A carta abaixo é uma resposta às ofensas feitas a mim por uma senhora, que
esteve na semana passada, dia 11/06, em minha comunidade, apresentando-se
como sendo da prefeitura, apesar de não se identicar.
Peço, por favor, que divulguem esta carta.
saudações companheiros,
Zélia.
Rio de Janeiro,14 de junho de 2010.
Prezada Senhora Maria das Graças T. S. de Lacerda
No dia 10 de Junho por volta das 16 horas a Senhora e
sua equipe estiveram na Vila Arroio Pavuna ,com a intenção de entrar nas
casas, para medir e fotografar as mesmas. Atendidos por moradores que
informaram para se dirigirem à Associação e falassem com a representante Dona
Zélia,ausente, por não ter sido comunicada com antecedência, que a
Prefeitura viria à Comunidade. Ao chegar em casa às 17:40h, abordada por
dois jovens, dizendo-se funcionários da Prefeitura e queriam autorização para
medir nossas casas. Informei que estava aguardando respostas dos Ofícios que
a DEFENSORIA PÚBLICA DO NÚCLEO DE TERRAS E HABITAÇÃO encaminhou à
PREFEITURA, ao INEA e à COMCREMAT, empresa esta, que ganhou a licitação para
fazer o ESTUDO DO IMPACTO AMBIENTAL. Sendo assim, sem a legal resposta dos
referidos ofícios não seria possível entrar nas
residências.
No dia seguinte, chegou ao meu conhecimento, que como
a Senhora não tinha obtido os resultados desejados, apelou para
desclassificar a minha pessoa, na minha ausência, sem me dar o direito de
defesa, e é o que faço através desta carta:
A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E PESCADORES VILA ARROIO
PAVUNA, não é de *“faz de conta”* como a Senhora insinuou, ela foi fundada
em 24/08/2008, tem REGISTRO CÍVIL DE PESSOAS JURÍDICAS E CNPJ.
Não fui escolhida por ser mais “BRABA” como a
senhora me classificou,mas sim eleita representante da Comunidade, e que no
meu entender a expressão ‘’MULHER BRABA” é depreciativa e ofensiva.
E mais, ser também chamada de “BOI DE PIRANHA”,
não é elogio, mas é também depreciativo e ofensivo.
Declarar, como a Senhora declarou, “que eu me
escondo da Prefeitura e que já esteve aqui por três vezes sem me encontrar”,
é no mínimo mais um desrespeito a minha Cidadania, pois eu tenho endereço,
tenho ocupações e horários.
Quando lhe informaram que a Comunidade é
assistida pelas Instituições de Direito e Cidadania a sua resposta foi “que
a Prefeitura quando quer tirar, ela tira, ela tira,ela tira”
Não sabe a Senhora que antes da expressão “a
Prefeitura tira” há de se resolver questões como: Estudo de IMPACTO
AMBIENTAL, licenças aprovadas pelo INEA, tais como BÁSICO, BIÓTICO E SÓCIO
ECONÔMICO, AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAL- PROGRAMAS AMBIENTAIS
–ENUNCIADOS e ainda passar por três fases de Licenciamento, todas aprovadas
pelo INEA.
Portanto, Senhora, a metodologia terá que ser
aplicada.
Finalizando, após a Senhora ser atendida pela
minha pessoa no portão da minha residência, por volta das 18:00h, retornando
por telefone, às 19:00h, solicitando meu nome, ao que foi atendido com nome
e sobrenome, isto esclarece que não tenho motivos para “me esconder” pois
possuo nome,voz, endereço, direitos e cidadania plena.
Sem mais, atenciosamente
Maria Zélia Carneiro Dazzi – Associação de Morados e
Pescadores Vila Arroio Pavuna.
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