terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

14:49 06/02/2011 Indiciamento de seguranças de supermercado é conquista na luta contra o racismo, avalia ativista Daniel Mello Repórter da Agência Brasil São Paulo – O indiciamento por tortura de cinco seguranças que espancaram o vigilante Januário Alves de Santana no estacionamento do supermercado Carrefour é uma conquista na luta contra o racismo, segundo o coordenador do departamento jurídico do Instituto do Negro Padre Batista, Sinvaldo Firmo. A organização tem um convênio com a Defensoria Pública de São Paulo para atender casos de crimes de discriminação racial. Januário é negro e foi espancado pelos seguranças do supermercado, em Osasco, na grande São Paulo, ao tentar entrar no seu próprio carro, uma Ecosport. O crime ocorreu em agosto de 2009, mas somente nesta semana a polícia indiciou cinco dos envolvidos. Segundo o delegado do 9º Distrito Policial de Osasco, Léo Francisco Salem Ribeiro, falta apenas a decisão judicial a respeito de um habeas corpus, impetrado por um sexto envolvido, para que o inquérito seja concluído. De acordo com o delegado, o crime de tortura foi configurado com base nos relatos e nas provas materiais colhidas durante a investigação. Sinvaldo afirma que o indiciamento tem valor simbólico por ser algo ainda raro no país. “Acho que tem uma importância muito forte para a nossa luta contra o racismo no Brasil”, ressaltou. Na opinião dele, resta agora ver como será a atuação do Ministério Público no caso e a decisão final da Justiça. O Carrefour informou, por meio de nota, que afastou os funcionários envolvidos no caso e que colaborou com as autoridades. Edição: Lílian Beraldo

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06/02/2011
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06/02/2011
Indiciamento de seguranças de supermercado é conquista na luta contra o racismo, avalia ativista
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O indiciamento por tortura de cinco seguranças que espancaram o vigilante Januário Alves de Santana no estacionamento do supermercado Carrefour é uma conquista na luta contra o racismo, segundo o coordenador do departamento jurídico do Instituto do Negro Padre Batista, Sinvaldo Firmo. A organização tem um convênio com a Defensoria Pública de São Paulo para atender casos de crimes de discriminação racial.
Januário é negro e foi espancado pelos seguranças do supermercado, em Osasco, na grande São Paulo, ao tentar entrar no seu próprio carro, uma Ecosport. O crime ocorreu em agosto de 2009, mas somente nesta semana a polícia indiciou cinco dos envolvidos.
Segundo o delegado do 9º Distrito Policial de Osasco, Léo Francisco Salem Ribeiro, falta apenas a decisão judicial a respeito de um habeas corpus, impetrado por um sexto envolvido, para que o inquérito seja concluído. De acordo com o delegado, o crime de tortura foi configurado com base nos relatos e nas provas materiais colhidas durante a investigação.
Sinvaldo afirma que o indiciamento tem valor simbólico por ser algo ainda raro no país. “Acho que tem uma importância muito forte para a nossa luta contra o racismo no Brasil”, ressaltou. Na opinião dele, resta agora ver como será a atuação do Ministério Público no caso e a decisão final da Justiça.
O Carrefour informou, por meio de nota, que afastou os funcionários envolvidos no caso e que colaborou com as autoridades.

Edição: Lílian Beraldo
contra o racismo, avalia ativista
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O indiciamento por tortura de cinco seguranças que espancaram o vigilante Januário Alves de Santana no estacionamento do supermercado Carrefour é uma conquista na luta contra o racismo, segundo o coordenador do departamento jurídico do Instituto do Negro Padre Batista, Sinvaldo Firmo. A organização tem um convênio com a Defensoria Pública de São Paulo para atender casos de crimes de discriminação racial.
Januário é negro e foi espancado pelos seguranças do supermercado, em Osasco, na grande São Paulo, ao tentar entrar no seu próprio carro, uma Ecosport. O crime ocorreu em agosto de 2009, mas somente nesta semana a polícia indiciou cinco dos envolvidos.
Segundo o delegado do 9º Distrito Policial de Osasco, Léo Francisco Salem Ribeiro, falta apenas a decisão judicial a respeito de um habeas corpus, impetrado por um sexto envolvido, para que o inquérito seja concluído. De acordo com o delegado, o crime de tortura foi configurado com base nos relatos e nas provas materiais colhidas durante a investigação.
Sinvaldo afirma que o indiciamento tem valor simbólico por ser algo ainda raro no país. “Acho que tem uma importância muito forte para a nossa luta contra o racismo no Brasil”, ressaltou. Na opinião dele, resta agora ver como será a atuação do Ministério Público no caso e a decisão final da Justiça.
O Carrefour informou, por meio de nota, que afastou os funcionários envolvidos no caso e que colaborou com as autoridades.

Edição: Lílian Beraldo

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