POR MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - A aproximação da PM com moradores das comunidades que ganharam Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) trouxe uma nova realidade para os quase 900 policiais que atuam nessas favelas. Acostumados a usar armas pesadas no combate à criminalidade, os PMs passaram a ter que mediar conflitos entre os moradores, como discussões de vizinhos e brigas em bar. São situações em que, na avaliação do coordenador das UPPs, coronel José Vieira de Carvalho Júnior, não é necessário o uso fuzis ou pistolas. Por isso, o governo do estado está comprando armas não letais para os policiais das UPPs. “Elas inibem o alvo e não colocam em risco a vida das pessoas”, diz ele. A ideia é comprar pistola taser (que imobiliza o alvo) e balas de borracha.
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
O DIA: Por que adquirir armamentos não letais para os policiais das UPPs? Eles deixarão de usar as armas comuns?
Coronel Carvalho: Não. Vamos também adquirir o armamento menos letal. Isso foi uma determinação do secretário de Segurança (José Mariano Beltrame). A ideia é usarmos a pistola taser (dispara eletrodos que imobilizam a pessoa) e balas de borracha, mas vamos definir quais armas serão compradas esta semana. Estamos verificando a possibilidade de distribuir as pistolas para todos os policiais. Mediamos muitos conflitos nas comunidades, por exemplo, brigas em bar. No Pavão-Pavãozinho, os policiais tiveram que dar tiros para o alto para dispersar um tumulto (a confusão aconteceu em fevereiro, depois da prisão de um comerciante que se recusou a abaixar o som do estabelecimento). A arma menos letal inibe o alvo sem colocar as pessoas em risco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário