sábado, 19 de fevereiro de 2011

VINTE JOVENS QUILOMBOLAS

VINTE JOVENS QUILOMBOLAS

SÃO APROVADOS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS!

Entre estes vinte jovens temos a primeira quilombola APROVADA no curso
de MEDICINA, no campus I da Universidade Federal da Bahia, em
Salvador. Marina Barbosa da Silva, 19 anos, participou de dois
pré-vestibulares comunitários (GRIOT e Quilombola) e estava já no seu
06º vestibular para Medicina! “Meu grande sonho é me formar e voltar
para a minha comunidade. Até porque lá nunca foi um médico e eu quero
poder ajudar o meu povo”.

Atendendo jovens de comunidades quilombolas reconhecidas e
identificadas de diversos municípios da região sudoeste da Bahia, o
pré-vestibular quilombola aprovou vinte alunos do cursinho
pré-vestibular quilombola de Vitória da Conquista em vestibulares
2011.1 da UESB, UFBA e UEFS. Com a aprovação das políticas de ações
afirmativas, também conhecidas como cotas, em todas as universidades
públicas da Bahia, algumas instituições adotaram cotas adicionais
específicas para segmentos sociais mais atingidos pela desigualdade de
oportunidades: quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência. O
Pré-Vestibular Quilombola surgiu do forte incentivo da Educafro
Nacional, através do Prof. Flávio que saiu de São Paulo e foi
trabalhar naquela região. Foi um verdadeiro missionário da inclusão! A
realidade de exclusão destacou a necessidade de uma preparação que
viesse a suprir as lacunas acumuladas durante as trajetórias escolares
dos jovens quilombolas desde a educação básica, com todas as
dificuldades impostas pelos péssimos serviços públicos. Os outros
obstáculos são: às grandes distâncias, escolas fora das comunidades,
preconceito, pobreza e falta de recursos básicos, como transporte
escolar e energia elétrica nas casas. “O povo organizado superou e
venceu! Está é a nossa proposta para todos os pobres do Brasil: vamos
nos organizar e vencer! Tudo isto só foi possível por causa da
conquista das cotas que eliminou a concorrência injusta com os alunos
ricos que tem dinheiro para pagar as melhores escolas, não trabalham e
são tratados a bifinho e danoninho”, afirmou o Frei David. O que o
povo negro e pobre de São Paulo deve fazer para tomar as vagas na
MEDICINA, na ODONTO, no DIREITO, etc. da USP que continua sendo só
ocupada pela classe dominante e, cada vez mais ampliando a exclusão do
povo negro? Qual é sua opinião?

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Frei David Santos OFM
(11) 3107 5024 SP
(21) 2509 3141 RJ
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www.educafro.org.br

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