Racismo leva indignação à Câmara de Mogi
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- Categoria: Racismo no Brasil
- Publicado em Quinta, 24 Novembro 2011 12:32
Os vereadores de Mogi repudiaram, na sessão de ontem, a notícia de que a aposentada Sandra Aparecida dos Santos, de 58 anos, que é negra, teria sido vítima de injúria racial. Geraldo Tomaz Augusto (PMDB), advogado, chegou a se colocar à disposição para ser o assistente no processo contra a professora Iracema Cristina Nakano, 53, acusada das ofensas.por SABRINA PACCA
Segundo o Boletim de Ocorrência, Iracema teria alegado que o carro da aposentada era seu e que havia sido furtado há quatro meses. No entanto, mesmo com as negativas de Sandra, a professora teria insistido que o carro era dela e dito que "preto para ter um carro assim, só se for roubado". A ocorrência foi registrada pelo delegado Orli de Morais que determinou a prisão da professora. Iracema pagou fiança de R$ 545,00 e responderá o processo em liberdade.
"Faço questão de ser advogado assistente nesse processo porque não podemos mais tolerar o racismo, que hoje é uma realidade", argumentou Augusto, tendo o apoio de outros colegas, como Carlos Evaristo (PSD), que confessou ter sofrido, na infância, com a discriminação racial.
'Preto para ter um carro assim, só se for roubado' diz professora racista para aposentada
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- Categoria: Racismo no Brasil
- Publicado em Quarta, 23 Novembro 2011 11:50
Alexandre Barreira
A aposentada Sandra Aparecida dos Santos, de 58 anos, alega ter sido vítima de injúria racial, na tarde de segunda-feira, na Rua Presidente Rodrigues Alves, no Centro de Mogi das Cruzes. De acordo com Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado no 1º Distrito Policial, a acusada de proferir as ofensas contra a funcionária pública aposentada, que é negra, é a professora Iracema Cristina Nakano, de 53 anos.
A discussão teria ocorrido nas imediações do Mercado Municipal. De acordo com Sandra, Iracema teria alegado que o carro da aposentada, um VW Fox prata, placas DKC-1142/Mogi, era seu e que havia sido furtado há quatro meses. No entanto, mesmo com as negativas de Sandra, Iracema teria insistido que o carro era dela e dito que "preto para ter um carro assim, só se for roubado". Esta frase foi ouvida pelo marido de Sandra, o policial Carlos Roberto Madeira Pereira, e a testemunha M.D.E..
"Senti-me humilhada. Nunca imaginei que chegaria aos 58 anos de idade e passaria por isso", desabafou Sandra, que trabalhou por 33 anos no Hospital Luzia de Pinho Melo. Ela contou que o ex-marido da professora e a tia dela é que pediram desculpas pelo fato.
A aposentada ainda descreveu que a professora abriu seu carro, olhou o interior do veículo e teria continuado a afirmar que o mesmo era o dela, que havia sido furtado e está em nome da tia, Helena Cardoso Siqueira. "Mesmo com todas as evidências contrárias, ela continuou insistindo em algo que não tinha qualquer razão. Além disso, foi totalmente irresponsável com os comentários racistas que fez. Ficamos surpresos de ela ter feito isso sendo uma professora, que deve educar e ensinar as coisas certas", destacou Pereira, que pretende processá-la por danos morais.
A reportagem de O Diário entrou em contato com a professora, mas não teve êxito. A ocorrência foi registrada pelo delegado Orli de Morais e sua equipe formada pelos policiais Ivone, Laudemiro e Arlindo. Ele entendeu que houve crime de injúria racial e determinou a prisão da professora, que pagou fiança de R$ 545,00 e responderá em liberdade. A pena para o crime é de até 3 anos de prisão.
Temos uma empresa que junto ao seu pessoal de marketing e publicidade não gosta de negros ou negras em suas campanhas publicitarias, qual será a imagem que eles querem passar?
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