxiliam os educadores a compreenderem por qual motivo 30% dos seus alunos não sabem interpretar textos complexos, ao contrário do
restante. E, assim, lançam mão da tradicional e equivocada aula de reforço,
que repete fórmula que já se revelou equivocada anteriormente. E o mundo
gira, sempre no mesmo sentido. Enfim, marketing e educação nunca foram bons
aliados. Educação não vive limitada às boas intenções. Trata-se de um tema
lastreado em estudos e pesquisas que não geram respostas fáceis.
Sociólogo, Doutor em Ciências Sociais, do Fórum Brasil de Orçamento,
consultor do sindicato dos trabalhadores na educação de Minas Gerais e
sindicato dos especialista de educação do ensino público municipal de São
Paulo.
Blog: rudaricci.blogspot.com
Chegamos ao final da primeira década do século XXI e nossos gestores
educacionais e seus consultores propalam fórmulas que parecem prato
requentado ou mera transferência de técnicas empresariais de aumento de
produtividade como soluções para um ofício peculiar. Falta de imaginação,
talvez, ou discurso mercadológico de aceitação externa, o fato é que mais
parece tentativa de excluir diretores, especialistas e professores do debate aberto sobre os rumos da educação, fazendo coro para envolver o grande público. Como se a saída para a educação fosse questão circunscrita à disputa da opinião pública, de mera formação de opinião. O que seria
qualidade na área educacional? Pelo discurso dos gestores públicos, as notas de avaliações sistêmicas, como Saresp, IDEB, Simave e outros. Seguindo esta trilha, a questão seguinte seria, por lógica, o que as avaliações sistêmicas deveriam investigar. Mas aí, topamos com um imenso silêncio. Hannah Arendt sugeria que a função da educação é a humanização, ou seja, a inserção dos educandos na humanidade, conformada por experiências plasmadas na linguagem, na escrita, na música, nas artes. A humanidade possui a memória dessas experiências transmitidas pela linguagem. Autores mais focados no sucesso individual sugerem que a qualidade da educação estaria centrada no progresso acadêmico ou de emprego-renda do educando. Nossas avaliações sistêmicas partem de qual princípio? De um vago e generalizado desempenho doseducandos, sem que os não-gestores tenham qualquer condição de penetrar nesta fórmula mágica. Já temos ao menos duas décadas de experiências com avaliações sistêmicas externas a respeito do desempenho de nossos alunos.
Mas pelos artigos e propostas apresentadas pelos gestores na grande
imprensa, os avanços por eles promovidos foram pífios. Não chegaram a
sinalizar os rumos a serem seguidos para a qualidade e sucesso tão
propalados. Ao contrário. Dados recentes divulgados pelo IPEA indicam que
apenas 13% dos jovens entre 18 e 24 anos freqüentavam universidade em 2007.
Grande parte deles foi aluno avaliado por um dos modelos não revisados até
hoje. Trata-se da faixa etária mais vulnerável ao desemprego em nosso país.
Os dados oficiais revelam uma situação ainda mais grave: menos da metade dos adolescentes entre 15 e 17 anos cursavam o ensino médio em 2007. E as
disparidades regionais e entre campo e cidade nos aproximam de uma
calamidade pública: 57% desses adolescentes que vivem nas cidades
brasileiras freqüentam o ensino médio, índice que despenca para 31% no caso
dos que residem no campo. E aí começamos a desvelar o mundo real da
educação, e não este pasteurizado e inatingível pelos resultados das
avaliações sistêmicas: a taxa de freqüência dos que têm renda mensal
superior a cinco salários mínimos é dez vezes maior que os que percebem até
meio salário mínimo. Daí que o foco da avaliação de desempenho estar
circunscrito à escola, não avaliando o impacto da condição das famílias na
performance escolar, ser algo pouco inteligente. Daí sustentar que a melhora do desempenho de nossos educandos ocorrer a partir de premiação de
professores em relação à performance escolar ser um gasto desnecessário e de pouca evidência de sua eficácia. Sem articulação de políticas públicas que fechem o círculo da formação de nossas crianças e jovens, envolvendo escola, sua família e comunidade, todas iniciativas se aproximam de tentativa e erro dos nossos gestores. Talvez, esta é a motivação para se tornarem tão apaixonados pelas fórmulas que os cidadãos não-gestores não compreendem em sua totalidade. Daí porque vários se envolverem com articulações políticas e de conquista da opinião pública cujo mote é envolver todos pela educação como se fora uma mobilização sem base social, cujos líderes são sua própria base. Porque é uma aposta e não uma certeza. O processo educativo envolve muito mais que avaliações meramente quantitativas focadas no educando.
Envolve o consórcio de professores e educadores que contribuem para a
formação cotidiana do educando. Envolve o impacto de pais que se têm hábito
de leitura ou práticas esportivas, estimulam que seu filho acolha como seu
hábito a leitura e o esporte. Algo que já se estudou e comprovou desde os
anos 30 do século passado. Também sabemos que o perfil do dirigente escolar
impacta decisivamente no desempenho de alunos. Mas as avaliações da moda no
Brasil não conseguem articular estes inputs. No máximo, apresentam dados
frios que não auxiliam os educadores a compreenderem por qual motivo 30% dos seus alunos não sabem interpretar textos complexos, ao contrário do
restante. E, assim, lançam mão da tradicional e equivocada aula de reforço,
que repete fórmula que já se revelou equivocada anteriormente. E o mundo
gira, sempre no mesmo sentido. Enfim, marketing e educação nunca foram bons
aliados. Educação não vive limitada às boas intenções. Trata-se de um tema
lastreado em estudos e pesquisas que não geram respostas fáceis.
PROGRAMA DE CISTERNAS BRASILEIRO RECEBERÁ APOIO DA ESPANHA
27/01/2010 - 16:59
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) - responsável pelo Programa de Cisternas, em parceria com Estados, Municípios e entidades da sociedade civil - promove seminário entre representantes dos dois países para planejamento da cooperação
A construção de cisternas como meio de acesso à alimentação será o tema central de um seminário para planejamento de cooperação da Espanha com o governo brasileiro. A reunião de trabalho, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), será nesta quinta-feira (28/1), das 9h30 às 18h30, no Centro de Convenções Instituto Israel Pinheiro de Brasília (DF).
Durante o encontro, organizado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar (SESAN) do MDS, representantes dos dois países discutirão a parceria no programa de acesso à alimentação por meio da construção de cisternas.
Acesso à água - A cisterna é uma tecnologia popular para a captação de água da chuva e representa solução de acesso a recursos hídricos para a população rural dispersa do Semiárido brasileiro. Construída com placas de cimento, els permite armazenar 16 mil litros de água, o suficiente para o uso de uma família de cinco pessoas durante o longo período da seca que se estende por até oito meses.
O Programa do MDS visa o acesso, o gerenciamento e a valorização da água como um direito essencial da vida e da cidadania, ampliando a compreensão e a prática da convivência sustentável e solidária com o ecossistema do Semiárido.
O público das cisternas são famílias de baixa renda, que moram na área rural de Municípios daquela região e que não dispõem de fonte de água ou meio de armazená-la adequadamente para o suprimento de suas necessidades básicas.
As famílias que já possuem uma cisterna – e hoje têm água para consumir, cozinhar e utilizar na higiene pessoal – a chamada “primeira água”, podem receber um segundo tanque para armazenamento, projeto conhecido como “segunda água”. Nestes casos, a água captada das chuvas é utilizada, exclusivamente, na agricultura familiar.
Programação – Na reunião desta quinta-feira, em Brasília, cerca de 30 pessoas das três esferas de governo no Brasil e também da sociedade civil definirão as diretrizes, os resultados esperados, as metas, os prazos e o cronograma de atividades para 2010. Participam representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Meio Ambiente; dos governos do Ceará e da Bahia; das Prefeituras Municipais de três Estados – Ceará, Bahia e Alagoas; da Agência Nacional de Águas (ANA); do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea); e da Organização Não-Governamental Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), além de dirigentes da Agência de Cooperação Espanhola no Brasil.
A abertura do encontro, às 9h30, será feita pelo secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Crispim Moreira, seguida do painel sobre “Cooperação Brasil-Espanha” proferida pelo coordenador-geral do Escritório Agência de Cooperação Espanhola (AECID), Pedro Flores Urbano.
Às 10h30, o secretário Crispim apresenta a proposta de planejamento para orientar a cooperação e depois haverá um diálogo com convidados: Elza Braga (Consea), Walquíria Smith (ASA), Hamilton Pereira (ANA), Camilo Santana do Governo do Ceará, Ana Torquato do Governo da Bahia e Edilson Ramos representando Municípios de Alagoas.
O seminário se encerra às 18h30 com a aprovação do planejamento e da agenda para 2010.
Adriana Scorza
SERVIÇO
Seminário de Planejamento Cooperação Governo da Espanha / Cisternas – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Data: 28 de janeiro de 2010 (quinta-feira)
Horário: 9h30 às 18h30
Local: Centro de Convenções Instituto Israel Pinheiro – SHDB – QL 32 – conjunto A – EPDB – Lago Sul – Brasília (DF)
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) - responsável pelo Programa de Cisternas, em parceria com Estados, Municípios e entidades da sociedade civil - promove seminário entre representantes dos dois países para planejamento da cooperação
A construção de cisternas como meio de acesso à alimentação será o tema central de um seminário para planejamento de cooperação da Espanha com o governo brasileiro. A reunião de trabalho, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), será nesta quinta-feira (28/1), das 9h30 às 18h30, no Centro de Convenções Instituto Israel Pinheiro de Brasília (DF).
Durante o encontro, organizado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar (SESAN) do MDS, representantes dos dois países discutirão a parceria no programa de acesso à alimentação por meio da construção de cisternas.
Acesso à água - A cisterna é uma tecnologia popular para a captação de água da chuva e representa solução de acesso a recursos hídricos para a população rural dispersa do Semiárido brasileiro. Construída com placas de cimento, els permite armazenar 16 mil litros de água, o suficiente para o uso de uma família de cinco pessoas durante o longo período da seca que se estende por até oito meses.
O Programa do MDS visa o acesso, o gerenciamento e a valorização da água como um direito essencial da vida e da cidadania, ampliando a compreensão e a prática da convivência sustentável e solidária com o ecossistema do Semiárido.
O público das cisternas são famílias de baixa renda, que moram na área rural de Municípios daquela região e que não dispõem de fonte de água ou meio de armazená-la adequadamente para o suprimento de suas necessidades básicas.
As famílias que já possuem uma cisterna – e hoje têm água para consumir, cozinhar e utilizar na higiene pessoal – a chamada “primeira água”, podem receber um segundo tanque para armazenamento, projeto conhecido como “segunda água”. Nestes casos, a água captada das chuvas é utilizada, exclusivamente, na agricultura familiar.
Programação – Na reunião desta quinta-feira, em Brasília, cerca de 30 pessoas das três esferas de governo no Brasil e também da sociedade civil definirão as diretrizes, os resultados esperados, as metas, os prazos e o cronograma de atividades para 2010. Participam representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Meio Ambiente; dos governos do Ceará e da Bahia; das Prefeituras Municipais de três Estados – Ceará, Bahia e Alagoas; da Agência Nacional de Águas (ANA); do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea); e da Organização Não-Governamental Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), além de dirigentes da Agência de Cooperação Espanhola no Brasil.
A abertura do encontro, às 9h30, será feita pelo secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Crispim Moreira, seguida do painel sobre “Cooperação Brasil-Espanha” proferida pelo coordenador-geral do Escritório Agência de Cooperação Espanhola (AECID), Pedro Flores Urbano.
Às 10h30, o secretário Crispim apresenta a proposta de planejamento para orientar a cooperação e depois haverá um diálogo com convidados: Elza Braga (Consea), Walquíria Smith (ASA), Hamilton Pereira (ANA), Camilo Santana do Governo do Ceará, Ana Torquato do Governo da Bahia e Edilson Ramos representando Municípios de Alagoas.
O seminário se encerra às 18h30 com a aprovação do planejamento e da agenda para 2010.
Adriana Scorza
SERVIÇO
Seminário de Planejamento Cooperação Governo da Espanha / Cisternas – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Data: 28 de janeiro de 2010 (quinta-feira)
Horário: 9h30 às 18h30
Local: Centro de Convenções Instituto Israel Pinheiro – SHDB – QL 32 – conjunto A – EPDB – Lago Sul – Brasília (DF)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
JORNAL A VOZ DA FAVELA PERDE PATROCÍNIO
JORNAL A VOZ DA FAVELA PERDE PATROCÍNIO
19/01/2010
Marcado para ser lançado no último sábado, 16 de janeiro, o número 02 do jornal A VOZ DA FAVELA ainda não foi para às ruas. O motivo foi a retirada do patrocínio do sindicato dos bancários que vinha financiando a impressão. O jornal tem uma tiragem de vinte mil exemplares, mensais e começou com o número zero, […]
19/01/2010
Marcado para ser lançado no último sábado, 16 de janeiro, o número 02 do jornal A VOZ DA FAVELA ainda não foi para às ruas. O motivo foi a retirada do patrocínio do sindicato dos bancários que vinha financiando a impressão. O jornal tem uma tiragem de vinte mil exemplares, mensais e começou com o número zero, […]
SANTA MARTA - PAZ SEM VOZ É MEDO
22/01/2010
Um ano depois de sua implantação, a Unidade de Polícia Pacificadora do Santa Marta ainda é vista com desconfiança pelos moradores da favela. A maioria não quis dar entrevista. Socióloga enxerga tentativa de controle social por parte do governo.
Por Marcelo Salles (Especial para o jornal A VOZ DA FAVELA)
Antevéspera de natal, visito o Santa Marta. Favela mais íngreme da cidade, encravada em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, é também o laboratório do governo Sérgio Cabral para diversas iniciativas: construção de muros, instalação de câmeras de vigilância e a implementação das chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Estas teriam o objetivo de “expulsar o tráfico, resgatar o papel do Estado e garantir segurança 24h” e já se fazem presentes em nove comunidades, quase todas na zona sul: Babilônia, Chapéu Mangueira, Ladeira dos Tabajaras, Morro dos Cabritos, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Cidade de Deus e Batan, além do Santa Marta.
Da Rua da Matriz, que fica em frente ao Santa Marta, é possível ter uma visão geral da favela, que reúne cerca de dez mil moradores. Do lado direito está o trilho dos bondinhos e do lado esquerdo, o muro, a forma encontrada para restringir o espaço físico das pessoas que vivem ali. O conjunto das casas, antes integrado à mata, agora parece uma gigantesca caixa de fósforo inclinada. No pé do morro estão fincadas duas placas enormes do governo estadual anunciando investimentos em urbanização e iluminação, num total de 22 milhões de reais e 120 empregos.
Seguindo a Rua da Matriz até o final e atravessando a Rua São Clemente chego ao primeiro ponto da ocupação policial: uma blazer da Polícia Militar, em cima da calçada, marca posição na subida do morro. Continuo caminhando e observo que quase todos que vivem aqui são negros, quase negros ou nordestinos. De repente, a viatura passa a toda velocidade em direção ao interior da favela, por uma rua estreita, ligando e desligando a sirene de modo a provocar um barulho intermitente e irritante. Um homem negro, velho, de bermuda e chinelo, com a camisa pendurada no ombro, esbravejou e fez um gesto de desaprovação com o braço: “Pára de palhaçada, ô filho da puta!”. Foi o primeiro sinal de que nem todos aprovam a ocupação, como apregoam as corporações de mídia.
Além das rondas freqüentes dentro da favela e da blazer que fica no pé do morro, há três outros pontos fixos da UPP: um na Praça do Cantão, outro no pé da Escadaria e o QG, que fica no topo do morro. Este tem três andares e uns 500 m2. Fica atrás de um muro branco chapiscado e logo acima de uma pedra. Do seu lado oposto, num plano inferior, há uma quadra de futebol. Depois da quadra está a Igreja do Nazareno, circundada por um aglomerado de oito casas. Dessas, quatro são feitas de uma madeira vagabunda e telhados de um material já enferrujado – todas caindo aos pedaços. O lugar tem uma vista privilegiada. Além da visão panorâmica da favela, é possível divisar a Ponte Rio-Niterói (dá até pra ver se tem engarrafamento), o Cristo Redentor, a Lagoa Rodrigo de Freitas e as praias, ao fundo.
Permaneço no topo do morro por aproximadamente uma hora, tempo suficiente para ver jovens e adolescentes jogando bola, varais com roupas coloridas, um menino empinando uma pipa do Flamengo e algumas inscrições na pedra abaixo da Igreja: CV R9 AL (ou RL, não estou certo). Mas o mais curioso foi ver três moradores saindo da sede da UPP carregando mantimentos em sacolas amarelas, dessas de supermercado.
Desço pelos dois bondinhos que em cinco trechos ligam o topo ao pé do morro. O primeiro cobre as três primeiras estações e tem capacidade para 25 pessoas simultaneamente; o segundo complementa o trajeto e leva até 20 pessoas. Na placa diz que o itinerário completo é feito em apenas 10 minutos. Eu contei 15, fora o tempo de espera, que dependendo do horário pode chegar a uma hora. Além disso, os bondes não estão equipados com ar-condicionado, o que faz com que os passageiros suem aos píncaros, sobretudo no verão carioca com o bonde lotado. Os dois mini-ventiladores, longe de dar conta do recado, apenas são notados devido ao barulho insuportável que fazem, e duas semanas depois pude observar que um deles estava quebrado. De qualquer forma, a opção parece ser mais “agradável” que subir, a pé, e por vezes carregando crianças ou compras pesadas, os 788 degraus da favela.
Tento ouvir a opinião dos moradores sobre a presença da polícia na favela, mas, como havia sido advertido, foi difícil encontrar alguém pra falar. Nesta primeira visita não consegui ninguém, assim como na Cidade de Deus, outra comunidades ocupada por UPP. Na descida tentei puxar papo com um homem, que respondeu-me um lacônico: “Cada um tem sua opinião”. Mas e qual é a sua? “Sei lá”, disse, baixando a cabeça. Do topo ao pé do morro abordei sete pessoas. Sete baixaram a cabeça, o que me trouxe à memória a música do Chico Buarque: “Hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão/A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão”. Já estava indo embora, perto da Escadaria, quando fiz uma última tentativa. O morador disse, sem se identificar e enquanto se afastava de mim: “Saiu uma merda e entrou outra”.
SEGUNDA VISITA
Dia 27 de dezembro, domingo. O coletivo Visão da Favela Brasil, organizado pelo rapper Fiell, promoveu uma atividade na Praça do Cantão. Houve apresentação dos B-Boys, cuja dança lembra muito a capoeira, talvez num ritmo um pouco mais acelerado, e repleta de posições insólitas (até deitados eles dançam!), mas com a mesma ginga. E depois que os jovens e adolescentes se apresentaram, crianças bem pequeninas, de quatro ou cinco anos, tentavam imitar os movimentos.
Por volta das 18h, céu claro ainda, comecei a notar a presença ostensiva da PM. De 10 em 10 minutos uma ronda com três policiais passava no meio da pista de dança, parando na laje de uma casa em frente ao palco ou num pequeno espaço coberto no flanco direito, por trás de todos que curtiam a música. Alguns policiais portavam até três armas, além de mochilas e coletes equipados com diversos bolsos. A cada grupo de três, um estava munido de fuzil e às vezes outro sacava a arma e mantinha o dedo no gatilho, além de uma cara de poucos amigos. Meio difícil se divertir num clima desse, em que todos são considerados potencialmente criminosos pela autoridade pública. Uma imagem muito diferente daquela veiculada pelo caderno especial do jornal O Globo de 31/12/09, que mostra dois PMs da UPP da Cidade de Deus, sorridentes, brincando alegremente com uma criança.
Uma das primeiras atitudes da polícia, ao ocupar o Santa Marta, foi restringir manifestações culturais e decretar toque de recolher. Os relatos de agressões e violações contra moradores não demoraram a aparecer. A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa registrou ao menos três casos, que incluem revistas vexatórias, ameaça e agressão física.
Uma das vítimas, Valdeci, concordou em dar entrevista durante o evento. Foi o único. Negro, 27 anos, conta que o primeiro entrevero se deu quando policiais tentaram entrar em sua casa. “Sem mandado ou minha autorização, não entra”. “Então vou te levar para a delegacia”. “Então vamos”. Telefonou para a patroa, que não acreditou na versão dos policiais e foi até a delegacia defender o funcionário.
Da segunda vez, os policiais tentaram prender seu cachorro, um rotwailer conhecido e querido por todos na favela. Chamaram os bombeiros, mas a população desceu para impedir o seqüestro do animal. Percebendo o que estava acontecendo, um bombeiro disse a ele para tomar cuidado e não deixar o cão sair de casa sem coleira, pois PMs estariam de maldade com ele e com o cachorro. Segundo me disse, Valdeci tem sofrido seguidas ameaças, do tipo: “Não vou sossegar enquanto não te foder”. Só que Valdeci não recua, e devolve: “Se me der uma vou te desmaiar”, ou então “Sou pai de dois filhos, ralo pra caralho, tá aqui minha carteira”.
Na terceira vez, Valdeci se recusou a ir para a “dura” – revista policial em que os suspeitos são considerados potencialmente perigosos e revistados pelas costas – e foram necessários cinco policiais para conseguir algemá-lo. Depois de imobilizar Valdeci, um deles chegou por trás e o golpeou com um soco na altura do fígado. Mais uma vez ele foi levado para a delegacia e, dessa vez, instauraram inquéritos contra ele, por desacato e ameaça. Valdeci é nascido e criado no Santa Marta, seu salário como entregador de vídeo-locadora é R$ 650,00, e assim cria os filhos e ajuda a mãe.
A capitã Priscila, chefe da UPP do Santa Marta, não quis comentar o caso de Valdeci. Sobre Fiell, ela disse que houve uma quebra de acordo por parte do compositor em relação ao limite de horário, e por isso suas atividades foram suspensas durante um determinado período. Em longa entrevista, a policial de 31 anos, 12 dos quais na corporação, mostrou-se uma pessoa extremamente simpática e aberta ao diálogo. “Encaro crítica de maneira muito saudável, porque o dia em que encararmos crítica como problema não somos bons profissionais”, disse, enfatizando ainda que considera normal que os policiais façam a patrulha com armas em punho. “Isso não é proibido”, diz a capitã, que garante que a UPP tem o apoio de grande parte dos moradores.
FAVELA SOB CONTROLE
O projeto das Unidades de Polícia Pacificadora encontra resistência entre lideranças populares e pesquisadores. Deley de Acari, poeta e animador cultural, declarou no ano passado ao jornal A Nova Democracia: “Isso vai dar é em muita morte, muita chacina, muita mãe favelada chorando à beira da cova de seus filhos, e/ou muita mãe de favela com seus filhos chorando em seu colo, nos pátios das cadeias nos dias de visita”.
A socióloga Vera Malaguti, secretária-geral do Instituto Carioca de Criminologia, chama a atenção para o nome escolhido pelo governo Cabral: “Pacificação remete a toda uma tradição militar no Brasil. Só a repressão aos cabanos matou quase 50% da população do Grão-Pará”.
Além disso, a pesquisadora enfatiza um dado importantíssimo e raramente percebido pelos que discutem a questão: o controle social permanente dos espaços populares, onde a luta de classes encontra condições mais favoráveis para se desenvolver. “É o sonho do capitalismo. Pegar a mão-de-obra e ter o controle total. Meter a vida dela no campo de concentração. Enquanto isso, liberdade para os ricos. Esses podem andar livremente e concentrar a riqueza sem correr nenhum risco porque a conflitividade social, a luta de classes está controlada o tempo todo. O sonho é fazer isso com todas as favelas”, sintetiza Vera.
Sobre este artigo
Publicado Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010 às 11:04h. Categorias: Direitos Humanos, JORNAL A VOZ DA FAVELA, Segurança pública.
Um ano depois de sua implantação, a Unidade de Polícia Pacificadora do Santa Marta ainda é vista com desconfiança pelos moradores da favela. A maioria não quis dar entrevista. Socióloga enxerga tentativa de controle social por parte do governo.
Por Marcelo Salles (Especial para o jornal A VOZ DA FAVELA)
Antevéspera de natal, visito o Santa Marta. Favela mais íngreme da cidade, encravada em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, é também o laboratório do governo Sérgio Cabral para diversas iniciativas: construção de muros, instalação de câmeras de vigilância e a implementação das chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Estas teriam o objetivo de “expulsar o tráfico, resgatar o papel do Estado e garantir segurança 24h” e já se fazem presentes em nove comunidades, quase todas na zona sul: Babilônia, Chapéu Mangueira, Ladeira dos Tabajaras, Morro dos Cabritos, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Cidade de Deus e Batan, além do Santa Marta.
Da Rua da Matriz, que fica em frente ao Santa Marta, é possível ter uma visão geral da favela, que reúne cerca de dez mil moradores. Do lado direito está o trilho dos bondinhos e do lado esquerdo, o muro, a forma encontrada para restringir o espaço físico das pessoas que vivem ali. O conjunto das casas, antes integrado à mata, agora parece uma gigantesca caixa de fósforo inclinada. No pé do morro estão fincadas duas placas enormes do governo estadual anunciando investimentos em urbanização e iluminação, num total de 22 milhões de reais e 120 empregos.
Seguindo a Rua da Matriz até o final e atravessando a Rua São Clemente chego ao primeiro ponto da ocupação policial: uma blazer da Polícia Militar, em cima da calçada, marca posição na subida do morro. Continuo caminhando e observo que quase todos que vivem aqui são negros, quase negros ou nordestinos. De repente, a viatura passa a toda velocidade em direção ao interior da favela, por uma rua estreita, ligando e desligando a sirene de modo a provocar um barulho intermitente e irritante. Um homem negro, velho, de bermuda e chinelo, com a camisa pendurada no ombro, esbravejou e fez um gesto de desaprovação com o braço: “Pára de palhaçada, ô filho da puta!”. Foi o primeiro sinal de que nem todos aprovam a ocupação, como apregoam as corporações de mídia.
Além das rondas freqüentes dentro da favela e da blazer que fica no pé do morro, há três outros pontos fixos da UPP: um na Praça do Cantão, outro no pé da Escadaria e o QG, que fica no topo do morro. Este tem três andares e uns 500 m2. Fica atrás de um muro branco chapiscado e logo acima de uma pedra. Do seu lado oposto, num plano inferior, há uma quadra de futebol. Depois da quadra está a Igreja do Nazareno, circundada por um aglomerado de oito casas. Dessas, quatro são feitas de uma madeira vagabunda e telhados de um material já enferrujado – todas caindo aos pedaços. O lugar tem uma vista privilegiada. Além da visão panorâmica da favela, é possível divisar a Ponte Rio-Niterói (dá até pra ver se tem engarrafamento), o Cristo Redentor, a Lagoa Rodrigo de Freitas e as praias, ao fundo.
Permaneço no topo do morro por aproximadamente uma hora, tempo suficiente para ver jovens e adolescentes jogando bola, varais com roupas coloridas, um menino empinando uma pipa do Flamengo e algumas inscrições na pedra abaixo da Igreja: CV R9 AL (ou RL, não estou certo). Mas o mais curioso foi ver três moradores saindo da sede da UPP carregando mantimentos em sacolas amarelas, dessas de supermercado.
Desço pelos dois bondinhos que em cinco trechos ligam o topo ao pé do morro. O primeiro cobre as três primeiras estações e tem capacidade para 25 pessoas simultaneamente; o segundo complementa o trajeto e leva até 20 pessoas. Na placa diz que o itinerário completo é feito em apenas 10 minutos. Eu contei 15, fora o tempo de espera, que dependendo do horário pode chegar a uma hora. Além disso, os bondes não estão equipados com ar-condicionado, o que faz com que os passageiros suem aos píncaros, sobretudo no verão carioca com o bonde lotado. Os dois mini-ventiladores, longe de dar conta do recado, apenas são notados devido ao barulho insuportável que fazem, e duas semanas depois pude observar que um deles estava quebrado. De qualquer forma, a opção parece ser mais “agradável” que subir, a pé, e por vezes carregando crianças ou compras pesadas, os 788 degraus da favela.
Tento ouvir a opinião dos moradores sobre a presença da polícia na favela, mas, como havia sido advertido, foi difícil encontrar alguém pra falar. Nesta primeira visita não consegui ninguém, assim como na Cidade de Deus, outra comunidades ocupada por UPP. Na descida tentei puxar papo com um homem, que respondeu-me um lacônico: “Cada um tem sua opinião”. Mas e qual é a sua? “Sei lá”, disse, baixando a cabeça. Do topo ao pé do morro abordei sete pessoas. Sete baixaram a cabeça, o que me trouxe à memória a música do Chico Buarque: “Hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão/A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão”. Já estava indo embora, perto da Escadaria, quando fiz uma última tentativa. O morador disse, sem se identificar e enquanto se afastava de mim: “Saiu uma merda e entrou outra”.
SEGUNDA VISITA
Dia 27 de dezembro, domingo. O coletivo Visão da Favela Brasil, organizado pelo rapper Fiell, promoveu uma atividade na Praça do Cantão. Houve apresentação dos B-Boys, cuja dança lembra muito a capoeira, talvez num ritmo um pouco mais acelerado, e repleta de posições insólitas (até deitados eles dançam!), mas com a mesma ginga. E depois que os jovens e adolescentes se apresentaram, crianças bem pequeninas, de quatro ou cinco anos, tentavam imitar os movimentos.
Por volta das 18h, céu claro ainda, comecei a notar a presença ostensiva da PM. De 10 em 10 minutos uma ronda com três policiais passava no meio da pista de dança, parando na laje de uma casa em frente ao palco ou num pequeno espaço coberto no flanco direito, por trás de todos que curtiam a música. Alguns policiais portavam até três armas, além de mochilas e coletes equipados com diversos bolsos. A cada grupo de três, um estava munido de fuzil e às vezes outro sacava a arma e mantinha o dedo no gatilho, além de uma cara de poucos amigos. Meio difícil se divertir num clima desse, em que todos são considerados potencialmente criminosos pela autoridade pública. Uma imagem muito diferente daquela veiculada pelo caderno especial do jornal O Globo de 31/12/09, que mostra dois PMs da UPP da Cidade de Deus, sorridentes, brincando alegremente com uma criança.
Uma das primeiras atitudes da polícia, ao ocupar o Santa Marta, foi restringir manifestações culturais e decretar toque de recolher. Os relatos de agressões e violações contra moradores não demoraram a aparecer. A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa registrou ao menos três casos, que incluem revistas vexatórias, ameaça e agressão física.
Uma das vítimas, Valdeci, concordou em dar entrevista durante o evento. Foi o único. Negro, 27 anos, conta que o primeiro entrevero se deu quando policiais tentaram entrar em sua casa. “Sem mandado ou minha autorização, não entra”. “Então vou te levar para a delegacia”. “Então vamos”. Telefonou para a patroa, que não acreditou na versão dos policiais e foi até a delegacia defender o funcionário.
Da segunda vez, os policiais tentaram prender seu cachorro, um rotwailer conhecido e querido por todos na favela. Chamaram os bombeiros, mas a população desceu para impedir o seqüestro do animal. Percebendo o que estava acontecendo, um bombeiro disse a ele para tomar cuidado e não deixar o cão sair de casa sem coleira, pois PMs estariam de maldade com ele e com o cachorro. Segundo me disse, Valdeci tem sofrido seguidas ameaças, do tipo: “Não vou sossegar enquanto não te foder”. Só que Valdeci não recua, e devolve: “Se me der uma vou te desmaiar”, ou então “Sou pai de dois filhos, ralo pra caralho, tá aqui minha carteira”.
Na terceira vez, Valdeci se recusou a ir para a “dura” – revista policial em que os suspeitos são considerados potencialmente perigosos e revistados pelas costas – e foram necessários cinco policiais para conseguir algemá-lo. Depois de imobilizar Valdeci, um deles chegou por trás e o golpeou com um soco na altura do fígado. Mais uma vez ele foi levado para a delegacia e, dessa vez, instauraram inquéritos contra ele, por desacato e ameaça. Valdeci é nascido e criado no Santa Marta, seu salário como entregador de vídeo-locadora é R$ 650,00, e assim cria os filhos e ajuda a mãe.
A capitã Priscila, chefe da UPP do Santa Marta, não quis comentar o caso de Valdeci. Sobre Fiell, ela disse que houve uma quebra de acordo por parte do compositor em relação ao limite de horário, e por isso suas atividades foram suspensas durante um determinado período. Em longa entrevista, a policial de 31 anos, 12 dos quais na corporação, mostrou-se uma pessoa extremamente simpática e aberta ao diálogo. “Encaro crítica de maneira muito saudável, porque o dia em que encararmos crítica como problema não somos bons profissionais”, disse, enfatizando ainda que considera normal que os policiais façam a patrulha com armas em punho. “Isso não é proibido”, diz a capitã, que garante que a UPP tem o apoio de grande parte dos moradores.
FAVELA SOB CONTROLE
O projeto das Unidades de Polícia Pacificadora encontra resistência entre lideranças populares e pesquisadores. Deley de Acari, poeta e animador cultural, declarou no ano passado ao jornal A Nova Democracia: “Isso vai dar é em muita morte, muita chacina, muita mãe favelada chorando à beira da cova de seus filhos, e/ou muita mãe de favela com seus filhos chorando em seu colo, nos pátios das cadeias nos dias de visita”.
A socióloga Vera Malaguti, secretária-geral do Instituto Carioca de Criminologia, chama a atenção para o nome escolhido pelo governo Cabral: “Pacificação remete a toda uma tradição militar no Brasil. Só a repressão aos cabanos matou quase 50% da população do Grão-Pará”.
Além disso, a pesquisadora enfatiza um dado importantíssimo e raramente percebido pelos que discutem a questão: o controle social permanente dos espaços populares, onde a luta de classes encontra condições mais favoráveis para se desenvolver. “É o sonho do capitalismo. Pegar a mão-de-obra e ter o controle total. Meter a vida dela no campo de concentração. Enquanto isso, liberdade para os ricos. Esses podem andar livremente e concentrar a riqueza sem correr nenhum risco porque a conflitividade social, a luta de classes está controlada o tempo todo. O sonho é fazer isso com todas as favelas”, sintetiza Vera.
Sobre este artigo
Publicado Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010 às 11:04h. Categorias: Direitos Humanos, JORNAL A VOZ DA FAVELA, Segurança pública.
ONG tem vaga para assistente de pesquisa
ONG tem vaga para assistente de pesquisa Organização
não-governamental que trabalha com direitos reprodutivos e sexuais tem
vaga aberta para assistente de pesquisa para atuar no Rio de Janeiro
(RJ). É necessário: formação em Ciências Sociais, Sociologia,
Antropologia, Estatística ou Demografia; ter mestrado ou doutorado em
Saúde Pública ou áreas afins; experiência em políticas públicas voltada
para a saúde e, desejável, vivência na temática da mortalidade materna;
e ter conhecimentos de pesquisa populacional e técnicas de pesquisa
quantitativa e qualitativa.
A pessoa vai apoiar a coodenação em trabalhos voltados para as
políticas públicas, desenvolvimento de pesquisas e projetos sociais,
desenvolver pesquisas quantitativas e qualitativas, participar do
planejamento e da elaboração de instrumentais, analisar resultados e
confeccionar relatórios.
Interessados devem enviar currículos no corpo do e-mail, com pretensão salarial, para rh.pessoasselecao@yahoo.com.br, colocando no assunto 'assistente de pesquisa'.
não-governamental que trabalha com direitos reprodutivos e sexuais tem
vaga aberta para assistente de pesquisa para atuar no Rio de Janeiro
(RJ). É necessário: formação em Ciências Sociais, Sociologia,
Antropologia, Estatística ou Demografia; ter mestrado ou doutorado em
Saúde Pública ou áreas afins; experiência em políticas públicas voltada
para a saúde e, desejável, vivência na temática da mortalidade materna;
e ter conhecimentos de pesquisa populacional e técnicas de pesquisa
quantitativa e qualitativa.
A pessoa vai apoiar a coodenação em trabalhos voltados para as
políticas públicas, desenvolvimento de pesquisas e projetos sociais,
desenvolver pesquisas quantitativas e qualitativas, participar do
planejamento e da elaboração de instrumentais, analisar resultados e
confeccionar relatórios.
Interessados devem enviar currículos no corpo do e-mail, com pretensão salarial, para rh.pessoasselecao@yahoo.com.br, colocando no assunto 'assistente de pesquisa'.
Interessante II
Adorei a posição dos EUA de jogar alimentos de paraquedas, não ensinaram os peixes a pescar, mas como no Nordestes antigamente, fiseram de tudo a ter uma população dependente e não produtora de alimentos e pespectivas, a famosa aprenda a danças para ficar dançando quando aparecer alguem que precise demostrar o meu trabalho, capoeira ou informatica basica que não oferece futuro real, pois não queremos que aprendam a ser um japones com cor. mas ....
Interessante
Fiquei a pensar o que é Desenvolver Educar Monitorar Orientar Reincerir Olhar, pois vi hoje na maioria das programações de jornalismo nas relações de convivência entre escolas e pais de alunos na compra de materias e vi que as falas demosntram o que está no intimo dos Brasileiros, medo de denunciar, por que teriamos que correr risco se orgãos que deveriam nos proteger tem pessoas que temem por si?
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
RES: Isenção de taxa em concurso
Prezada Sra. Edna,
Qualquer candidato integrante de família de baixa renda, inscrita no Cadastro Único, com renda mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos, pode solicitar a isenção da taxa de inscrição. A isenção também se aplica aos processos seletivos simplificados para a contratação de pessoal por tempo determinado.
Para solicitar a isenção de taxa de inscrição, o candidato deve apresentar um requerimento ao órgão ou entidade executora do concurso público, contendo o Número de Identificação Social (NIS) – existente na base do CadÚnico – e a declaração de que pertence a uma família de baixa renda. O edital do concurso indicará como e quando o candidato deve apresentar essas informações.
O edital do concurso público divulgado pelo órgão ou entidade executor definirá a forma de apresentação e os prazos limites para a apresentação do requerimento de isenção, assim como da resposta ao candidato acerca do deferimento ou não do seu pedido. Em caso de indeferimento do pedido, o candidato deverá ser comunicado antes do término do prazo previsto para as inscrições para que possa fazer a inscrição mediante pagamento da taxa cobrada.
Nos casos em que o candidato pertencer a uma família de baixa renda e ainda não estiver cadastrado no CadÚnico ou, se mesmo cadastrado, não possuir o NIS, ele poderá procurar o órgão responsável pela Gestão do Cadastro Único de seu município que geralmente se localiza na sede da Prefeitura ou no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
É importante lembrar que qualquer cadastro novo necessitará de um prazo mínimo de 45 dias para que seja identificado na base do CadÚnico do MDS. Por sua vez, caberá única e exclusivamente ao órgão ou entidade executor do concurso público consultar o Departamento do Cadastro Único do MDS para verificar a veracidade das informações prestadas pelo candidato.
Os candidatos também poderão confirmar o resultado da solicitação de isenção de taxa de inscrição através do Sistema de Isenção de Taxa de Inscrição (SISTAC): http://aplicacoes.mds.gov.br/sistac , através do link " Consulta de candidatos selecionados". Ressalta-se que os recursos, relativos ao indeferimento da solicitação de isenção de taxa de inscrição, devem ser dirigidos diretamente ao Órgão/Instituição executor do Concurso Público.
Para mais informações, o cidadão deverá entrar em contato por meio do telefone 0800 707 2003 ou no endereço eletrônico bolsa.família@mds.gov.br.
Atenciosamente,
♠Coordenação de Atendimento #11#
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania – SENARC
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS
(61)3433-1500
RES: Isenção de taxa em concurso
Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010 16:37
De:
"Cadastro Unico"
Adicionar remetente à lista de contatos
Para:
"'Edna Lucia Constantino da Conceição'"
cid:image001.jpg@01CA74D2.E4EE7F30
Inscrições até 15 de janeiro de 2010.
Clique aqui e saiba mais.
Gestor do Bolsa Família,
O prazo para envio do questionário das Instâncias de Controle Social foi prorrogado para o dia 08 de Janeiro de 2010.
Dia 28 de fevereiro de 2010 é o prazo para regularizar a situação das famílias identificadas na Auditoria TCU.
Para mais informações acesse o site www.mds.gov.br/bolsafamilia
De: Edna Lucia Constantino da Conceição [mailto:ednalucia2005@yahoo.com.br]
Enviada em: terça-feira, 5 de janeiro de 2010 16:31
Para: Cadastro Unico
Assunto: Isenção de taxa em concurso
Tenho apenas o PIS, estou desempregada como posso requerer um direito por não ter outra renda senão artesanato para sobreviver? Questionadora.blogspot.com
Qualquer candidato integrante de família de baixa renda, inscrita no Cadastro Único, com renda mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos, pode solicitar a isenção da taxa de inscrição. A isenção também se aplica aos processos seletivos simplificados para a contratação de pessoal por tempo determinado.
Para solicitar a isenção de taxa de inscrição, o candidato deve apresentar um requerimento ao órgão ou entidade executora do concurso público, contendo o Número de Identificação Social (NIS) – existente na base do CadÚnico – e a declaração de que pertence a uma família de baixa renda. O edital do concurso indicará como e quando o candidato deve apresentar essas informações.
O edital do concurso público divulgado pelo órgão ou entidade executor definirá a forma de apresentação e os prazos limites para a apresentação do requerimento de isenção, assim como da resposta ao candidato acerca do deferimento ou não do seu pedido. Em caso de indeferimento do pedido, o candidato deverá ser comunicado antes do término do prazo previsto para as inscrições para que possa fazer a inscrição mediante pagamento da taxa cobrada.
Nos casos em que o candidato pertencer a uma família de baixa renda e ainda não estiver cadastrado no CadÚnico ou, se mesmo cadastrado, não possuir o NIS, ele poderá procurar o órgão responsável pela Gestão do Cadastro Único de seu município que geralmente se localiza na sede da Prefeitura ou no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
É importante lembrar que qualquer cadastro novo necessitará de um prazo mínimo de 45 dias para que seja identificado na base do CadÚnico do MDS. Por sua vez, caberá única e exclusivamente ao órgão ou entidade executor do concurso público consultar o Departamento do Cadastro Único do MDS para verificar a veracidade das informações prestadas pelo candidato.
Os candidatos também poderão confirmar o resultado da solicitação de isenção de taxa de inscrição através do Sistema de Isenção de Taxa de Inscrição (SISTAC): http://aplicacoes.mds.gov.br/sistac , através do link " Consulta de candidatos selecionados". Ressalta-se que os recursos, relativos ao indeferimento da solicitação de isenção de taxa de inscrição, devem ser dirigidos diretamente ao Órgão/Instituição executor do Concurso Público.
Para mais informações, o cidadão deverá entrar em contato por meio do telefone 0800 707 2003 ou no endereço eletrônico bolsa.família@mds.gov.br.
Atenciosamente,
♠Coordenação de Atendimento #11#
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania – SENARC
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS
(61)3433-1500
RES: Isenção de taxa em concurso
Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010 16:37
De:
"Cadastro Unico"
Adicionar remetente à lista de contatos
Para:
"'Edna Lucia Constantino da Conceição'"
cid:image001.jpg@01CA74D2.E4EE7F30
Inscrições até 15 de janeiro de 2010.
Clique aqui e saiba mais.
Gestor do Bolsa Família,
O prazo para envio do questionário das Instâncias de Controle Social foi prorrogado para o dia 08 de Janeiro de 2010.
Dia 28 de fevereiro de 2010 é o prazo para regularizar a situação das famílias identificadas na Auditoria TCU.
Para mais informações acesse o site www.mds.gov.br/bolsafamilia
De: Edna Lucia Constantino da Conceição [mailto:ednalucia2005@yahoo.com.br]
Enviada em: terça-feira, 5 de janeiro de 2010 16:31
Para: Cadastro Unico
Assunto: Isenção de taxa em concurso
Tenho apenas o PIS, estou desempregada como posso requerer um direito por não ter outra renda senão artesanato para sobreviver? Questionadora.blogspot.com
Li uma materia sobre microcredito
Li uma materia sobre microcredito no Jornal OGLOBO de 19/01/2010 Razão Social e ha falas, o que me chamou mas a atenção foi a feita por um fucionario do Bando real, quem está atrás dos menos de 1.15% de inadiplentesque ocorrem em suas oporações de creditos. Fico a pensar quando vi propagandas querendo mais clientes, vique não gostam de mostrar como clentes em suas propagandas de creditos a quem hoje se tornou o filão de mercado, antes de fazer referencia de capacitar seus funcionarios em estarem captando mais clientes, poderiam capacitar seus setores de marketing e publicidade a mudar o olhar de quem poderia manter os seus empregos, ou responsabilidade social e economica, pois dentro do desenvolvimento normal do mundo e como o Bando tem mantido uma parte significativa de seus clientes que é as contas salários e se esses locais começarem a ser ocupados pelas não referências de clientes e as pessoas acordarem a não aceitar serem excluidos como se não fizessem parte deste universo bonitinho, mas apenas como pagantes mudos, acho eu, vai ter muito banco fechando as portas, afinal continuamos comendo analfabetos ou não.
O Brasil possui mérito
O Brasil possui mérito sim, pela sua extensão, por suas riquezas naturais ...
"O grande problema para o Brasil ser uma democracia grande
e definitiva é a eliminação do apartheid social...
Adorei as palavras
"O grande problema para o Brasil ser uma democracia grande
e definitiva é a eliminação do apartheid social...
Adorei as palavras
Educação inclusiva do Brasil
Ensino Médio
Segundo uma análise da Pnad feita pelo Ipea, 82,1% dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola. Entretanto, 44% dos adolescentes ainda não concluíram o Ensino Fundamental e apenas 48% cursam o Ensino Médio dentro da faixa etária adequada para esse nível. No Nordeste, apenas 34% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentam o Ensino Médio. No Norte, 36% dos meninos e meninas de 15 a 17 anos cursam o Ensino Médio. A média nacional, de acordo com a Pnad, é de 48%. Na Região Sudeste, esse percentual fica em 58,8% e, no Sul, 55%. (Pnad 2007)
Ensino Fundamental
Do total de crianças entre 7 e 14 anos, 97,6% estão matriculadas na escola. O que representa cerca de 26 milhões de estudantes (Pnad 2007). O percentual de 2,4% de crianças e adolescentes fora da escola pode parecer pouco, mas representa cerca de 680 mil crianças entre 7 e 14 que têm seu direito de acesso à escola negado. As mais atingidas são as negras, indígenas, quilombolas, pobres, sob risco de violência e exploração, e com deficiência. Desse contingente fora da escola, 450 mil são crianças negras e pardas.
Desigualdade racial
O número de pessoas brancas matriculadas no Ensino Médio é 49,2% maior do que o mesmo número entre a população negra. Percebe-se uma significativa melhora na adequação idade-série entre os adolescentes negros.
Segundo a Pnad de 2007, 82,7% dos analfabetos de 15 anos ou mais do Norte são pretos ou pardos, o que evidencia a desigualdade racial.
Educação no campo
No campo, encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianças fora da escola. De maneira geral, os currículos estão desvinculados das realidades, das necessidades, dos valores e dos interesses dos estudantes que residem no campo, o que impede que o aprendizado, de fato, se transforme em um instrumento para o desenvolvimento local. (comentário. Não acho que esse pensamento seja só no campo. a ver a qualidade de ensino oferecida as escolas que atendem o contingente pobre, professsores que são orientados a não pedir materiais aos Pais e em contrapartida o executivo não manda, o legislativo não cobra e o judiciario de omite. A casos de escolas que as referencias de regras social de convivência são totalmente quebradas)
Educação quilombola
Até dezembro de 2008, havia 1.305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no País. Em 2006, o número de escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos cresceu 94,4%, chegando, em relação a 2005, a 1.283 unidades e 161.625 matrículas. O Maranhão é o Estado com maior número de escolas em áreas quilombolas: 423.
Infraestrutura escolar
Das mais de 58 mil escolas do Semiárido, 51% não são abastecidas pela rede pública de água, 14% não dispõem de energia elétrica e 6,6% não têm sanitários. A grande maioria (80%) não possui biblioteca ou sala de leitura, computador (75,8%) e muito menos acesso à Internet (89,2%).
http://desafios.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=10207
Segundo uma análise da Pnad feita pelo Ipea, 82,1% dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola. Entretanto, 44% dos adolescentes ainda não concluíram o Ensino Fundamental e apenas 48% cursam o Ensino Médio dentro da faixa etária adequada para esse nível. No Nordeste, apenas 34% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentam o Ensino Médio. No Norte, 36% dos meninos e meninas de 15 a 17 anos cursam o Ensino Médio. A média nacional, de acordo com a Pnad, é de 48%. Na Região Sudeste, esse percentual fica em 58,8% e, no Sul, 55%. (Pnad 2007)
Ensino Fundamental
Do total de crianças entre 7 e 14 anos, 97,6% estão matriculadas na escola. O que representa cerca de 26 milhões de estudantes (Pnad 2007). O percentual de 2,4% de crianças e adolescentes fora da escola pode parecer pouco, mas representa cerca de 680 mil crianças entre 7 e 14 que têm seu direito de acesso à escola negado. As mais atingidas são as negras, indígenas, quilombolas, pobres, sob risco de violência e exploração, e com deficiência. Desse contingente fora da escola, 450 mil são crianças negras e pardas.
Desigualdade racial
O número de pessoas brancas matriculadas no Ensino Médio é 49,2% maior do que o mesmo número entre a população negra. Percebe-se uma significativa melhora na adequação idade-série entre os adolescentes negros.
Segundo a Pnad de 2007, 82,7% dos analfabetos de 15 anos ou mais do Norte são pretos ou pardos, o que evidencia a desigualdade racial.
Educação no campo
No campo, encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianças fora da escola. De maneira geral, os currículos estão desvinculados das realidades, das necessidades, dos valores e dos interesses dos estudantes que residem no campo, o que impede que o aprendizado, de fato, se transforme em um instrumento para o desenvolvimento local. (comentário. Não acho que esse pensamento seja só no campo. a ver a qualidade de ensino oferecida as escolas que atendem o contingente pobre, professsores que são orientados a não pedir materiais aos Pais e em contrapartida o executivo não manda, o legislativo não cobra e o judiciario de omite. A casos de escolas que as referencias de regras social de convivência são totalmente quebradas)
Educação quilombola
Até dezembro de 2008, havia 1.305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no País. Em 2006, o número de escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos cresceu 94,4%, chegando, em relação a 2005, a 1.283 unidades e 161.625 matrículas. O Maranhão é o Estado com maior número de escolas em áreas quilombolas: 423.
Infraestrutura escolar
Das mais de 58 mil escolas do Semiárido, 51% não são abastecidas pela rede pública de água, 14% não dispõem de energia elétrica e 6,6% não têm sanitários. A grande maioria (80%) não possui biblioteca ou sala de leitura, computador (75,8%) e muito menos acesso à Internet (89,2%).
http://desafios.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=10207
Termo depreciativo utilizado para descrever, Bluewash
Bluewash
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Bluewash é um termo depreciativo utilizado para descrever uma parceria entre as Nações Unidas e de uma corporação que concordou em respeitar a United Nations Global Compact. O compacto apresenta dez princípios que promovam práticas ambientalmente sustentável, práticas trabalhistas justas (incluindo o acesso aos sindicatos, a abolição dos escravos, trabalho infantil), os direitos humanos e luta contra a corrupção. No entanto, dado que não existem mecanismos de seleção ou de execução para garantir que a empresa segue os dez princípios, os críticos argumentam que essas parcerias são meras manobras de relações públicas para melhorar as imagens corporativas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Bluewash é um termo depreciativo utilizado para descrever uma parceria entre as Nações Unidas e de uma corporação que concordou em respeitar a United Nations Global Compact. O compacto apresenta dez princípios que promovam práticas ambientalmente sustentável, práticas trabalhistas justas (incluindo o acesso aos sindicatos, a abolição dos escravos, trabalho infantil), os direitos humanos e luta contra a corrupção. No entanto, dado que não existem mecanismos de seleção ou de execução para garantir que a empresa segue os dez princípios, os críticos argumentam que essas parcerias são meras manobras de relações públicas para melhorar as imagens corporativas.
Li sobre o Forum social mundial
Li sobre o Forum social mundial e a entrada de jovens sem engajamento no meio. um local importante de discurssão ou um ambiente de preparação da sociedade para mudanças e vendo a forma como trabalham no Haiti, retendo alimentação e agua doados à população com a finalidade de aumentar o estado de caos, e como retem a entrada de adolescentes com baixa escolaridade na unica possibilidade dentro da lei, Decreto Lei 5.598/2005, CLT 402 ao 441 e Port 615 e 616/2007 do MTE. sendo que estes adolescentes tem real necessidade por estarem em risco social maior que os adolescentes que provam ter merito. e sendo que empurram pessoas a informalidade, a não qualificação acho por necessidade de manter uma boca de dinheiro sem ter que dar satisfação do que é feito.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Les dons sont des miettes en Haïti.
Je me demande comment ces gens qui décident de ce qui sera fait dans un peuple faire si leurs enfants ont dû attendre le bon vouloir d'un employé, parce que quelqu'un a payé pour elle, c'est même en travaillant à l'ONU ou n'importe quel pays, on ne travaille pas grâce, est un retraité qui reçoit l'argent du gouvernement ou d'un mari et des besoins mensuels donnent de leur temps d'inactivité et il faut que la gloire ou un employé de tout Lampedusa, personne ne travaille gratuitement, se faire payer, même si la propriété est émotif, et à l'intérieur ce peuple logique doivent comprendre que de voir leurs enfants pleurer de faim les laisse en colère et utiliser les images pour obtenir de voir les soldats de donner et de donner bien nourris feu, les gens d'autres pays portant leurs bouteilles remplies Dagua et a réussi, où il venait de la leur donner, pourquoi ne pas venir à la population qui a été adressée par les nations dans le monde?
Skenkings is krummels in Haïti.
Ek wonder hoe hierdie mense wat besluit wat sal in 'n mense gedoen kan word nie as hul kinders moes wag vir die goeie wil van' n werknemer, omdat iemand betaal het vir dit, is selfs besig om die VN of enige land, niemand werk genade is, is 'n pensioen trekker wat ontvang die regering of' n man se geld en moet maandeliks skenk hul onsinnige tyd en dit heerlikheid neem of as 'n werknemer van enige Lampedusa, niemand werk vir gratis, kry betaal, selfs al is die eiendom emosioneel is, en binne hierdie logika mense moet verstaan dat hul kinders te sien huil van honger laat hulle kwaad en die beelde gebruik om te kry om te sien die soldate gee en gee van goed gevoed brand, mense uit ander lande te dra hul bottels gevul Dágua en daarin geslaag om, waar dit vandaan kom uit die wat aan hulle is, waarom kom om die mense wat gerig is deur al die nasies in die wêreld nie?
Las donaciones son migajas en Haití.
Me pregunto cómo estas personas que deciden qué se hará en las personas si sus hijos tenían que esperar a la buena voluntad de un empleado, porque alguien ha pagado por ello, es aún trabajan en las Naciones Unidas o de cualquier país, nadie trabaja gracia, es un jubilado que recibe dinero del gobierno o de un marido y la necesidad mensual de donar su tiempo de inactividad y lleva la gloria o como un empleado de ninguna Lampedusa, nadie trabaja gratis, se les paga, incluso si la propiedad es emocional, y dentro de este pueblo tiene que entender la lógica que ver a sus hijos llorando de hambre los deja enojado y utilizar las imágenes para llegar a ver a los soldados dando y dando bien alimentado el fuego, la gente de otros países, llevando sus botellas llenas de Dagua y éxito, de dónde vino la dándoles, ¿por qué no venir a la gente que ha sido abordado por las naciones de todo el mundo?
Donations are crumbs in Haiti.
I wonder how these people who decide what will be done in a people do if their children had to wait for the good will of an employee, because someone has paid for it, is even working at the UN or any country, no one works grace, is a retiree who receives the government or a husband's money and need monthly donate their idle time and it takes glory or as an employee of any Lampedusa, nobody works for free, get paid, even if the property is emotional, and within this logic people have to understand that seeing their children crying from hunger leaves them angry and use the images to get to see the soldiers giving and giving well-fed fire, people from other countries carrying their bottles filled Dágua and succeeded, where it came from the giving them, why not come to the people that has been addressed by nations around the world?
Doações seja em migalhas no Haiti.
Fico pensando como essas pessoas que decidem o que vai ser feito de um povo faria se seus filhos tivessem que esperar a boa vontade de um empregado seu, pois alguem tem pago por isso, mesmo trabalhando seja na ONU ou para algum País, ninguem trabalha de graça, seja um aposentado que recebe do governo ou do marido uma grana mensal e necessite doar seu tempo ocioso e disto tira glórias ou como um trabalhador de alguma istituição, ninguem trabalha de graça, recebe remuneração, mesmo que de bem está emocional, e dentro destá lógica as pessoas tem que entender que ver seus filhos gritando de fome os deixa com raiva e utilizar as imagens para conseguir doação e ver soldados bem alimentados dando tiro,pessoas de outros paises carregando suas garrafas Dágua cheias, como conseguiram, de onde veio as doações deles, porque não chega a do povo que vem sendo enviadas pelas nações ao redor do mundo?
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Haití y la película de 2012
Hoy he asistido en 2012, pero hablando en preguntas acerca de Haití, veo las palabras en la película sobre el ser humano, significa trabajar con los demás y que debe ser civilizado? Recuerdo un caso de conciencia negro que fue el centro de Río de Janeiro en un hotel caro y vi algo que refleja lo que ha ocurrido en Haití, el evento contó con más de un centenar de personas y para el almuerzo o el café en después vi algo que me hizo triste, no por la actitud de mis hermanos podría haber hecho como Martin Luther King, pero había gente de otros estados que deseaban regresar a sus habitaciones y otras ciudades que no podía faltar el paseo, y formaron una confusión en torno a la mesa, era una pequeña mesa con un par de cosas sin un camarero que sirve un gran número de personas en la habitación y vi a los que debe organizar el derecho de café de la conferencia, como lo harían si la conferencia no fue para el movimiento negro y el número de los negros no eran tan grandes porque se pagó el evento, se pagaron por esto, visto con una sonrisa, en caso de que el gasto de todo tipo de preguntas que dio a la cadena en la cabeza. Pero hay otra que era la distribución de la ropa tan pronto como se planteaba el problema de las inundaciones en zonas pantanosas, una mesa pequeña para un gran número de personas que ahora ven el de Haití que, pese a lo que teníamos y llamar y al final fue el hotel poner más mesas y el mismo, casi como tazas y los platos sucios en la mesa desde hace mucho tiempo y el personal de la inundación de las cosas estaban mejor organizados, pero no es lo mismo que la falta de alimentos y agua debido a que no se quitan y llevados a lugares donde los terremotos era más bajo, ¿dónde están los chinos y los japoneses, incluso a los indios podrían ofrecer un mejor desempeño en temas como este, porque veo que es el cambio de material impreso internacionales que nadie está exento, porque vivimos en un mundo de problemas en el programa y no da opción Dónde ayudamos, cómo, porque sigo hablando de aves de corral para mantener a la gente, sin posibilidades de no enviar a otros a determinar qué se necesita hacer para ver el Iraq y Vietnam, lo ideal es que los ingenieros se van, pero la gente de allí es que es el tiempo corto tras sus pasos, y ser un modelo de país con sistemas de riego, tratamiento de aguas residuales, reciclaje, tecnologías de energía renovable es muy posible, ya que las casas en el suelo, lo que es mío es tuyo, podemos construir todas las lista de los nuevos y han vuelto a la vieja es imposible para el mundo y para ellos. En el momento que dejen de luchar entre sí dejamos de ser humanos y salvar a la humanidad hacer que nuestros futuros actos de crueldad, sólo divertirse y decir que tenemos otras oportunidades para ayudar en nombre de los aeropuertos y carreteras destruidos sin la posibilidad de tráfico o incluso lo que la gente la razón no son llevados a un lugar seguro, salir a caminar al azar? Ese tiempo de espera para recibir alimentos y agua sin preguntar cuánto tiempo no comer ni beber agua hace que la bondad falsa se convierte en un cuchillo que pueden hacernos daño con el tiempo. Yo estaba más sorprendido al enterarse de que las misiones eran para entrenar capoeira y dar a bolsa de comida, no forma doctores, ingenieros y ahora tienden a clasificar a las personas como problemáticos, ¿por qué no hablar de los trastornos y se rompen, se rompe todo el mundo se producen cuando hay alguna insatisfacción y sabemos que hay interés en mejorar, pero para subyugar y que se quede bien, incluso contra el gusto de la población. Casi Dioses que han superado el SBT, Cine Bellas Artes 16/01/2010 días refleja lo que no está dispuesto a cambiar, afortunadamente la gente fue a pelear y allí, a diferencia de otros países, cuántos, la sede de los cuales se dictan las normas es en muchos lugares muy lejos y no saber quién gana y comer estos fondos, al mando. La gente salió a luchar por la supervivencia entre sus pares por un pedazo de pan y el agua se está pagando, pero no para ellos, como se muestra en muchos aspectos de la desesperación de los alimentos y el agua. Es inhumano lo que están haciendo, hambriento y recibir regalos y dinero, la gente muere y la lucha para no morir de hambre y sed. Felicitaciones a los guardias que reciben un salario y ofrecer a sus colegas que tienen que trabajar escenas como esta.
Haïti et le film 2012
Aujourd'hui j'ai assisté en 2012, mais en parlant des questions sur Haïti, je vois les mots dans le film sur l'être humain, c'est travailler avec eux et qui doit être civilisé? Je me souviens d'un cas de conscience noire qui était le centre de Rio de Janeiro dans un hôtel cher et j'ai vu quelque chose qui reflète ce qui s'est passé en Haïti, l'événement a eu plus d'une centaine de personnes et pour le déjeuner ou le café du plus tard, j'ai vu quelque chose qui m'a rendue triste, non par l'attitude de mes frères auraient pu faire comme Martin Luther King, mais avait des gens provenant d'autres États qui voulaient retourner dans leurs chambres et d'autres villes qui ne pouvait pas manquer la balade, et a formé un confusion autour de la table, c'était une petite table avec quelques petites choses sans un serveur desservant un nombre élevé de personnes dans la salle et j'ai vu ceux qui doivent organiser le droit de café pour la conférence, comme ils le feraient si l'autre conférence qui n'a pas été pour le mouvement noir et le nombre de Noirs n'étaient pas si grande, car l'événement a été payée, ont été payés pour cela, vu avec un sourire, devriez-vous dépenser toutes sortes de questions qui ont donné de la chaîne sur leur tête. Mais il ya un autre qui a été la distribution des vêtements dès que se pose le problème des inondations dans les marais, une petite table pour un grand nombre de personnes maintenant voir la Haïti, qui malgré ce que nous avions et d'appel et mettre fin à l'hôtel avait à mettre davantage de tableaux et de même, presque comme les tasses et les plats sales sur la table depuis longtemps et le personnel des choses, les inondations ont été mieux organisés, mais ce n'est pas le même que le manque de nourriture et d'eau parce qu'ils ne sont pas enlevés et emmenés vers des lieux où les tremblements de terre était plus faible, où sont les Chinois et les Japonais, même les Indiens ne pouvaient offrir de meilleures performances sur des questions comme ça, parce que je vois, c'est l'affaire international en mutation imprimés que personne n'est exempté, parce que nous vivons dans un monde de misères dans le spectacle et ne donnant pas l'option où nous aider, comment faire, parce que je continue à parler de la volaille pour maintenir les gens sans perspectives ne pas envoyer d'autres pour déterminer ce qui doit être fait pour voir l'Irak et le Vietnam, l'idéal est que les ingénieurs y aller, mais la population y est qui est le temps court en suivant ses traces, et être un pays modèle avec les systèmes d'irrigation, le traitement des eaux usées, le recyclage, les technologies d'énergie renouvelables est très possible, comme les maisons à l'étage ce qui est à moi est à toi, nous pouvons construire ensemble annonce de nouvelles et ont encore l'ancien est impossible pour le monde et pour eux. Au moment où nous cessons de combattre les uns les autres nous cessons d'être sauver l'humanité de l'homme et faire de nos futurs actes de cruauté simplement avoir du plaisir et dire que nous avons d'autres opportunités à l'aide au nom des aéroports et des routes détruites sans possibilité de faire le trafic ni même ce que les gens raisonnent ne sont pas prises dans un endroit sûr, laissant à marcher au hasard? Ce temps d'attente pour recevoir la nourriture et l'eau sans se demander combien de temps il ne mange pas ou ne boivent de l'eau provoque la fausse bonté devient un couteau qui pourrait nous faire mal avec le temps. J'ai été plus surpris d'apprendre que les missions étaient de former et de donner la capoeira sac de nourriture, ne forme pas des médecins, des ingénieurs et maintenant tendance à classifier les gens comme des fauteurs de troubles, pourquoi parle pas des troubles et de rompre, les pauses dans le monde entier se produire chaque fois qu'il ya une insatisfaction et nous savons qu'il ya un intérêt dans l'amélioration, mais pour asservir et de le laisser se conservent bien, même contre le goût de la population. Presque des dieux qui ont réussi le SBT, Cine Beaux-Arts 16/01/2010 jours reflète ce qui n'est pas prête à changer, heureusement, le peuple était de se battre et là, contrairement aux pays combien d'autres, dont le siège est à dicter les règles est dans de nombreux endroits éloignés et ne pas savoir qui gagne et se nourrissent de ces fonds, commandant. Le peuple de gauche se battre pour survivre parmi ses pairs pour un morceau de pain et d'eau étant payés, mais pas pour eux, comme le montre de nombreuses questions de désespoir pour la nourriture et l'eau. C'est inhumain ce qu'ils font, affamé et recevoir des cadeaux et de l'argent, les gens meurent et lutte pour ne pas mourir de faim et de soif. Félicitations à tous les gardiens qui perçoivent un salaire et offrir à leurs collègues qui ont besoin de travailler des scènes de ce genre.
Haïti en die film 2012
Vandag het ek bygewoon het in 2012, maar praat in vrae oor Haïti, ek sien die woorde in die rolprent oor menswees, beteken dat die werk met mekaar en dit is om beskaafde word? Ek onthou 'n geval van swart bewussyn wat was die sentrum van Rio de Janeiro in' n duur hotel en ek iets wat weerspieël wat gebeur het in Haïti sien, het die geleentheid gehad het meer as 'n honderd mense en vir middagete of koffie in later het ek iets wat my hartseer gesien het, nie deur die houding van my broers kon gedoen het, soos Martin Luther King nie, maar het mense uit ander lande wat wou terugkeer na hul kamers en ander stede wat kon mis die rit nie, en vorm 'n verwarring rondom die tafel, dit was 'n klein tafel met' n paar dinge sonder dat 'n kelner bedien' n groot aantal mense in die kamer en sien wie moet die koffie reg vir die konferensie te organiseer, as wat hulle sou as die ander dat die konferensie was nie vir die swart beweging en die aantal swartes was nie so groot omdat die geval betaal is, is vir hierdie betaal is, gesien met 'n glimlag, indien u uitgawes allerlei vrae wat het die ketting op hulle koppe. Maar daar is 'n ander dit was die verdeling van die klere wat so spoedig was daar die probleem van die oorstromings in die moeras,' n klein tafel vir 'n groot aantal mense kyk nou die Haïti dat ten spyte van wat ons gehad het en die oproep en die einde van die hotel gehad het om stel tafels en meer dieselfde is, was byna soos bekers en vuil skottelgoed op die tafel 'n lang tyd en die personeel van die vloed dinge was beter georganiseer, maar dit is nie dieselfde as' n gebrek aan voedsel en water, want hulle is nie verwyder en geneem na plekke waar aardbewings laer was, waar is die Sjinees en die Japannese, selfs die Indiërs kon bied beter prestasie oor aangeleenthede soos hierdie, want ek sien is die veranderende internasionale gedruk saak dat niemand vry is, want ons leef in 'n wêreld van ellende in die show en gee nie opsie waar ons help, hoe, want ek bly praat pluimvee aan te hou mense met geen vooruitsigte nie en stuur ander om te bepaal wat gedoen moet word om te sien die oorlog in Irak en Viëtnam, die ideaal is dat die ingenieurs gaan, maar die mense daar is Dit is die kort tyd wat volgende in sy voetspore, en word 'n model land met besproeiingstelsels, riool behandeling, herwinning, hernubare energie tegnologie is baie moontlik, want die huise op die vloer wat myne is joune, dan kan ons bou almal lys van nuwe en het weer die ou is onmoontlik vir die wêreld en vir hulle. Die oomblik wat ons ophou baklei mekaar stop ons menswees en slaan die mensdom maak van ons toekomstige dade van wreedheid moet net pret en sê dat ons ander geleenthede om te help om namens die lughawens en paaie verwoes, sonder die moontlikheid om die verkeer of selfs watter rede waarom mense nie geneem om 'n veilige plek, wat hulle agter laat om te loop na willekeur? Wag dat die tyd om te kry kos en water sonder om te vra hoe lank dit nie eet of water drink nie veroorsaak dat die valse vriendelikheid word 'n mes wat pyn kan ons oor tyd. Ek was meer verstom om te verneem dat die sending was om die trein capoeira en die sak van voedsel gee, het nie vorm nie dokters, ingenieurs en nou is geneig om te klassifiseer mense as amok, waarom praat oor die afwykings en breek nie, breek rondom die wêreld optree wanneer daar enige ontevredenheid en ons weet dat daar belangstelling in die verbetering is nie, maar om dienaars en laat hom hou, selfs teen die smaak van die bevolking. Byna God wat geslaag het die sbt, Cine Beeldende Kunste 16/01/2010 dae weerspieël wat nie bereid is om te verander, gelukkig het die mense was om te veg en daar, in teenstelling met die manier waarop baie ander lande, die hoofkwartier van wat dicteert die reëls is In baie plekke ver weg is en nie weet wie wen en eet hierdie gelde, comma. Die mense verlaat om te veg vir oorlewing onder sy eweknieë vir 'n stuk brood en water betaal word, maar nie vir hulle, soos in baie sake van wanhoop vir kos en water. Dit is onmenslike wat hulle doen, honger en ontvang van geskenke en geld, mense sterf en veg nie om te sterf van honger en dors. Baie geluk aan die wagte wat ontvang lone en bied hul kollegas wat nodig het om te werk tonele soos hierdie.
Haiti and the movie 2012
Today I attended in 2012, but speaking in questions about Haiti, I see the words in the film about being human, means working with each other and that is to be civilized? I remember an event of black consciousness that was the center of Rio de Janeiro in an expensive hotel and I saw something that reflects what has happened in Haiti, the event had more than one hundred people and for lunch or coffee in later I saw something that made me sad, not by the attitude of my brothers could have done as Martin Luther King, but had people from other states who wanted to return to their rooms and other cities that could not miss the ride, and formed a confusion around the table, it was a small table with a few things without a waiter serving a high number of people in the room and saw those who should organize the coffe right for the conference, as they would if the other conference that was not for the black movement and the number of blacks were not so great because the event was paid, were paid for this, seen with a smile, should you spending all kinds of questions that gave the chain on their heads. But there is another that was the distribution of the clothes as soon as there was the problem of flooding in marshland, a small table for a large number of people now see the Haiti that despite what we had and call and end the hotel had to put more tables and the same, were almost as mugs and dirty dishes on the table a long time and the staff of the flood things were better organized, but it is not the same as lack of food and water because they are not removed and taken to places where earthquakes was lower, where are the Chinese and the Japanese, even the Indians could offer better performance on issues like this, because I see is the changing international printed matter that no one is exempt, because we live in a world of woes in the show and not giving option where we help, how to, because I keep talking poultry to keep people with no prospects not send others to determine what needs to be done to see the Iraq and Vietnam, the ideal is that the engineers go, but the people there is which is the short time following in his footsteps, and be a model country with irrigation systems, sewage treatment, recycling, renewable energy technologies is very possible, as the houses on the floor what's mine is yours, we can build all listing from new and have again the old is impossible for the world and for them. The moment we stop fighting each other we stop being human and save mankind making our future acts of cruelty just have fun and say that we have other opportunities to help on behalf of airports and roads destroyed without the possibility to traffic or even what reason people are not taken to a safe place, leaving them to walk at random? That wait time to receive food and water without asking how long it does not eat or drink water causes the false kindness becomes a knife that can hurt us over time. I was more stunned to learn that the missions were to train capoeira and give bag of food, did not form doctors, engineers and now tend to classify people as troublemakers, why not talk about the disorders and break, breaks around the world occur whenever there is any dissatisfaction and we know that there is interest in improving, but to subjugate and let him keep well, even against the taste of the population. Almost Gods who passed the SBT, Cine Fine Arts 16/01/2010 days reflects what is not willing to change, fortunately the people was to fight and there, unlike how many other countries, the headquarters of which are dictating the rules is in many places far away and not know who wins and eat these monies, commanding. The people left to fight for survival among his peers for a piece of bread and water being paid, but not for them, as shown in many matters of desperation for food and water. It's inhumane what they are doing, hungry and receiving gifts and money, people die and fight not to die of hunger and thirst. Congratulations to the guards who receive wages and offer their colleagues who need to work scenes like this.
30 dias e Pride - Orgulho de Uma Nação (Pride)
Descrição de filmes que deveriam ser vistos
30 dias
Estrelas do basquete, Donnell, um garoto negro de um bairro decadente, e Jason, branco de um nobre bairro residencial, são setenciados a 30 dias de trabalho comunitário. Donnel tem que trabalhar para Maura, uma imigrante irlandesa que ensina a ele que a discriminação tem várias caras. E Jason enfrenta o restaurante de comida negra de Jo Jo, onde não apenas aprende o significado de trabalho pesado, mas também não pode julgar as pessoas apenas pela aparência.
Quando retornam à vida normal, vêem suas novas atitudes postas à prova. Donnell esforça-se para permanecer sem problemas com seu irmão, e Jason decepciona-se com a família e amigos. A tragédia cria finalmente uma ligação de amizade entre os dois inimigos, e sua rivalidade feroz é sustituída por objetivso e pelo trabalho em equipe compartilhado. A tragédia cria finalmente uma ligação de amizade entre os dois inimigos, e sua rivalidade feroz é substituída por objetivos e pelo trabalho de equipe compartilhado
Procedência: Nacional
Estúdio: Universal Pictures do Brasil
Título Original: 30 Days
Tempo: 89
Cor: Colorido
Ano de Lançamento: 2008
Elenco: HILL HARPER & DA BRAT & ELLEN BURSTYN & TAYE DIGGS & CHARLIE NEAL
Recomendação: 12 anos
Região do DVD: Região 4
Sinopse
Pride - Orgulho de Uma Nação (Pride)
Baseado em eventos reais, Pride conta a inspiradora história de Jim Ellis, um carismático professor dos anos 70 que mudou algumas vidas para sempre quando criou uma equipe de natação formada por negros americanos em um dos bairros mais problemáticos da Filadélfia.
Trailers... Imagens... Elenco... Trilha...
Informações Técnicas
Título no Brasil: Pride - Orgulho de Uma Nação
Título Original: Pride
País de Origem: Alemanha / EUA
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Site Oficial: http://www.pridefilm.com
Estúdio/Distrib.: California
Direção: Sunu Gonera
30 dias
Estrelas do basquete, Donnell, um garoto negro de um bairro decadente, e Jason, branco de um nobre bairro residencial, são setenciados a 30 dias de trabalho comunitário. Donnel tem que trabalhar para Maura, uma imigrante irlandesa que ensina a ele que a discriminação tem várias caras. E Jason enfrenta o restaurante de comida negra de Jo Jo, onde não apenas aprende o significado de trabalho pesado, mas também não pode julgar as pessoas apenas pela aparência.
Quando retornam à vida normal, vêem suas novas atitudes postas à prova. Donnell esforça-se para permanecer sem problemas com seu irmão, e Jason decepciona-se com a família e amigos. A tragédia cria finalmente uma ligação de amizade entre os dois inimigos, e sua rivalidade feroz é sustituída por objetivso e pelo trabalho em equipe compartilhado. A tragédia cria finalmente uma ligação de amizade entre os dois inimigos, e sua rivalidade feroz é substituída por objetivos e pelo trabalho de equipe compartilhado
Procedência: Nacional
Estúdio: Universal Pictures do Brasil
Título Original: 30 Days
Tempo: 89
Cor: Colorido
Ano de Lançamento: 2008
Elenco: HILL HARPER & DA BRAT & ELLEN BURSTYN & TAYE DIGGS & CHARLIE NEAL
Recomendação: 12 anos
Região do DVD: Região 4
Sinopse
Pride - Orgulho de Uma Nação (Pride)
Baseado em eventos reais, Pride conta a inspiradora história de Jim Ellis, um carismático professor dos anos 70 que mudou algumas vidas para sempre quando criou uma equipe de natação formada por negros americanos em um dos bairros mais problemáticos da Filadélfia.
Trailers... Imagens... Elenco... Trilha...
Informações Técnicas
Título no Brasil: Pride - Orgulho de Uma Nação
Título Original: Pride
País de Origem: Alemanha / EUA
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Site Oficial: http://www.pridefilm.com
Estúdio/Distrib.: California
Direção: Sunu Gonera
A ZEBRA e o racismo
Um animal como muitos sabem vem de um País que tem muitas historias a contar, como ter o pé no velho mundo.
Muitos pensam que sou racista, mas vejam, moro em comunidade carente e essa definição dentro de uma comunidade no Rio de janeiro aos olhos de uma criança que cresceu lá há definições diferentes, pois os coleginhas não são tratados pela cor ou pelo que tem, mas pelas possibilidades claras de se relacionar, e os relacionamentos não são abertos de forma a ser conhecidos pelos de fora que contam historias que muitas vezes faz-nos rir, e respondemos, É mesmo.
Tenho cunhadas brancas, sobrinhos mais claros, amigas com cara de chinesas e brancas, mas esses que são brancos ou claros que passam por brancos têm o habito de se envolverem com negros, por isso o que procriam com negros ou mulatos podem vir a ter filhos desta cor ou negros, pois ao ver a pessoa eles podem se apaixonar e não é legal um estado com questões raciais encoberto. Lembro-me do caso Andrade e o Flamengo e a fala de sua mulher em um programa de TV, de como não o queriam como treinador de linha de frente, mas ele que foi a opção quando chegaram na porta da 2° divisão, e deu zebra. E os shoping que apesar de viver dos recursos dos negros bem escurinhos, em geral não gostam de contratá-los como vendedores e como daria zebra se tirassem as listrinhas pretas, como será que ficam as finanças? Nestas festas que acontecem em geral as famílias de minhas amigas aparece uma zebra, e todos se dão bem dentro do bom andamento de uma família.
Então a minha briga não tem nada a ver com cor, mas como os americanos fizeram, ter direitos como um ser humano, a ser empregado sem o condicionamento de cor e ser respeitado, e como falo ações afirmativas é um direito que não é ganho de graça, pois todos fazem provas na questão do vestibular, a diferença e a forma de se é preparado. As escolas oferecidas as favelas e as regras impostas que viabilizam ou não os estudos. Pois vejo que informação é um direito restrito e é justamente a que garante a vaga e o Brasil é especialista nisso, restringir acessos dizendo que está dando. E se não tivesse a obrigatoriedade de dez por cento de modelo negras nas passarelas de São Paulo, dirá que elas não passaram nas provas, ou que os negros não são o suficientemente bonitos para representarem as suas marcas, que não vendam a nós também. Garanto que vai ter branco que não vai comprar também, por ter filhos, maridos ou amigos que não acham a atitude legal. O governo também faz isso quando em seus eventos não coloca negros nas recepções como atendentes, dever ser pelo fato que os seus cursos gratuitos de informáticas sejam ultrapassados que não dá possibilidade de mexerem em computador ou não que os negros não façam parte da cidade e de seus eleitores ou que não queiram a vaga para ganhar um dinheiro. Quanto a mim não tenho essa coisa de preto e branco na questão de homens e apesar de viver lutando por direitos e acessibilidade ao mercado de trabalho de forma igualitários a negros bem escurinhos, quanto a brancos pobres ou índios, pois a política aplicada pelo MTE e aplicadores de cursos como o Sistema S e CIEE neste momento ao não oferecer acesso ao contrato aprendiz aos que não possuem escolaridade elevada acaba por abrir porta no trafico e prostituição, não adiantando propaganda de responsabilidade social hipócrita. Até tenho um baixinho que o acho, além de inteligente, baixinho, quer fazer um café com leite, gente fina, o que estraga é sua classe social, o local que trabalha, ele não se adaptaria em favela, nem andaria, e eu no mundinho Classe dele, mas se ele fosse evangélico até que..., Há meu Deus. E tem que ser solteiro. Gosto de homem que me respeita, pois já trabalho com adolescentes, e como sou evangélica e vou contra algumas regras, nem todas posso ignorar, não achei minha salvação no lixo e ela não dá em arvore. Gosto do termo, se alto determinar, sabendo ser negros, pois sei que existem muitos negros, até os escurinhos que não se aceitam, não falo por ter contraído matrimonio com pessoas brancas, mas a questão interior, de não aceitar seus cabelos, sua cor de pele, de falarem mal das pessoas das favelas sem conhecer que lá residem a maioria dos negros e que são tão sujas pelo fato do governo só comer os impostos dos seus moradores e não devolver em infra-estrutura local, de achar que negro como ele é feio. Sei que existem muitos brancos que também são negros, não por brigarem pela causa, mas de saberem ser humano nas relações de trabalho e diária. Melanina só é a proteção oferecida contra o sol da África e os da área mais para o norte da áfrica só são claros porque as escravas ou meninas virgem que libertaria Jerusalém procriaram de negros, tal como a questão de cores da Espanha e Itália. Só uma cobertura. Já o pré-conceito, ou preconceito racial é formado na infância em geral, invade empresas de marketing, editores de imagens e de redação final e esquecem que tudo está mudando, inclusive a necessidade de se construir uma carteira de clientes que mantenha as finanças e se eles não tem cor, sabonete, anti aderente pode trazer alergia a melanina o que prova que ouve teste? A propaganda diz que pasta de dente não é boa para negros, por que comprar?
Muitos pensam que sou racista, mas vejam, moro em comunidade carente e essa definição dentro de uma comunidade no Rio de janeiro aos olhos de uma criança que cresceu lá há definições diferentes, pois os coleginhas não são tratados pela cor ou pelo que tem, mas pelas possibilidades claras de se relacionar, e os relacionamentos não são abertos de forma a ser conhecidos pelos de fora que contam historias que muitas vezes faz-nos rir, e respondemos, É mesmo.
Tenho cunhadas brancas, sobrinhos mais claros, amigas com cara de chinesas e brancas, mas esses que são brancos ou claros que passam por brancos têm o habito de se envolverem com negros, por isso o que procriam com negros ou mulatos podem vir a ter filhos desta cor ou negros, pois ao ver a pessoa eles podem se apaixonar e não é legal um estado com questões raciais encoberto. Lembro-me do caso Andrade e o Flamengo e a fala de sua mulher em um programa de TV, de como não o queriam como treinador de linha de frente, mas ele que foi a opção quando chegaram na porta da 2° divisão, e deu zebra. E os shoping que apesar de viver dos recursos dos negros bem escurinhos, em geral não gostam de contratá-los como vendedores e como daria zebra se tirassem as listrinhas pretas, como será que ficam as finanças? Nestas festas que acontecem em geral as famílias de minhas amigas aparece uma zebra, e todos se dão bem dentro do bom andamento de uma família.
Então a minha briga não tem nada a ver com cor, mas como os americanos fizeram, ter direitos como um ser humano, a ser empregado sem o condicionamento de cor e ser respeitado, e como falo ações afirmativas é um direito que não é ganho de graça, pois todos fazem provas na questão do vestibular, a diferença e a forma de se é preparado. As escolas oferecidas as favelas e as regras impostas que viabilizam ou não os estudos. Pois vejo que informação é um direito restrito e é justamente a que garante a vaga e o Brasil é especialista nisso, restringir acessos dizendo que está dando. E se não tivesse a obrigatoriedade de dez por cento de modelo negras nas passarelas de São Paulo, dirá que elas não passaram nas provas, ou que os negros não são o suficientemente bonitos para representarem as suas marcas, que não vendam a nós também. Garanto que vai ter branco que não vai comprar também, por ter filhos, maridos ou amigos que não acham a atitude legal. O governo também faz isso quando em seus eventos não coloca negros nas recepções como atendentes, dever ser pelo fato que os seus cursos gratuitos de informáticas sejam ultrapassados que não dá possibilidade de mexerem em computador ou não que os negros não façam parte da cidade e de seus eleitores ou que não queiram a vaga para ganhar um dinheiro. Quanto a mim não tenho essa coisa de preto e branco na questão de homens e apesar de viver lutando por direitos e acessibilidade ao mercado de trabalho de forma igualitários a negros bem escurinhos, quanto a brancos pobres ou índios, pois a política aplicada pelo MTE e aplicadores de cursos como o Sistema S e CIEE neste momento ao não oferecer acesso ao contrato aprendiz aos que não possuem escolaridade elevada acaba por abrir porta no trafico e prostituição, não adiantando propaganda de responsabilidade social hipócrita. Até tenho um baixinho que o acho, além de inteligente, baixinho, quer fazer um café com leite, gente fina, o que estraga é sua classe social, o local que trabalha, ele não se adaptaria em favela, nem andaria, e eu no mundinho Classe dele, mas se ele fosse evangélico até que..., Há meu Deus. E tem que ser solteiro. Gosto de homem que me respeita, pois já trabalho com adolescentes, e como sou evangélica e vou contra algumas regras, nem todas posso ignorar, não achei minha salvação no lixo e ela não dá em arvore. Gosto do termo, se alto determinar, sabendo ser negros, pois sei que existem muitos negros, até os escurinhos que não se aceitam, não falo por ter contraído matrimonio com pessoas brancas, mas a questão interior, de não aceitar seus cabelos, sua cor de pele, de falarem mal das pessoas das favelas sem conhecer que lá residem a maioria dos negros e que são tão sujas pelo fato do governo só comer os impostos dos seus moradores e não devolver em infra-estrutura local, de achar que negro como ele é feio. Sei que existem muitos brancos que também são negros, não por brigarem pela causa, mas de saberem ser humano nas relações de trabalho e diária. Melanina só é a proteção oferecida contra o sol da África e os da área mais para o norte da áfrica só são claros porque as escravas ou meninas virgem que libertaria Jerusalém procriaram de negros, tal como a questão de cores da Espanha e Itália. Só uma cobertura. Já o pré-conceito, ou preconceito racial é formado na infância em geral, invade empresas de marketing, editores de imagens e de redação final e esquecem que tudo está mudando, inclusive a necessidade de se construir uma carteira de clientes que mantenha as finanças e se eles não tem cor, sabonete, anti aderente pode trazer alergia a melanina o que prova que ouve teste? A propaganda diz que pasta de dente não é boa para negros, por que comprar?
Jornal brasileiro, jornalista, uma grande favela
Li em um jornal brasileiro um jornalista comparar a sua chegada ao Haiti como a uma grande favela no Rio de janeiro, Brasil, o mesmo informa que trabalhou anos dentro de uma favela. Talvez não percebesse o que realmente fosse uma favela, o mesmo não foi a Londres, ou em alguma parte da zona sul do próprio Rio de janeiro em que estivesse desprovido de arvore, porém a diferença está na ética e bom senso de quem define onde vai haver investimentos de infra-estrutura e com a população, se a criança vai ser estimulada a ser um trabalhador de chão com a proteção de carteira assinada ou posto fixo de governo ou o que constrói o seu país com movimentos econômicos. A velha mentalidade colonial de quem está dentro de um cenário que por sua definição tem que ser ruim, falam isso das ocas de índios. Ou pagam aos índios para visitar e participar sentando no chão com eles? Preconceito puro.
Avatar e as favelas do Brasil
Adorei Avatar, pois o filme reflete o que vem acontecendo com os morros carioca, nas favelas paulista, a moradia indígena e de descendentes de africanos em locais urbanos e as colônias de pescadores, terras valiosas situadas em locais de selvagens a qual a educação oferecida, ou a capacidade de decifrar sinais e obter informações que facilitem a convivência no meio dentro das regras pré-estabelecidas que possibilitem a fixação no local, saúde ou possibilidade de manter-se vivo e sua descendência, sendo que a auto medicação é desaconselhada, mas os médicos, tomaram que não pegue aqueles que derrubaram o moço da bicicleta com o tapete sou negra, não existem e o remédios naturais estão sendo destruídos para dar lugar a apartamentos classes A e B e casarões com suas plantas paisagísticas e que impermeabilizam tudo, as informações destes remédios naturais não vem sendo socializadas, como em Quase Deuses que passou no SBT, Cine belas artes dia 16/01/2010 ou a cor de um crime na Globo mesmo dia, alias na Band e na CNT na mesma hora tinha mais filmes de boa qualidade, muito bom, pois dar informação a quem nos chama de sujos e burros por quem não coloca retiradas de lixo na porta da gente ou mesmo um gari comunitário que preste em algumas favelas, a ver a Vila Ipiranga, Niterói, Rio de janeiro, pois os ratos estão invadindo a alameda, talvez expulsos pelos colegas da favela, muitos por metro quadrado, teriam, já que estão atravessando a rua pegar o ônibus e ir para a zona sul, pois em matéria de limpeza e controle de roedores, há veneno até nas lixeiras, são ótimos e competentes. Mas a ver que embora com arcos e flexas venceram pois protegiam suas casas. O ruim e até quando iremos fazer como em Cidade do Silêncio, com Antonio Bandeiras e as atrocidades, criminalização e outros fatos? Vivemos em um Brasil colônia, ou co mente de colônia, queria viver na Europa, como se lá fosse bom e criticamos os EUA que pensa em desenvolver o seu povo e se os negros tiveram a oportunidade de crescer foi exigindo seus direitos de afirmação ou não dando dinheiro a quem não os aceitavam, vejamos o porque o setor deles agora é considerado caro? Antes levavam turistas para lá e ganhavam dinheiro, agora vejo o Estado incentivando o turismo em favela como se não ocorresse anteriormente, mas antes quem ganhava era os moradores junto com os atravessadores que trabalhavam, agora dão uma cestinha básica a um punhado de morto de fome, os pobrezinhos da favela é o que pensam, e o dinheiro fica com quem?
Atividades no Haiti
Continuando sobre as atividades no Haiti, que demonstram os feitos e o quanto foi utilizado para mudança de ótica à está população, ao falar de vulnerabilidade social, e vejo o oferecimento a camada que deveria crescer para dar suporte ao desenvolvimento de uma nação questões como promover ética, e seria ética dentro dos padrões de cada nação do mundo, a ver no Brasil que pessoas responsáveis por publicidade e marketing e donos e empresas que dependem do capital econômico dos negros bem escurinhos e mestiços e ignoram como pessoas quando querem representar consumidores de marca, a ver até em recepções de eventos de cunho publico. É só participar de eventos fora da
Bahia. O que é ética? A paz é quebrada sempre que o foco no desenvolvimento social, o desenvolvimento físico-cognitivo e a construções de valores na participação de uma pessoa em seu meio ou sociedade e transmitida de forma a ela enxergar que não há futuro para ela dentro de determinadas atividades fins e que receber ordem é sua função assim atividades que não ofereça suporte de crescimento real sempre é o que vem atrelado a questões como querem oferecer mudança e a população é que não quer como, teatro, artes Circenses que dá dinheiro em um País como o Brasil que dita as regras que devem ser seguidas a quem quer aparecer e transformar biótipos em mão de obra barata e gratuita e outros como perfil a ser assistido e ganha realmente, ou danças em geral que a ver os programas de auditoria, especialmente na Record, SBT, Band, e MTv que não aceita as dançarinas negras, danças só em samba assim por conta de ser um perfil nosso, ao resto só mão de obra barata ou gratuita em eventos. Modelo e manequim podem até dar no Haiti, pois a ver que os militares em sua maioria são negros e mestiços, pois esta promoção étnica social e econômica diz como já foi mostrado no Iraque que os locais, mas protegidos com melhores infra-estrutura é onde estão as forças de paz é comparar o que é oferecido no Brasil as zonas de maior incidência de pobres e onde estão os ricos e mandatário a ver Brasília e as cidades satélites que residem os empregados de terceira, até estão expulsando índios para construir mais um local modelo, e não oferecem um mínimo de infra-estrutura a local de pobre, a ver como os nossos soldados tem atuado na força de Paz, a maioria negros e mestiços, infelizmente só foi percebido na tragédia, quanto a economia de tecido que contrata modelos, depende do crescimento da moda, que foi feito o que pela parte econômica? Já que existiam muitos especialistas na construção de cidadania, direitos humanos e esses direitos envolvem uma construção de sociedade econômica ativa, agregando democracia e mesmo no controle social, a não ser que esse controle seja no molde de sempre nos meus pés, cenas para divertimento como acontecia nas arenas antigas, um monte de esfomeado e pouca comida, a próxima ninguém sabe. E coloquem eles a ouvir que seus casos iram ser ... deixem que fiquem ali esperando e se revoltarem é porque está nação não tem educação, pois ninguém joga cabanas e alimentos que possa dar oportunidade de se protegerem do sol e da lua como água e alimentos. Só críticas de serem pessoas desprovidas e de intensa necessidade que mandem dinheiro. Pois promoveremos o acesso as camadas mais desfavorecidas as diversas formas de cultura, pois as deles tem que continuar com essa historia de dependência, comunicação na forma de impedir que cresçam e façam parte do universos que possa contar quem são e promover mobilidade social real de muitos, pois ter informação de como crescer sem ser dependente é raro, principalmente TI com cara de não obsoleta.
Bahia. O que é ética? A paz é quebrada sempre que o foco no desenvolvimento social, o desenvolvimento físico-cognitivo e a construções de valores na participação de uma pessoa em seu meio ou sociedade e transmitida de forma a ela enxergar que não há futuro para ela dentro de determinadas atividades fins e que receber ordem é sua função assim atividades que não ofereça suporte de crescimento real sempre é o que vem atrelado a questões como querem oferecer mudança e a população é que não quer como, teatro, artes Circenses que dá dinheiro em um País como o Brasil que dita as regras que devem ser seguidas a quem quer aparecer e transformar biótipos em mão de obra barata e gratuita e outros como perfil a ser assistido e ganha realmente, ou danças em geral que a ver os programas de auditoria, especialmente na Record, SBT, Band, e MTv que não aceita as dançarinas negras, danças só em samba assim por conta de ser um perfil nosso, ao resto só mão de obra barata ou gratuita em eventos. Modelo e manequim podem até dar no Haiti, pois a ver que os militares em sua maioria são negros e mestiços, pois esta promoção étnica social e econômica diz como já foi mostrado no Iraque que os locais, mas protegidos com melhores infra-estrutura é onde estão as forças de paz é comparar o que é oferecido no Brasil as zonas de maior incidência de pobres e onde estão os ricos e mandatário a ver Brasília e as cidades satélites que residem os empregados de terceira, até estão expulsando índios para construir mais um local modelo, e não oferecem um mínimo de infra-estrutura a local de pobre, a ver como os nossos soldados tem atuado na força de Paz, a maioria negros e mestiços, infelizmente só foi percebido na tragédia, quanto a economia de tecido que contrata modelos, depende do crescimento da moda, que foi feito o que pela parte econômica? Já que existiam muitos especialistas na construção de cidadania, direitos humanos e esses direitos envolvem uma construção de sociedade econômica ativa, agregando democracia e mesmo no controle social, a não ser que esse controle seja no molde de sempre nos meus pés, cenas para divertimento como acontecia nas arenas antigas, um monte de esfomeado e pouca comida, a próxima ninguém sabe. E coloquem eles a ouvir que seus casos iram ser ... deixem que fiquem ali esperando e se revoltarem é porque está nação não tem educação, pois ninguém joga cabanas e alimentos que possa dar oportunidade de se protegerem do sol e da lua como água e alimentos. Só críticas de serem pessoas desprovidas e de intensa necessidade que mandem dinheiro. Pois promoveremos o acesso as camadas mais desfavorecidas as diversas formas de cultura, pois as deles tem que continuar com essa historia de dependência, comunicação na forma de impedir que cresçam e façam parte do universos que possa contar quem são e promover mobilidade social real de muitos, pois ter informação de como crescer sem ser dependente é raro, principalmente TI com cara de não obsoleta.
Haiti e o filme 2012
Hoje assisti 2012, mas falando em questionamentos sobre o Haiti, vejo as palavras no filme sobre ser Humano, significa trabalhar uns com os outros e o que é ser civilizado? Lembro-me de um evento de consciência negra que fui no Centro de Rio de janeiro em um hotel caro e vi uma coisa que reflete o que tem acontecido no Haiti, o evento tinha mais de cem pessoas e na hora do lanche ou o coffe da tarde vi algo que me entristeceu, não pela atitude dos meus manos que poderia ter feito como Martin Luther King,, mas tinha pessoas de outros estados que queriam voltar para seus quartos e de outros municípios que não poderiam perder a carona, e se formou uma confusão em torno da mesa, pois era uma mesa pequena com poucas coisas sem nenhum garçom servindo para um numero alto de pessoas na sala, e vi os que deveriam organizar o coffe direito para a conferencia, como fariam se a conferência de outros que não fosse para o movimento negro e a quantidade de negros não fossem tão grande, pois os evento foi pago, receberam para isso, os vi com um sorriso, deveria está passando todo tipo de questões que dava cadeia em suas cabeças. Mas tem uma outra que foi a distribuição das roupas logo que aconteceu o problema das enchentes na baixada, uma mesa pequena para um grande numero de pessoas, agora vemos o Haiti que a despeito do que passamos e reclamamos e teve efeito, o hotel teve que colocar mais mesas e o mesmo, quase pois ficavam canecas e pratos sujos muito tempo na mesa e o pessoal da enchente as coisas foi melhor organizado, mas não é o mesmo que falta de água e comida, porque não são retirados e levados a locais onde os abalos foi menor, cadê os Chineses e os japoneses, até os indianos podem oferecer melhor atuação nas questões como essa, pois vejo é a impressa internacional transformando questão a quem ninguém está isento, pois vivemos em um mundo só em mostrar as desgraças e não dar opção de onde vamos ajudar, como fazer, pois continuo falando capoeira para manter pessoas sem perspectivas não, mandar outros para determinar o que tem que ser feito a ver o Iraque e o Vietnam, o ideal é que vá os engenheiros, mas as pessoas de lá é que tem que a curto tempo seguir os seus passos, e ter um país modelo com sistemas de irrigação, saneamento, reciclagem, energias renováveis, com tecnologias próprias é possível, já que as casas no Chão o que é meu é seu, podemos construir tudo apartir do novo e ter novamente o velho é inviável para o mundo como para eles. No momento que paramos de lutar uns para os outros deixamos de ser humanos e salvar a humanidade fazendo de nosso futuro com atos de crueldades apenas para se divertirem e dizer que não temos outras possibilidades de ajudar por conta de aeroportos destruídos ou estradas sem possibilidades de trafegar, ou mesmo qual motivo das pessoas não serem levadas para um local seguro, deixando que andem a esmo? Que esperem a hora de receber comida e água sem perguntar a quanto tempo não come ou bebe água faz com que a falsa bondade se torne uma faca que pode nos ferir com o passar do tempo. Fiquei mais estarrecida em saber que as missões eram para formar capoeiristas e dar saquinho de comida, não formaram médicos, engenheiros e que agora tendem a classificar o povo como desordeiros, por que não falam das desordens e dos quebra, quebras em torno do mundo que ocorrem sempre que exista alguma insatisfação e sabemos que não há interesse em melhorar, mas subjugar e deixar que fique assim, mesmo a contra gosto da população. Quase Deuses que passou no SBT, Cine belas artes dia 16/01/2010 reflete o que não é querer mudar, felizmente o povo teve como lutar e ali, ao contrario de como outros tantos paises, a sede destes que estão ditando as regras é em tantos lugares bem longe e não sabemos quem ganha e come desses dinheiros, comandando. Ao povo resta lutar pela sobrevivência entre os seus por um pedaço de pão e água que está sendo pago, mas não para eles, como mostra tantas materias de desespero por água e comida. É desumano o que estão fazendo, com fome e recebendo donativos e dinheiro, a população morre e briga para não morrer de fome e sede. Parabéns aos protetores que recebem salários e oferecem aos colegas que precisam trabalhar cenas como essa.
Salarios pagos por quem despreza
Criar um estado longe da realidade de pensamento do Brasileiro sempre foi a meta de todo educador, que não só o que se senta em uma cadeira de sala de aula, que trabalham com contigente de favela, mas a questão humanistica deles que reflete a mentalidade de colonia que não é deixada, pois a ver como tratam os impostos que deveriam ser dividido entre as regiões na questão de oferecer uma melhor qualidade de vida aos seus usuarios e ao contrario vemos as zonas de influencia ou dos que comandam mais bem estruturada do que as dos comandados, como se eles não pagassem impostos, ou que como eles e o imposto de renda tivesse retorno corrigido, uma poupança com juros melhores. isso se mostra mais na educação que parece que nas escolas que preparam os pobres além de não oferecerem as infra-estruturas necessarias, proibem os professores de pedir materiais aos pais com a cena de que não tem para comer e que não ligam para seus filhos e formar homens não é necessario pois não ha regras para convivencia entre os iguais, mas despreparo vindos de ensinos obsoletos da faculdade e pessoas que acham que estão fazendo um favor recebendo salarios pagos por quem despreza. Até quem recebe de Ongs utiliza das imagens e modelos cobram pela utilização de imagens.
pensa na reconstrução a longo prazo
Desespero e violência aumentam nas ruas do Haiti
Agência EFE - O desespero e a violência aumentam nas ruas do Haiti cinco dias depois do terremoto que deixou pelo menos 100 mil mortos, enquanto a comunidade internacional luta para diminuir estes problemas imediatos e pensa na reconstrução a longo prazo.
Agência EFE - O desespero e a violência aumentam nas ruas do Haiti cinco dias depois do terremoto que deixou pelo menos 100 mil mortos, enquanto a comunidade internacional luta para diminuir estes problemas imediatos e pensa na reconstrução a longo prazo.
"Nunca anunciamos o lugar onde vamos repartir a comida para evitar tumultos"
Desespero e violência aumentam nas ruas do Haiti
Seg, 18 Jan, 04h41
Redação Central, 17 jan (EFE).- O desespero e a violência aumentam nas ruas do Haiti cinco dias depois do terremoto que deixou pelo menos 100 mil mortos, enquanto a comunidade internacional luta para diminuir estes problemas imediatos e pensa na reconstrução a longo prazo.
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A chegada dos caminhões com pacotes de ajuda gera quase sempre tumulto e caos. "Para nós, uma distribuição bem-sucedida de alimentos ou água é aquela na qual ninguém sofre danos", disse à agência Efe o capitão Marco León Peña, do contingente boliviano da Missão da ONU no Haiti (Minustah).
Por essa razão, "nunca anunciamos o lugar onde vamos repartir a comida para evitar tumultos", acrescentou Peña.
A ajuda não chegou a muitos pontos de concentração de desabrigados, como é o caso dos milhares de refugiados de Peguyville, na capital, que depois do sismo de 7 graus na escala Richter só receberam um caminhão com água potável.
Muitos desabrigados se queixam que não receberam nenhuma assistência, apesar do aeroporto de Porto Príncipe receber verdadeiros engarrafamentos de aviões com cargas com mantimentos e remédios.
"É preciso compreender, a coordenação 'desabou', assim como nossos edifícios do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da própria Minustah", comentou Alejandro López-Chicheri, chefe de comunicações da agência para a América Latina.
Mas os desabrigados, que somam aproximadamente 3 milhões em todo o país, não compreendem: "Só sei que em três dias comi um prato de arroz que recebi de uma vizinha", contou Bobien Ebristout, que está em um barraco feito com quatro lonas em uma colina empoeirada de Peguyville, onde o cheiro de excrementos toma todos os ambientes.
Esta situação, em parte, faz com que em Porto Príncipe se repitam com cada vez maior frequência cenas de grupos que roubam todo tipo de mercadorias em comércios fechados ou armazéns.
Centenas de jovens, muitos armados com barras de ferro ou madeira e alguns com facas, ocuparam hoje uma importante avenida e forçaram a entrada de vários armazéns, nenhum deles de produtos comestíveis, em uma das principais vias do centro.
Muitos deles protagonizaram confrontos aos socos e empurrões em plena rua pela repartição do material, mas sem chegar a utilizar suas armas, perante o olhar de vários fotógrafos da imprensa internacional.
Saques que ficam totalmente impunes, já que os militares da ONU que percorrem as ruas da capital passam pela frente sem intervir, enquanto a Polícia haitiana dispara para o alto, sem sucesso, segundo pôde comprovar a Efe. Porém, segundo a "Rádio Metropole", as autoridades mataram dois saqueadores.
Além dos desabrigados, a ONU se preocupa com segurança de seu pessoal, algo que desacelera as operações de ajuda.
De fato, o Conselho de Segurança da ONU estudará amanhã em reunião extraordinária ampliar o número de tropas da Minustah, liderada pelo Brasil e atualmente integrada por 6 mil capacetes azuis e 2.200 policiais, segundo o Ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim.
A presença militar americana foi criticada hoje pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, que denunciou que Washington está "ocupando o Haiti" ao enviar "milhares de soldados armados como para uma guerra".
Esses soldados, segundo o Governo dos EUA, entregaram no sábado 130 mil porções de comida e 70 mil garrafas de água potável aos desabrigados.
Adicionalmente, o PMA informou que, ao final de domingo, espera ter entregado alimentos a aproximadamente 100 mil vítimas na área de Porto Príncipe.
Também promissor foi o anúncio feito hoje sobre o resgate com vida de Nadine Cardozo, dona de um hotel de Porto Príncipe, cidade onde já foram rastreadas 60% das zonas afetadas pelas 40 equipes que chegaram de todo o mundo.
Cardozo se transformou na vítima número 70 em ser salva em meio aos escombros, "um número recorde de pessoas achadas com vida após um terremoto", disse à agência Efe Elizabeth Byrs, porta-voz do escritório humanitário da ONU.
As notícias, infelizmente, não foram boas para a Minustah, depois que neste domingo foram encontrados os corpos de uma advogada chilena e mais um militar brasileiro que trabalhavam em Porto Príncipe para a missão. Com isso, sobem a 42 os mortos da organização.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que hoje chegou ao Haiti, disse que "a destruição e a perda de vidas é assustadora" e enviou uma mensagem a todas as vítimas, garantindo que não lhes esquecerão e farão tudo o que for o possível para ajudar na recuperação.
Esta é "a crise humanitária mais grave" ocorrida em décadas, disse Ban após sobrevoar Porto Príncipe, destacando que quer aumentar a assistência humanitária aos desabrigados, além de garantir a coordenação das enormes quantidades de ajuda internacional que estão chegando ao país mais pobre da América.
A mensagem será fortalecida amanhã pelo enviado especial da ONU para o Haiti, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, que chegará ao país com uma grande carga de assistência.
Em reunião que fará em Porto Príncipe com o líder haitiano, René Préval, Clinton procura garantir que a resposta seja "coordenada e efetiva", acrescentou.
De olho no que virá após estes primeiros dias e semanas, Préval viajará nesta segunda a Santo Domingo para participar de uma reunião preparatória da Cúpula Mundial pelo Haiti, uma iniciativa da comunidade internacional para tratar da reconstrução do país.
A União Europeia, em reunião ministerial extraordinária que acontecerá em Bruxelas, também vai propor nesta segunda-feira a realização de uma conferência internacional para dar resposta coordenada à catástrofe, explicou hoje à Efe a porta-voz da Presidência espanhola da UE, Cristina Gallach.
A Itália se uniu a estes esforços, anunciando que cancelará a dívida de 40 milhões de euros que o Haiti tem com o país, como um "primeiro passo para o começo da reconstrução" desse país, anunciou hoje o chanceler italiano, Franco Frattini.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe. O Governo do país caribenho confirmou que pelo menos 70 mil corpos já foram enterrados.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, já havia falado em "centenas de milhares" de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 15 militares do país que participam da Minustah, a missão da ONU no Haiti, morreram em consequência do terremoto.
A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor.
Seg, 18 Jan, 04h41
Redação Central, 17 jan (EFE).- O desespero e a violência aumentam nas ruas do Haiti cinco dias depois do terremoto que deixou pelo menos 100 mil mortos, enquanto a comunidade internacional luta para diminuir estes problemas imediatos e pensa na reconstrução a longo prazo.
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A chegada dos caminhões com pacotes de ajuda gera quase sempre tumulto e caos. "Para nós, uma distribuição bem-sucedida de alimentos ou água é aquela na qual ninguém sofre danos", disse à agência Efe o capitão Marco León Peña, do contingente boliviano da Missão da ONU no Haiti (Minustah).
Por essa razão, "nunca anunciamos o lugar onde vamos repartir a comida para evitar tumultos", acrescentou Peña.
A ajuda não chegou a muitos pontos de concentração de desabrigados, como é o caso dos milhares de refugiados de Peguyville, na capital, que depois do sismo de 7 graus na escala Richter só receberam um caminhão com água potável.
Muitos desabrigados se queixam que não receberam nenhuma assistência, apesar do aeroporto de Porto Príncipe receber verdadeiros engarrafamentos de aviões com cargas com mantimentos e remédios.
"É preciso compreender, a coordenação 'desabou', assim como nossos edifícios do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da própria Minustah", comentou Alejandro López-Chicheri, chefe de comunicações da agência para a América Latina.
Mas os desabrigados, que somam aproximadamente 3 milhões em todo o país, não compreendem: "Só sei que em três dias comi um prato de arroz que recebi de uma vizinha", contou Bobien Ebristout, que está em um barraco feito com quatro lonas em uma colina empoeirada de Peguyville, onde o cheiro de excrementos toma todos os ambientes.
Esta situação, em parte, faz com que em Porto Príncipe se repitam com cada vez maior frequência cenas de grupos que roubam todo tipo de mercadorias em comércios fechados ou armazéns.
Centenas de jovens, muitos armados com barras de ferro ou madeira e alguns com facas, ocuparam hoje uma importante avenida e forçaram a entrada de vários armazéns, nenhum deles de produtos comestíveis, em uma das principais vias do centro.
Muitos deles protagonizaram confrontos aos socos e empurrões em plena rua pela repartição do material, mas sem chegar a utilizar suas armas, perante o olhar de vários fotógrafos da imprensa internacional.
Saques que ficam totalmente impunes, já que os militares da ONU que percorrem as ruas da capital passam pela frente sem intervir, enquanto a Polícia haitiana dispara para o alto, sem sucesso, segundo pôde comprovar a Efe. Porém, segundo a "Rádio Metropole", as autoridades mataram dois saqueadores.
Além dos desabrigados, a ONU se preocupa com segurança de seu pessoal, algo que desacelera as operações de ajuda.
De fato, o Conselho de Segurança da ONU estudará amanhã em reunião extraordinária ampliar o número de tropas da Minustah, liderada pelo Brasil e atualmente integrada por 6 mil capacetes azuis e 2.200 policiais, segundo o Ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim.
A presença militar americana foi criticada hoje pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, que denunciou que Washington está "ocupando o Haiti" ao enviar "milhares de soldados armados como para uma guerra".
Esses soldados, segundo o Governo dos EUA, entregaram no sábado 130 mil porções de comida e 70 mil garrafas de água potável aos desabrigados.
Adicionalmente, o PMA informou que, ao final de domingo, espera ter entregado alimentos a aproximadamente 100 mil vítimas na área de Porto Príncipe.
Também promissor foi o anúncio feito hoje sobre o resgate com vida de Nadine Cardozo, dona de um hotel de Porto Príncipe, cidade onde já foram rastreadas 60% das zonas afetadas pelas 40 equipes que chegaram de todo o mundo.
Cardozo se transformou na vítima número 70 em ser salva em meio aos escombros, "um número recorde de pessoas achadas com vida após um terremoto", disse à agência Efe Elizabeth Byrs, porta-voz do escritório humanitário da ONU.
As notícias, infelizmente, não foram boas para a Minustah, depois que neste domingo foram encontrados os corpos de uma advogada chilena e mais um militar brasileiro que trabalhavam em Porto Príncipe para a missão. Com isso, sobem a 42 os mortos da organização.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que hoje chegou ao Haiti, disse que "a destruição e a perda de vidas é assustadora" e enviou uma mensagem a todas as vítimas, garantindo que não lhes esquecerão e farão tudo o que for o possível para ajudar na recuperação.
Esta é "a crise humanitária mais grave" ocorrida em décadas, disse Ban após sobrevoar Porto Príncipe, destacando que quer aumentar a assistência humanitária aos desabrigados, além de garantir a coordenação das enormes quantidades de ajuda internacional que estão chegando ao país mais pobre da América.
A mensagem será fortalecida amanhã pelo enviado especial da ONU para o Haiti, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, que chegará ao país com uma grande carga de assistência.
Em reunião que fará em Porto Príncipe com o líder haitiano, René Préval, Clinton procura garantir que a resposta seja "coordenada e efetiva", acrescentou.
De olho no que virá após estes primeiros dias e semanas, Préval viajará nesta segunda a Santo Domingo para participar de uma reunião preparatória da Cúpula Mundial pelo Haiti, uma iniciativa da comunidade internacional para tratar da reconstrução do país.
A União Europeia, em reunião ministerial extraordinária que acontecerá em Bruxelas, também vai propor nesta segunda-feira a realização de uma conferência internacional para dar resposta coordenada à catástrofe, explicou hoje à Efe a porta-voz da Presidência espanhola da UE, Cristina Gallach.
A Itália se uniu a estes esforços, anunciando que cancelará a dívida de 40 milhões de euros que o Haiti tem com o país, como um "primeiro passo para o começo da reconstrução" desse país, anunciou hoje o chanceler italiano, Franco Frattini.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe. O Governo do país caribenho confirmou que pelo menos 70 mil corpos já foram enterrados.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, já havia falado em "centenas de milhares" de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 15 militares do país que participam da Minustah, a missão da ONU no Haiti, morreram em consequência do terremoto.
A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor.
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