segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cai número de analfabetos funcionais

Cai número de analfabetos funcionais

Escrito por CUT Nacional
12/12/2007

Inaf 2007 mostra, no entanto, que pouco mais um quarto da população alcançou o nível pleno de alfabetismo

O Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional) de 2007 mostra uma redução no percentual da população brasileira entre 15 e 64 anos que é considerada analfabeta funcional. De acordo com o levantamento, o percentual de analfabetos absolutos passou de 11% no período de 2004-2005 para 7% agora. Já o percentual dos alfabetizados com nível rudmentar permaneceu praticamente estável, passando de 26% para 25%. A soma dessas duas classificações indica o total de analfabetos funcionais, que passou de 37% em 2004-2005 para 32% em 2007.

“Ao mesmo tempo, podemos observar um contínuo crescimento no nível básico de alfabetismo, que passou de 33% em 2001 para 40% em 2007”, acrescenta Ana Lima, diretora-executiva do Instituto Paulo Montenegro, iniciativa do Ibope na área da Educação. O Inaf é realizado em parceria pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa, ONG criada em 1994 com atuação na área de Educação.

Apesar nos números positivos no que se refere ao analfabetismo funcional e ao alfabetismo nível básico, o Inaf de 2007 traz também conclusões preocupantes. O percentual da população classificada no nível pleno de alfabetismo oscila, desde 2001, em torno de um quarto do total de brasileiros, totalizando apenas 28% em 2007.

Alfabetismo e escolaridade Ana Lima explica que, internacionalmente, as medidas de analfabetismo funcional tomam por base os anos de estudo da população. Supostamente, ao completar a 4ª série os alunos já deveriam dominar as habilidades básicas de alfabetismo. Do mesmo modo, espera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental (8ª série), os alunos alcancem o nível pleno de alfabetismo. No entanto, os dados consolidados do Inaf no período de 2001 a 2007 mostram que, da população brasileira entre 15 e 64 anos com nível de escolaridade de 1ª a 4ª série, apenas 31% apresentam nível básico de alfabetismo e 64% não analfabetos funcionais; dos que completaram da 5ª a 8ª série, apenas 20% alcançam o nível pleno de alfabetismo, enquanto 27% são analfabetos funcionais.

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