terça-feira, 29 de novembro de 2011

Que seja por pertencimento. E não olhando a terra que quer voltar Brasileiro

Comentário:

 D
esmitificar o que se vé e ima forma de continuar dizendo que somos poucos ou inexistente no Brasil. Isso é estoria que jà acontece no sul. As Guianas com seus negros, lembrar do episodio dos Brasileiros mortos. Os ribeirinhos com seus cabelos carapinhas e chico Mendes com aquele cabelo alto? Não entendo como pessoas que se dizem Brasileiras, q vivem olhando para a Europa ou oriente, descendência tal, como se fosse voltar para lá. Então não é Brasileiro. E como falar que o Brasil està escurecendo apesar das tentativas de embranquecimento. E digo se quer ser Brasileiro, se não tem sangue indigena. Que seja por pertencimento. E não olhando a terra que quer voltar. Para esse o Brasil é apenas terra de pilhagem



Em livro, pesquisadores desmistificam suposta ausência de negros na Amazônia

Pesquisas inéditas e pioneiras sobre comunidades quilombolas, escravidão, alforrias, fugas escravas, a influência negra na literatura e na educação, festejos e manifestações culturais e racismo são abordadasno livro "O Fim do silêncio: presença negra na Amazônia", obra coletiva que reúne 13 pesquisadores e uma perspectiva renovada sobre a influência dos negros na região.
"O livro é resultado de anos de pesquisa e meses de trabalho na organização dos temas. Ele vem para desmistificar um discurso secular de que na Amazônia não existiram negros nem escravidão e dar fim a esse silêncio. A presença negra é efetiva, significativa e marcou a história da nossa região, nos ajudando a desvendar o passado e entender o presente", conta a historiadora Patrícia Melo Sampaio, organizadora da publicação.
Pesquisa
O livro, de 312 páginas, é resultado dos trabalhos finais de curso dos alunos das turmas de mestrado/doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia e de mestrado em História da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e foi produzido com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e do CNPq.
A obra, que foi construída ao longo do ano passado e organizada este ano, reúne pesquisadores de diferentes níveis, de alunos de mestrado a doutores em história, destacou Patrícia.
O grupo de pesquisa de História indígena e Escravidão africana na Amazônia, criado pela historiadora em 2000, também fundamentou as pesquisas, conta ela. "É um livro que tem muitas facetas e trata de diferentes aspectos da presença negra na Amazônia. Ele é resultado de uma ampla e sólida pesquisa e vai além do discurso."
Revelações
Parte importante da história negra na Amazônia deve ser recontada a partir das pesquisas apresentadas no livro, disse Patrícia. A alforria escrava no Amazonas, tema do estudo do historiador Provino Pozza Neto, é uma delas. De acordo com a organizadora da obra, Neto revela informações de cartórios de Manaus que desvendam o mito de que a elite do Amazonas era a mais abolicionista do Brasil.
"Pelo contrário, a pesquisa mostra que 60% das alforrias de negros do Amazonas foi paga pelos próprios escravos, a maioria mulheres que trabalharam a vida inteira e guardaram recursos para comprar sua liberdade. Isso desmistifica um discurso de ideal abolicionista da sociedade amazonense", apontou.
Outra pesquisa inédita presente na obra foi produzida pelo pesquisador Ygor Cavalcante. No capítulo "Fugido, ainda que sem motivo", ele relata como famílias inteiras de escravos usavam o Amazonas como uma rota de fuga do Pará, atravessando áreas de várzea, desbravando a floresta e cortando rios, até chegar a Manaus ou à fronteira com o Peru.
Autores
Participam do livro os autores Ygor Olinto Rocha Cavalcante, que conta histórias de escravidão, liberdades e fugas no Amazonas imperial, Provino Pozza Neto, que trata das alforrias, Luís Carlos Bonates, relatando a história da Capoeira no Amazonas, Emmanuel de Almeida Farias Júnior, pesquisador dos quilombolas, e Maria José Nunes, no capítulo sobre negros e mulatos na selva.
As manifestações culturais também são retratadas por Sérgio Ivan Gil Braga, nas 'danças e andanças' negras, Jamily Souza, que conta a história da festa de São Benedito e Sidney Barata, que relata as experiências da cultura hip-hop. Por fim, os pesquisadores Arlete Anchieta e Gláucio Gama relatam a presença de estudantes universitário negros, enquanto Ednailda Santos fala dos docentes negros na Ufam.
A obra teve lançamento neste domingo, no Museu Amazônico, na rua Ramos Ferreira, Centro.
Fonte: A Critica

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