quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Questiono a segregação e o racismo velado

Aprovação automática é barbaridade, diz Lula
Autor(es): Soraya Aggege
O Globo - 22/10/2008


Presidente afirma que herdou problemas na educação e critica greve de professores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem de barbaridade o sistema de aprovação automática, pelo qual os estudantes não repetem o ano e são retidos somente ao final dos ciclos escolares.


(Entrevista
Um abismo na formação escolar de brancos e negros no Brasil

Alexandre Alves
Pesquisa da UFRJ comprova desníveisEntretanto, ele ressalta que as pesquisas que indicam que negros e brancos têm índices de matrícula praticamente iguais (a diferença é de 1,1%) não mencionam taxa de repetência nem a conseqüente distorção idade-série - que é maior entre os negros, mostrando que este grupo ainda abandona a escola mais do que os brancos, marcando um problema de qualidade no sistema de ensino brasileiro. A adequação das crianças negras ao sistema de ensino cai de 52% no início do Ensino Fundamental (o que já é um índice ruim) para 19,3% no Ensino Médio, contra 37,4% das brancas. Ou seja, oito de cada dez adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola ou matriculados na série errada, pelos parâmetros definidos pelo MEC para cursar a Educação Básica. No caso do Ensino Superior, a taxa bruta quadruplicou entre os negros, mas ainda é menos da metade dos brancos (12,1% contra 30,7%).

A saída para reduzir essa desigualdade é a escola pública melhorar sua qualidade - para Paixão, esse problema não está só na pré-escola; devem ser discutidos os conteúdos apresentados em sala de aula, cada escola deve ter uma boa biblioteca, computadores. Mas mais importante que isso é a posição que o sistema escolar deve tomar, de modo a ser "mais receptivo à constituição de um ambiente favorável à diversidade, ao multiculturalismo", reduzindo os elementos de preconceito e discriminação. É preciso que a escola seja o espaço da "igualdade entre os diferentes", seja que diferença for: de visão, de locomoção, de cor e cultura. Segundo Paixão, "se uma pessoa tem dificuldades econômicas para prosseguir seus estudos e ainda enfrenta discriminação por preconceito, terá mais possibilidades de prejudicar seu aprendizado".)

- Quando neste país se tomou a decisão de universalizar o ensino fundamental sem levar em conta a qualidade, demos um passo para a frente e dois para trás. Quando se decidiu que uma criança na escola não precisaria fazer prova, que seria aprovado, estudasse ou não, cometemos a segunda barbaridade, com o aluno e com o professor - disse Lula, alegando que herdou graves problemas na educação. O presidente falou durante uma cerimônia de comemoração aos 60 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e em resposta a críticas de cientistas sobre o sistema educacional. O físico Luiz Davidovich disse ao presidente que o país está vivendo um processo de segregação social pela educação, por causa da diferença de qualidade entre as redes pública e particular no ensino básico.


Projetos ainda em andamento que Hoje parecem já existir.

( DIRETORIA LEGISLATIVA
CONSULTORIA LEGISLATIVA
ASSUNTO: COTAS RACIAIS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
CONSULTORES: CLÁUDIA NEVES COELHO DE SOUZA NARDON
DATA: 06 de maio de 2008


Cotas Raciais na Educação Superior Tramitam, ainda, nesta Casa, sobre o tema das cotas educacionais, as seguintes proposições:

o o Projeto de Lei nº 1.736, de 2007, do Deputado Neucimar Fraga, que dispõe sobre a reserva de vagas em instituições públicas federais de ensino técnico, agrotécnico, tecnológico e científico, de nível médio e superior, para estudantes negros, pardos e indígenas oriundos de escolas públicas;

o o Projeto de Lei nº 3.627, de 2004, do Poder Executivo, que "Institui Sistema Especial de Reserva de Vagas para estudantes egressos de escolas públicas, em especial negros e indígenas, nas instituições públicas federais de educação superior e dá outras providências";

o o Projeto de Lei nº 3.472, de 2004, do Deputado Nilson Mourão, que "Dispõe sobre a reserva de vagas para estudantes portadores de deficiência física, nas instituições públicas de ensino superior";

o o Projeto de Lei nº 373, de 2003, do Deputado Lincoln Portela, que "Institui cotas para idosos nas instituições públicas de educação superior";

o o Projeto de Lei nº 5.293, de 2001, do Deputado Vivaldo Barbosa, que "Garante à população negra direitos, na tentativa de reparar os danos causados pela escravidão", prevendo cotas para estudantes negros nas instituições públicas de ensino superior;

o o Projeto de Lei nº 3.004, de 2000, do Deputado Paulo Lima, que reserva 20% das vagas das universidades públicas para vestibulandos negros;

o o Projeto de Lei nº 73, de 1999, da Deputada Nice Lobão, que "Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e estaduais e dá outras providências";

o o Projeto de Lei nº 1.866, de 1999, do Deputado Luiz Salomão, que "Dispõe sobre medidas de ação compensatória para a implementação do princípio da isonomia social do negro".)

O presidente Lula defendeu também a qualificação dos professores:

- Se o professor der uma aula e o aluno não entender, o aluno precisa estudar mais. Se der duas, e o aluno não entender... Na terceira, ele tem de voltar para a escola.


(Secretaria de Educação de Americana. Av São Jerônimo, 146 - 13471-200 - Bela Vista - Americana - SP - (19) 3461.6287 - seduc@americana.sp.gov.br
SISTEMA DE AVALIAÇÃO

DO CURRÍCULO PREVISTO AO REALIZADO

Quando avançamos e ampliamos nossas concepções sobre a ação pedagógica, o entendimento e o olhar sobre a avaliação também se transformam.

A avaliação é um processo contínuo e sistemático presente em todos os aspectos da vida escolar, portanto, não pode ser esporádica nem improvisada, mas sim, constante e planejada. Visa superar o ato de medir resultados para ser parte do processo de formação do educando.

Avaliamos para identificar, diagnosticar e redimensionar a ação educativa, a função social e cultural da escola, a relação escola/comunidade, a organização do trabalho pedagógico, a prática pedagógica do professor e o desenvolvimento global do aluno.

Neste sentido, utilizamos como formas de avaliação múltiplos instrumentos para coletas de informações, tais como: observações diárias de sala de aula, atividades escritas, participação e desempenho dos alunos em debates e trabalhos individuais e em grupos, sempre de acordo com as características do plano de ensino e em função dos objetivos que se pretende atingir.

A partir do 2º ciclo ao final de cada bimestre, essas observações serão sintetizadas em relatórios e expressas em conceitos, representados pelas menções Excelente (E), Bom (B), Suficiente (S), e Insuficiente (I), e registradas na FADA - Ficha de Acompanhamento do Desempenho do Aluno. O 1º ciclo passa a não apresentar os conceitos, sendo a avaliação feita através de observações diárias e registros em relatos individuais.

As sínteses têm por objetivo as aprendizagens essenciais e possíveis à maioria dos alunos submetidos às condições de aprendizagem propostas.

É importante ressaltar que, o aluno portador de necessidades especiais, que represente dificuldades de aprendizagem, será avaliado de forma diferenciada, considerando-se suas limitações particulares. A avaliação dar-se-á durante o processo ensino aprendizagem, (não só através dos resultados no final de determinado período), considerando-se toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar e o desenvolvimento global do aluno.

A promoção acontecerá de forma continuada no decorrer dos ciclos.

Ao final de cada ciclo o aluno poderá ser promovido ou reclassificado, mediante resultados registrados no decorrer do mesmo, analisados coletivamente pelo Conselho de Classe, Diretor e Pedagogo, e da apuração da assiduidade (freqüência mínima de 75%, conforme o Regimento Escolar).

A recuperação é parte integrante do processo ensino aprendizagem, sendo realizada durante o período letivo regular. Serão submetidos a estudo de recuperação paralela ao processo, os alunos de aproveitamento insuficiente e/ou freqüência inferior a 75%, computando-se, para tanto, as atividades de compensação quando for o caso, conforme registro escolar.

Além da recuperação, o aluno com dificuldade de aprendizagem especifica, participa de aulas de reforço, num trabalho individualizado, com novas metodologias capazes de priorizar a construção e a comprovação de hipóteses, havendo assim maior motivação e interesse para a construção de conhecimentos.


AVALIAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE MUDANÇA

A avaliação da aprendizagem escolar vem sendo objeto de constantes pesquisas e estudos. O processo de construção e reconstrução de uma nova forma de avaliar nas escolas públicas municipais de Americana, tem provocado um esforço coletivo nos profissionais da educação, os quais vêm realizando estudos e reflexões no sentido de uma tomada de consciência gradual e coletiva, no nível da escola, de tal forma que ultrapasse os seus muros e transforme-se numa força que influencie a revisão do significado social e político das exigências burocráticas da avaliação.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), aprovada em 1996, determina que:

"a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais."

(item V, do artigo 24, seção I das Disposições Gerais, do Capítulo II da Educação Básica).

Ou seja, a avaliação educativa tem sentido e é plenamente justificada quando está a serviço de quem aprende e assegura sempre, em todos os casos, a correta aprendizagem, mediante as devidas correções e as indicações permanentes.

A avaliação é a vitrine na qual se exibem muitas das contradições existentes na educação. Nela se revelam os paradoxos entre o plano da elaboração e o da realização, a dos grandes anúncios sobre os objetivos da educação e as exigências pragmáticas de rentabilidades confusas que obedecem a outros interesses. São dilemas práticos diante dos quais os educadores têm de tomar posição como única garantia de um agir consciente e comprometido que leva à busca de respostas.

"A dicotomia educação e avaliação é uma grande falácia" (Hoffmann, 2001). É necessário a tomada de consciência e a reflexão a respeito desta compreensão equivocada de avaliação como julgamento de resultados, porque ela veio se transformando numa perigosa prática educativa.

Diante disso, temos consciência de que, até pouco tempo atrás, em nossa Rede Municipal de Ensino, ainda estava muito enraizada a visão da avaliação como atividade meramente quantitativa e até mesmo, como instrumento para garantir a autoridade.

Atualmente, nossa compreensão a respeito dos processos da aprendizagem e da cognição mudou. Sabemos que há novas formas de interpretar a aprendizagem e o papel que o aluno desempenha e que a avaliação é processo de indagação e de reflexão e ponto de partida para a ação. Ação essa que nos impulsiona à novas reflexões - "...reflexão permanente do educador sobre sua realidade e acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória do conhecimento" (Hoffmann, 1991), não ponto final de comprovações sobre dados passados.

Nesse sentido, entendemos que avaliar não é só fazer prova. A prova pode até fazer parte do processo, mas o que está em jogo é um processo inteiro que merece atenção global. Os testes, (provas objetivas) desempenham funções precisas, com base em uma concepção estática do conhecimento. Porém, reduzem-se os processos cognitivos a meras técnicas de controle com as quais se pode medir este ou aquele resultado. Ficam de fora, também, os aspectos: afetivo, pessoal e social da aprendizagem.

Torna-se urgente resgatar a preocupação por uma avaliação justa e essencialmente educativa, orientada por princípios éticos que visem a formação integral dos sujeitos que aprendem.

É importante identificar a serviço de que e de quem está o esforço dos que ensinam e dos que aprendem. Isto exigirá que o professor posicione-se diante do conhecimento e diante de sua própria responsabilidade profissional. Esta é a base do compromisso com ação.)

E ainda querem que adolescentes de 14 a 17 anos e 11 meses com 7/8° serie no minimo para acessar o contrato Jovem aprendiz, ninguém fala do aumento do envolvimento destes adolescentes com atividades ilícitas, que a diminuição do trabalho e prostituição infantil é na fase 7 a 13 anos e que entre 14 a 17 anos e 11 meses aumentou o envolvimento, e que o fato de mais denuncias não é porque a sociedade está revoltada e sim porque estes adolescentes que querem ter dinheiro só conseguem assim, se não é para eles que tem baixa escolaridade não deveria ser para ninguém, principalmente aqueles bem colocados na escola e com família influente.

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