segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Falas sobre moradias

quinta-feira, 29 de maio de 2008
Bárbara Freitag

Nascida em 1941, na Alemanha, viveu sua infância e juventude no Brasil. Estudou sociologia, psicologia e filosofia nas universidades de Frankfurt/M. e Berlim. Doutorou-se na Universidade Técnica de Berlim e fez sua livre-docência na Universidade Livre de Berlim. Lecionou nessas e em outras universidades européias.

No Brasil trabalhou na UnB de Brasília (1972-2003) como professora titular, recebendo, em 2006, o título de “Professora Emérita”. Também foi professora visitante da USP, UNESP, UFPR, UFBA, entre outras.

Na UNESCO ocupa a cátedra intitulada “Cidade e Meio Ambiente”. Barbara Freitag tem inúmeras publicações na Alemanha, França e no Brasil, destacando-se seus estudos no campo da política educacional brasileira (Escola, Estado e Sociedade; Sociedade e Consciência; Diário de uma Alfabetizadora); no campo da teoria sociológica (Teoria Crítica: ontem e hoje; Itinerários de Antígona; Dialogando com Jürgen Habermas); no campo da sociologia urbana (Cidade e Literatura, A Cidade dos Homens, Itinerâncias urbanas e Teorias da Cidade, em co-edição com a FBN). De 2000 a 2007 coordena um projeto de pesquisa integrada (financiado pelo CNPq) que estuda a transferência das capitais brasileiras (Pesquisa em fase de conclusão).
Questiono.
A fala da Sra Bárbara Freitag
Percebi que tinha nela pouco conhecimento de comunidade(favela) e mais revolta, deve ser porque como pesquisadora não tenha conhecimento nem afinidade do que aconteça dentro na questão de ser pessoas com pensamento e concepção de vida que pode ser bonita, como amizade e respeito as diferença, aos demais vi um pouco de querer acontecer,???? mais um pouco fora da realidade e padrões da população que eles mesmo colocam como excluidas.
Será que a relalidade que ela fala não está ultrapassada, ela deveria deixar um pouco o medo, nojo, pavor ou´preconceito de lado e vai descobrir que comunidade, favela só é usado por que é elite na concepção de está ridicularizando o local.
1° deveria ver mais dados na questão de saneamento basico no sudeste, e, como as pessoa de areas ditas regularizadas com impostos, IPTU, não possui saneamento como colete de esgoto???
2° se a questão era questionar a alegria de viver... questiono se ela conhece acessibilidade do ser humano, que desprovido de muros $$$, e tratamentos e titulos consegue enchergar outro como pessoa e por isso, conhece o seu vizinho, e por conta de pesquisadores que não tem o pé no chão e acha que retirando as favela retira a visão feia, e o direito de ir e vir presente na constituição, sem favelas e (não temos uma educação e segurança como China e Cuba) e ela já visitou mos apartamentos comunitários da Russia, duas familias????
3°Ninguem fala das favela que ainda hoje existe no sul, nem do preconceito que faz com que pessoas com baixa escolaridade e poder aquisitivo fiquem invisiveis ou seja convidadas a sair,(buscar outro local para viver), será que São Paulo, Rio de Janeiro que tem como Habitantes com mais conciência de seus direitos, como a favela perto do rodo anel, a nova ponte de São Paulo, ou atendidas pelo PAC no Rio de Janeiro.
Infelismente mesmo com toda bajulação até estrageiro estão se rendendo a comunidade resta saber como intelectuais que estão fora da realidade vai continuar falando do que não sabe, já viu favelado pagando imposto de renda???
Não ficarei dando dica mais ainda bem que participo destes eventos para dizer aos nossos jovens que o preconceito continua,´pena ver isso acontecendo justo naquele local.
Um estudo elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta sexta-feira aponta que 34,5 milhões de pessoas que residem em áreas urbanas do país não possuem coleta de esgoto. O número representa 26,8% dos moradores das cidades brasileiras.

O relatório apresentado hoje durante o workshop "Políticas Sociais e Saneamento Básico: as experiências brasileira e indiana" realizado em Brasília, foi feito pelos técnicos do Ipea a partir de informações do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A análise dos pesquisadores demonstra outros aspectos que incluem variáveis como raça, condições de habitação e diferenças regionais. A comparação de dados foi feita de 2001 a 2006, último dado disponível.

Neste período, a chamada oferta de serviços de saneamento --que inclui, além do esgoto, a água e coleta de resíduos-- avançaram bastante nas regiões Norte e Nordeste do país. Apesar da evolução, o estudo mostra grandes desigualdades regionais.

Em 2001, 66,8% da população residente em áreas urbanas não tinham saneamento básico adequado no Norte. Esse número passou a 59,5% em 2006, numa retração de 7,3 pontos percentuais, a maior das regiões analisadas, mas ainda está longe se comparado à região Sudeste, que detém apenas 10,7% da população residente em áreas urbanas sem esgoto.

O estudo indica que 91% das cidades brasileiras possuem água canalizada e em 97,1% das cidades existe coleta de lixo. O esgoto sanitário é a grande deficiência pois é ausente em 22,2% dos municípios brasileiros.

Levando-se em consideração a variante de grupos de cor/raça em relação ao número de domicílios com saneamento básico adequado, as grandes desigualdades persistem. Apenas 18,7% dos classificados como brancos pelo IBGE não possuem saneamento básico adequado, enquanto 35,9% dos negros ou pardos não são assistidos, conforme dados de 2006.

Superlotação

A análise do Ipea mostra ainda que 13,2 milhões de pessoas no país se enquadram naquilo que o instituto considera superlotação de moradia. Ou seja, são obrigados a dividir um único quarto três ou mais pessoas.

O adensamento excessivo recuou de forma mais acentuada no Centro-Oeste e no Norte, entretanto, as desigualdades se comparadas a outras regiões do país ainda são grandes.

O índice no Norte é de 15,1% dos moradores em centros urbanos e de 9,2% no Nordeste. O Sudeste vem logo atrás, com 8,5%, seguido do Centro-Oeste, com 7%. A melhor situação é a do Sul, onde apenas 4,5% da população residente em domicílios localizados em áreas urbanas precisam dividir o mesmo quarto com três ou mais pessoas.

Ainda em relação a questões de moradia, o estudo indica que ao menos 5,1 milhões de pessoas no país comprometem pelo menos 30% de sua renda com aluguel, gasto considerado excessivo pelo Ipea.

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