domingo, 26 de abril de 2009

Com 16 anos começou a trabalhar e virou Ministro do Supremo tribunal Federal

> Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele.
>
> Conhecido como Joaquim Barbosa, apenas, ele é ministro do Supremo Tribunal
> Federal do Brasil desde 25 de junho de 2003, quando nomeado pelo presidente
> Luiz Inácio Lula da Silva. É o único negro entre os atuais ministros do STF.
> Joaquim Barbosa nasceu no município mineiro de Paracatu em 7 de outubro de
> 1954 (54 anos), noroeste de Minas Gerais.
>
É o primogênito de oito filhos.
>
Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando
> estes se separaram.
>
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do
> Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio
> público.
>
Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em
> seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
> Prestou concurso público para Procurador da República e foi aprovado.
> Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos, tendo obtido
> seu Mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II
> (Panthéon-Assas) em 1990 e seu Doutorado em Direito Público pela
> Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993.
> Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da
> Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
> Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da
> Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000), e Visiting Scholar na
> Universidade da California, Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
> Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na
> Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em
> francês, inglês e alemão.
>
> O currículo do ministro do STF Joaquim Barbosa que vocês acabam de ler foi
> extraído da Wikipédia, mas pode ser encontrado facilmente nos arquivos dos
> órgãos oficiais do Estado Brasileiro.
> "E o que mostra esse currículo?", perguntarão vocês. Antes de responder,
> quero dizer que o histórico de vida de Joaquim Barbosa pesa muito neste
> caso, porque mostra que ele, à diferença de seus pares, é alguém que chegou
> aonde chegou lutando contra dificuldades imensas que os outros membros do
> STF jamais sequer sonharam em enfrentar.
> Não se quer aceitar, nesse debate - ou melhor, a mídia, a direita, o PSDB,
> o PFL, os Frias, os Marinho, os Civita não querem aceitar -, que Joaquim
> Barbosa é um estranho no ninho racialmente elitista que é o Supremo Tribunal
> Federal, pois esse negro filho de pedreiro do interior de Minas é apenas o
> terceiro ministro negro da Corte em 102 anos, conforme a Wikipédia, tendo
> sido precedido por Pedro Lessa (1907 a 1921) e por Hermenegildo de Barros
> (1919 a 1937).
> E quem é o STF hoje no Brasil? Acabamos de ver recentemente nos casos
> Daniel Dantas, Eliana Tranchesi etc. É o que sempre foi: a porta por onde os
> ricos escapam de seus crimes.
> Joaquim Barbosa é isolado por seus pares pelo que é: negro de origem pobre
> numa Corte quase que exclusivamente branca nos últimos mais de cem anos, que
> julga uma maioria descomunal de causas que beneficiam a elite branca e rica
> do país.
> Sobre o que ele disse ao presidente do STF, Gilmar Mendes, apenas
> repercutiu o que têm dito, em ampla maioria, juízes, advogados, jornalistas,
> acadêmicos de toda parte do Brasil e do mundo, que o atual presidente do
> Supremo, com suas polêmicas midiáticas, com denúncias de grampos ilegais que
> não se sustentam e que ele até já reconheceu que "podem" não ter existido -
> depois de toda palhaçada que fez -, desserve à instituição que preside e ao
> próprio conceito de Justiça.
> Gilmar Mendes pareceu-me ter querido "pôr o negrinho em seu lugar", e este,
> altivo, enorme, colossal, respondeu-lhe, com todas as letras, que não o
> confundisse com "um dos capangas" do supremo presidente "em Mato Grosso".
> Falando nisso, a mídia poderia focar nesse ponto, sobre "Mato Grosso", mas
> preferiu o silêncio. Esperemos...
> Recomendo-lhes que, depois de terminarem de ler este texto, voltem aqui e
> terminem de ler o currículo de Joaquim Barbosa na Wikipédia, clicando Aqui.
> Claro que muitos dirão que a Wikipédia é "aparelhada pelo PT", sem darem
> maiores explicações sobre como e por que isso acontece. Mas eu concordo com
> o texto ali postado. A meu ver, está mais do que correto.
> Finalmente, esse episódio revelou-se benigno para a nação, a meu juízo,
> pois mostrou que ainda resta esperança para a Justiça brasileira. Enquanto
> houver um só que enfrente uma luta aparentemente desigual para si
> simplesmente para dizer o que falam quase todos, porém sem que os poucos
> poderosos dêem ouvidos, haverá esperança. Enquanto um resistir, resistiremos
> todos.
> Joaquim Barbosa é um estranho no ninho do STF, entre a elite branca da
> nação, e está sendo combatido por isso e por simplesmente dizer a verdade em
> meio a um mar de hipocrisia. O Brasil inteiro sabe disso e essa talvez seja
> a verdade mais importante, pois dará conseqüência aos fatos, se Deus quiser.

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