Estava a ver a questão do Anizio Abraão, nada contra ele, mas o pessoalzinho que andava a rodar ele, em suas festas se dava em sua cobertura, muitos desse prédio deveriam se fazer amigo, e para está nos camarotes da Beija Flor. Um pessoalzinho que fazia de tudo para está lá, alguns da mídia até, e quando se fala em bar no Jacarezinho???? e é um pessoalzinho que na hora de colocar comentário sobre favela nos trata como???
Boa parte dos meus amigos de copo rejeitariam de primeira a um convite para uma cervejinha dentro da segunda maior favela da América Latina. Pensariam que talvez “cervejinha” fosse uma mera formalidade ou um código secreto, pois o que estaria por trás seria o uso de substâncias nada liquidas. Pelo menos então algum tipo de falcatruagem deveria estar envolvido, afinal ninguém entra num lugar tenebroso desses se não estiver com alguma boa vantagem. Ou então simplesmente pensariam o que na verdade se pensa: – Que o anfitrião não goza mais de sanidade e se tornou um potencial suicida. Bom, nada mais disseminado e igualmente tão errado em tudo isso! Em primeiro lugar minha cabeça está muito boa e o que me compete a fazer é prestar todo o meu pesar à ignorância de um grande setor de massas, em especial a classe média paralisada. Que apesar do nível cultural e acadêmico, conseguiu canalizar todas as suas insatisfações e frustrações, pessoais e coletivas, para a mesmice dos cotidianos televisivos, dos shoppings, dos conturbados relacionamentos familiares ou dos sedativos farmacêuticos. Esqueceu o que se passa para além dos muros de seus condomínios e perpetuou assim suas indiferenças pós-modernas, com o carimbo da chancelaria da famosa cultura dominante por detrás que, afinal de contas, se prestou em décadas para cumprir o desserviço da construção da criminalização da maioria da população e de disseminação dos preconceitos nessas comunidades e favelas carentes.
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