08/02/2010
Dieese
O preço da cesta básica subiu em 10 de 17 capitais brasileiras em janeiro, frente a dezembro/2009
Na comparação com janeiro de 2009, o custo da cesta básica recuou em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, com destaque para Belo Horizonte (-11,35%) e Goiânia (-9,38%)
O preço da cesta básica subiu em 10 de 17 capitais brasileiras em janeiro, frente a dezembro/2009, de acordo com dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgados nesta segunda-feira pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O resultado no mês passado reflete o aumento no preço do açúcar e do arroz. Goiânia foi a cidade com a maior alta, de 4,61%, seguida por Salvador (1,43%) e Florianópolis (1,10%). O custo da cesta básica também subiu em João Pessoa (0,79%), Recife (0,57%), Natal (0,36%), Manaus (0,27%), Rio (0,19%), Belém (0,15%) e Curitiba (0,07%). O maior recuo no preço da cesta básica ocorreu em Belo Horizonte
(-3,87%), Brasília (-3,49%) e São Paulo (-1,39%).
Na comparação com janeiro de 2009, o custo da cesta básica recuou em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, com destaque para Belo Horizonte (-11,35%) e Goiânia (-9,38%).
Porto Alegre foi a capital com o maior preço para a cesta básica, de R$ 236,55, seguida por São Paulo (R$ 225,02) e Vitória (R$ 217,20). A cesta básica mais barata do país é em Aracaju (R$ 169,13).
- O resultado veio dentro das expectativas. Ao contrário de dezembro quando houve queda na maioria das capitais - afirmou o economista José Maurício Soares, coordenador da pesquisa do Dieese. Segundo ele, fevereiro deve registrar um desempenho similar. - A chuva só precisa dar uma trégua para melhorar as estradas e as condições de logística.
Entre os produtos analisados no mês passado, destaque para o açúcar, que ficou mais caro em 16 das 17 capitais, sendo as maiores altas em João Pessoa (32,47%), Goiânia (19,18%), Vitória (16,97%), Natal (16,77%), Recife (16,56%) e Belo Horizonte (16,35%). Em Aracaju, o preço permaneceu inalterado. - Neste caso, pesou a expansão da demanda externa e o câmbio desvalorizado, que possibilitou uma competitividade para a exportação - explica Soares, que acredita que tendência de alta permanecerá nos próximos meses pelos mesmos motivos.
O preço do arroz também subiu em 12 capitais em função de problemas com a colheita e o escoamento da safra. Os principais avanços foram em Belo Horizonte (8,51%) e Vitória (7,41%). Soares, no entanto, prevê que o preço do produto irá baixar já neste mês por conta do crescimento dos estoques.
Já a carne e o pão tiveram aumento em 10 capitais, com os maiores índices em Goiânia (6,67%) e Curitiba (3,17), respectivamente.
O Dieese calculou que o salário mínimo adequado para o trabalhador suprir as despesas da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 1.987,26. Ou seja, 3,90 vezes acima do valor em vigor desde janeiro (R$ 510).
A elevação do salário mínimo de R$ 465 para R$ 510 fez com que o trabalhador precisasse de menos horas de trabalho para a aquisição da cesta básica. A jornada no mês passado foi de 86 horas e 48 minutos na média das 17 capitais.
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/02/08/preco-da-cesta-basica-subiu-em-10-de-17-capitais-em-janeiro-915808189.asp
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Agencia Estado
LUCINDA PINTO
Dieese: mínimo deveria ser de R$ 1.987,26 em janeiro
Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 1.987,26 em janeiro de 2010 para suprir suas necessidades básicas e da família. Esse valor equivale a 3,90 vezes o valor do mínimo, de R$ 510,00, que passou a vigorar no dia 1º de janeiro deste ano. A constatação foi feita por meio de utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, feita pela instituição em 17 capitais do País.
O cálculo do Dieese leva em conta a cesta básica de Porto Alegre, a mais cara dentre as capitais pesquisadas, de R$ 237,58. E se baseia no preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência.
Em dezembro de 2009, quando o salário mínimo era de R$ 465,00, o menor salário deveria ser de R$ 1.995,91, 4,29 vezes o mínimo então em vigor. Em janeiro de 2009, o salário mínimo necessário era estimado em R$ 2.077,15, o equivalente a 4,62 vezes o mínimo em vigor à época (R$ 415,00). Com o aumento de 9,68% concedido ao salário mínimo em janeiro deste ano, a jornada de trabalho necessária para a aquisição da cesta básica caiu para 86 horas e 48 minutos na média das 17 capitais pesquisadas. Em dezembro, essa jornada era de 95 horas e 20 minutos, enquanto em janeiro de 2009 o tempo de trabalho necessário ficava em 114 horas e 26 minutos.
De: http://economia.estadao.com.br/noticias/not_4255.htm
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