sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Legal uma discussão na rede sobre a vida de índios e consumo

O vazamento de petróleo na Bacia de Campos (Rio de Janeiro) pode ser 23 vezes maior que o divulgado pela Chevron, empresa responsável pela exploração da região. Essa é a estimativa do geólogo John Amos, da ONG SkyTruth, com base nas imagens captadas pela Nasa. Amos afirma que há um vazamento de 3.738 barris por dia entre 9 e 12 de novembro, o que representa aproximadamente 15 mil barris. Para a ANP (Agência Nacional de Petróleo), a diferença entre a quantidade divulgada e a que de fato vazou seria cinco vezes maior. As informações são do jornal O Globo.

Não entendi Flávio, o que voce está advogando a partir do fato de alguns indios venderem animais silvestres? E a miscigenação significa para voce que deixaram de ser índios?
Agora dizer eles estão, em muitos casos, ligados à indústria cosmética, mineradora e madeireira de vários países, é uma mentira deslavada. Até existem alguns povos que se uniram a madeireiros ou a garimpeiros, frente a falta de perspectivas, mas generalizar isso só serve para manipular posições. Quanto aos ligados a industria de cosmético, conheço alguns (poucos) grupos que de fato vendem óleos para a indústria cosmética, óleos que são tirados da floresta, que fica em pé e gera uma pequena renda a eles, também não sei qual problema há nisso.
Ainda uma informação: a populacão da maioria dos povos que habitam o Xingu hoje é muito maior do que na época do contato. 

Abs

----- Mensagem original -----
De: "flávio braga prieto da silva" <
brbrbr@ig.com.br>
Para: "Maria Dirlene Trindade Marques" <
dirlenetmarques@gmail.com>
Cc: "Paula Guimaraes de Souza Palmeira" <
paulagsouza_adv@hotmail.com>, "tupinamba rj" <tupinamba.rj@gmail.com>,3setor@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 11 de Novembro de 2011 12:21:58
Assunto: Re: [ 3setor ] O que não aparece no jornal O Globo

(continuando ... enviei só a metade) Animais silvestres e espécimes
vegetais cuja
exploração é proibida também são muitas vezes contrabandeadas com conivência
dos próprios líderes das reservas. O latifúndio é um grande mal,
especialmente se
ultrapassar o limite legal existente - a lei existe pra estabelecer limites
- a reforma
agrária teria que ser mais ágil, o processo judicial teria que seguir um
rito próprio,
mais célere - o que depende de novas leis. Reparo, no entanto, como acentua
Galeano em sua obra 'Veias Abertas da América Latina', que tanto o
latifúndio
como o minifúndio, a pulverização excessiva da propriedade, são ruins. Sei
que
há partidos propondo um limite mais reduzido para a grande propriedade, o
que,
a meu ver, não resolveria a situação já que poder-se-ia facilmente usar
laranjas,
mas não deixa de ser uma idéia a ser pensada. Cooperativas também têm, às
vezes, grandes extensões de terras, quando há muitos cooperativados.

Saudações
F.Prieto

Em 11 de novembro de 2011 12:00, flávio braga prieto da silva <
brbrbr@ig.com.br> escreveu:

> Olá, Dirlene
>
> Eu gosto das suas intervenções, já comentei isso, mas faço um contraponto
> aqui:
> Sim, eles ocupavam a terra toda, hoje há bem menos indígenas não
> miscigenados,
> já que a maior parte se misturou ao longo desses quatro séculos ou foi
> dizimada
> de diversas formas (doenças, combates, captura, fome, etc.). Esse direito
> eles têm,
> claro, mas na proporção do contingente que representam. Só que hoje eles
> estão,
> em muitos casos, ligados à indústria cosmética, mineradora e madeireira de
> vários
> países. Quem já não ouviu falar da extração de madeira e minério em terra
> indígena,
> muitas vezes com a conivência dos caciques? Também ocorre o contrário:
> quando
> se opõem, são combatidos à bala. Animais silvestres e espécimes vegetais
>
>
>
> Em 10 de novembro de 2011 20:53, Maria Dirlene Trindade Marques <
> 
dirlenetmarques@gmail.com> escreveu:
>
> Oi Flavio
>> Sei que uma discussao nesta lista nao vai mudar as posicoes das pessoas.
>> Mas, sei que as informacoes fazem as pessoas refletirem. E, ja vi voce
>> refletir sobre questoes aqui colocadas. Assim, ouso me contrapor a voce
>> como uma questao: um terco do territorio brasileiro nao pode ficar para os
>> indios (temos que lembrar que eles ocupavam todo o territorio, nao?) mas,
>> como e possivel mais de um terco deste territorio (nao tenho os dados
>> exatos) pertencer a alguns latifundios? Mas, Nunca vi voce falar sobre
>> isto.
>> Um abraco
>> Dirlene
>>
>> Em 7 de novembro de 2011 10:11, flávio braga prieto da silva <
>> 
brbrbr@ig.com.br> escreveu:
>>
>>> **
>>>
>>>
>>> Pois é, Paula:
>>>
>>> A merda da hidrelétrica foi aprovada em todas as instâncias necessárias,
>>> mesmo com oposição ferrenha de partidos à direita e esquerda. Os chilenos
>>> usam 5 vezes mais energia elétrica que nós, que temos fontes mais
>>> abundantes e limpas. Os americanos usam 10 vezes mais - mas o vilão é o
>>> brasileiro, o governo, etc. Vamos sair da escuridão? Índio também gosta
>>> de
>>> tv, CTI precisa de energia, escola também. Quem quer ficar na reserva ou
>>> no
>>> meio da selva distante fique, mas um terço do território brasileiro não
>>> pode ser só de poucas tribos e milhares de ongs (muitas delas,
>>> estrangeiras). Abaixo o obscurantismo.
>>>
>>> Saudações
>>> F.Prieto
>>> Em 4 de novembro de 2011 22:06, Paula Guimaraes de Souza Palmeira <
>>> 
paulagsouza_adv@hotmail.com> escreveu:
>>>
>>> >
>>> > cade o MP federal para barrar esta porcaria a Defensoria Publica e
>>> > principalmene as organizaçoes em defesa dos indios e nós brasileiros e
>>> > ambientalistas contra esta merda e principalmente cade a audiencia
>>> pública
>>> > desta merda de hidroelérica..... apenas um desabafo esperando
>>> resposta...
>>> >
>>> > Preservar o meio ambiente deve ser nossa missão diaria, por isso quando
>>> > for as compras procure sempre pelos produtos menos impactantes ao meio
>>> > ambiente.
>>> > To: 
3setor@yahoogrupos.com.br
>>> > From: 
tupinamba.rj@gmail.com
>>> > Date: Wed, 2 Nov 2011 10:12:14 -0200
>>> > Subject: [ 3setor ] O que não aparece no jornal O Globo 2
>>> >
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>>> >
>>> > *Três hidrelétricas ameaçam indígenas no rio Teles Pires *
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > Telma Monteiro
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > No dia 19 de agosto o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
>>> Recursos
>>> >
>>> > Naturais Renováveis (IBAMA) expediu a Licença de Instalação (LI) da
>>> >
>>> > hidrelétrica Teles Pires a ser construída no rio Teles Pires. Ela é
>>> uma das
>>> >
>>> > seis hidrelétricas inicialmente planejadas nesse rio. O mais curioso é
>>> que
>>> >
>>> > quatro delas estão sendo licenciadas pelo Ibama e outras três, Sinop,
>>> >
>>> > Colíder, Foz do Apiacás e Magessi (esta última já excluida do
>>> complexo),
>>> >
>>> > pela Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA).
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > No dia anterior, 18 de agosto, o Ibama havia publicado o aceite do
>>> EIA/RIMA
>>> >
>>> > da Usina Hidrelétrica (UHE) São Manoel, mais uma hidrelétrica também
>>> no rio
>>> >
>>> > Teles Pires. Os estudos ambientais do projeto da UHE São Manoel estão
>>> >
>>> > sendo analisados no Ibama, mas num processo independente da UHE Teles
>>> >
>>> > Pires. O outro projeto, UHE Foz do Apiacás (que será licenciado pelo
>>> estado
>>> >
>>> > do MT e não pelo Ibama), está planejado para ser construído na foz do
>>> rio
>>> >
>>> > Apiacás no Teles Pires bem ao lado da UHE São Manoel e exatamente na
>>> divisa
>>> >
>>> > da Terra Indígena Kayabi e Munduruku (ver mapa abaixo).
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > <
>>> >
>>> 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLRP7ApOwUrNTCKiEwoGOMIgqvUb_NYznkA1RLK69YpcHdPT8SADf_tnpYCeKtRVyHXQ0dga6XRnUZTu2aLIrFgZP-ASy9ewUXVIVANGLAMDepb7U0EtM0SXAGZGeOkIXTBDiFxR7A9xzg/s1600/Usinas+na+divisa+com+as+TIs.PNG
>>> > >
>>> >
>>> > Localização
>>> >
>>> > das três hidrelétricas
>>> >
>>> > na divisa das Terras Indígenas
>>> >
>>> > Em 2008 e 2009, foram realizados estudos preliminares das Terras
>>> Indígenas
>>> >
>>> > Kayabi e Munduruku, nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) das
>>> UHEs
>>> >
>>> > Foz do Apiacás e São Manoel, para atender os Termos de Referência da
>>> Sema
>>> >
>>> > de MT e do Ibama, respectivamente.
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > As UHEs São Manoel e Foz do Apiacás planejadas para o rio Teles Pires
>>> estão
>>> >
>>> > sendo licenciadas por dois órgãos diferentes - um federal, Ibama e um
>>> >
>>> > estadual Sema de MT, mas o Estudo do Componente Indígena (ECI) é único
>>> >
>>> > para as duas hidrelétricas. Mais grave ainda é que ambas estão na
>>> divisa
>>> >
>>> > com as TIs Kayabi e Munduruku.
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > Em julho de 2011, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o
>>> Ministério de
>>> >
>>> > Minas e Energia (MME) apresentaram uma complementação ao ECI da UHE São
>>> >
>>> > Manoel, pedida pela Funai. No início deste ano a Funai havia emitido um
>>> >
>>> > parecer questionando a avaliação dos impactos dos dois empreendimentos
>>> >
>>> > sobre as comunidades indígenas, no ECI de agosto de 2010.
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > O ECI das UHE São Manoel e Foz do Apiacás tem como foco principal os
>>> >
>>> > impactos sobre as comunidades indígenas que estão nas áreas de
>>> influência
>>> >
>>> > dos projetos, em particular nas Terras Indígenas (TI) Kayabi e
>>> Munduruku.
>>> >
>>> > Três etnias diferentes vivem nessas terras: Apiaká, Kayabi e Munduruku.
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > Uma lida na complementação de 351 páginas mostra um relatório das
>>> relações
>>> >
>>> > históricas dos grupos indígenas do Baixo Teles Pires com o qual eles
>>> >
>>> > convivem por pelo menos dois séculos. Comprova também a vulnerabilidade
>>> >
>>> > desses grupos além de expor a importância das áreas protegidas, as Tis
>>> >
>>> > Munduruku, Kayabi e Sai-Cinza e as unidades de conservação, na
>>> garantia da
>>> >
>>> > integridade física e biótica dos recursos naturais. A revisão das
>>> matrizes
>>> >
>>> > de impactos serviu apenas para atender às solicitações da Funai, pois a
>>> >
>>> > decisão já tinha sido tomada.
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > Tudo não vai além da pura praxe. Esse é mais um estudo, como tantos
>>> outros
>>> >
>>> > apresentados nos processos de licenciamentos, que comprova que os povos
>>> >
>>> > indígenas sofrerão todos os impactos diretos. Eles serão as principais
>>> >
>>> > vítimas sem terem o mínimo conhecimento do tamanho da hecatombe que vai
>>> >
>>> > atingí-los, se o governo levar adiante a construção das três
>>> hidrelétricas.
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > Rio Teles Pires: outra Sete Quedas poderá desaparecer
>>> >
>>> > A usina Teles Pires no rio do mesmo nome, na divisa do Pará com Mato
>>> >
>>> > Grosso, está planejada para ser construída num local chamado Sete
>>> Quedas.
>>> >
>>> > Um cenário maravilhoso de corredeiras poderá desaparecer para sempre.
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > O Teles Pires junto com o rio Juruena formam o Tapajós. O Governo
>>> Federal
>>> >
>>> > está começando a nos impor o Complexo do Tapajós. Os estudos
>>> ambientais já
>>> >
>>> > estão sob análise do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
>>> Recursos
>>> >
>>> > Naturais (Ibama), mas não estão disponíveis para a sociedade, ainda.
>>> >
>>> > <
>>> >
>>> 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyKKAKJ8gjLp8AllOBJRMJKwemZBmR6ocOZjIRzD6r9NFVNo5SBgDfmxnj0Pijy0-nSAK8FS9rM_zZpw6NsnuVBhCEeAcgAcWJ6tliKvcmLsTJi8h0efW7tszDNzwraHM5JCbPTI5Kkru-/s1600/Sete+Quedas+rio+Teles+Pires.jpg
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>>> >
>>> >
>>> >
>>> > A primeira Sete Quedas, no rio Paraná, foi destruída quando fizeram
>>> Itaipu.
>>> >
>>> > Agora estamos caminhando para a destruição da segunda Sete Quedas, a
>>> do rio
>>> >
>>> > Teles Pires. Pobres rios brasileiros!
>>> >
>>> > <
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https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsfFRdISPaM3btSrYt0n-5SyO-L3McP4v-RM7e6gZ1aqjRn1w5VLXNgqAtCmhqvegsoTCqBU-PfunLDTg7Wry7uEd59Mh2tL4WH2zl71WrfXP6HAgdJflNWoPl9dvJfh7EKkhIdtphTa_h/s1600/Sete+Quedas+2.jpg
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>>> >
>>> > Foto: Sete Quedas, rio Teles Pires, local onde querem implantar a UHE
>>> >
>>> > Teles Pires

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