sábado, 3 de maio de 2008

Dados do nivel da educação no Brasil

migueljorgems@globo.com para 3setor
mostrar detalhes 1 mai (7 dias atrás) Responder
Repetência maior, só na África. Apenas 53,8% das crianças concluem ensino
fundamental no Brasil
1/5/2008
Um relatório divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (Unesco) mostra que apenas 53,8% das crianças brasileiras
matriculadas na escola conseguem terminar a 8asérie (ou 9º ano). A reportagem
é de Demétrio Weber e publicada pelo jornal O Globo, 01-05-2008.
O dado diz respeito a 2005, e indica que a situação piorou em relação a 1999,
quando 61,1% dos jovens concluíam o nível fundamental.
O problema é provocado pelos altos índices de repetência e evasão. Na 1ª
série do ensino fundamental, informa o relatório, 27,3% das crianças brasileiras
foram reprovadas em 2003.
No Nordeste, apenas 38,7% conseguiram terminar o ciclo fundamental.
- A repetência só é maior nos países africanos - disse, sem conter o espanto,
o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny.
Com uma das maiores taxas de repetência do planeta, o Brasil corre o risco
de não atingir pelo menos três dos seis objetivos do chamado compromisso
Educação para Todos, estabelecido mundialmente em 2000, com metas até 2015.
Entre elas, a oferta de ensino de qualidade e a redução pela metade do analfabetismo
de jovens e adultos.
País não cumprirá meta de 2000
O Relatório de Monitoramento de Educação para Todos acompanha o que 129 países
estão fazendo para atingir os objetivos. O Brasil não tem muito a comemorar:
aparece em 76o lugar, atrás de vizinhos como Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela,
Peru, Equador, Bolívia e Paraguai. A posição intermediária indica que o país
poderá não cumprir o que prometeu em 2000. Na ponta de cima, 51 nações já
chegaram lá ou estão muito perto disso. Enquanto, na ponta de baixo, 25 países,
incluindo a Índia, o Paquistão e nações africanas, dificilmente conseguirão
atingir as metas.
Em 2001, quando o ranking foi elaborado pela última vez, o Brasil estava
em 72º lugar, e recuou quatro posições, mas entraram mais quatro países no
universo da pesquisa. Em 2001, eram avaliados 125. Agora, 129. Como não existe
um teste mundial de conhecimentos, o estudo avalia a qualidade do ensino
por meio de um indicador comparável internacionalmente: o número de estudantes
que chegam à 5a série do ensino fundamental (6o ano), ou seja, que "sobrevivem"
à escola.
No Brasil, essa taxa era de 80% em 2005. O indicador piorou em relação a
2004 (84%). Para a Unesco, no entanto, essa variação é desprezível, pois
pode estar dentro da margem de erro estatística. O mesmo vale para o Índice
de Desenvolvimento de Educação para Todos (IDE), que serve de referência
para o ranking e caiu de 0,905 para 0901, entre 2004 e 2005. A escala vai
até 1.
A consultora da Unesco Angela Rabelo Barreto, uma das autoras do relatório,
disse que o problema maior está na estagnação do país em torno desse índice:
tanto em 2001 quanto em 2002, a taxa brasileira já ficara em 79,9%. Ou seja,
a escola pública ensina pouco e ainda expulsa parte dos alunos ao longo dos
anos, seja por meio da repetência ou da evasão.
Crítica à "indústria da aprovação"
A taxa de repetência brasileira na 1ª série, assim como nas demais, supera
não só a dos vizinhos sul-americanos como a dos países em desenvolvimento
mais populosos, o grupo do chamado E-9, que reúne nações com características
semelhantes às do Brasil: China, Índia, Nigéria, Indonésia, Paquistão, Egito
e Bangladesh.
- O Brasil comete dois equívocos simultaneamente: criou uma indústria da
repetência e uma indústria da aprovação automática - admitiu o ministro da
Educação, Fernando Haddad, fazendo referência também a outro contingente
de alunos que até consegue completar o ensino fundamental, mas pouco ou nada
aprende.
O relatório diz que o Brasil terá dificuldades para garantir a paridade entre
gêneros. Diferentemente do que ocorre no mundo árabe ou na Ásia, onde as
mulheres têm menos acesso à educação, no Brasil são os homens que abandonam
a escola, fazendo com que elas sejam maioria. Outro objetivo é a redução
do analfabetismo na população de 15 ou mais anos: a meta prevê uma queda
de 50% em relação ao índice de 1990, o que significaria uma taxa de 6,8%.
Em 2006, 10,5% não sabiam ler e escrever.
A meta mais próxima de ser atingida é da universalização do ensino primário.
Defourny observou, porém, que o acesso à escola é só um meio de dar transmitir
conhecimento.
Ou seja, é preciso que os alunos ingressem, permaneçam, mas, acima de tudo,
aprendam.
O estudo enfatiza que a superação das desigualdades regionais, assim como
socioeconômicas e raciais, é outro grande desafio: - A dificuldade de incorporar
os segmentos da população mais excluída sempre foi o problema da educação
brasileira - disse o ex-representante da Unesco no Brasil Jorge Werthein.
A consultora Angela ressalvou, porém, que o relatório monitora os índices
de 1990 a 2005. Deixa de fora, portanto, os esforços do governo federal nos
últimos anos.
Haddad procurou minimizar o estudo, enfatizando que se tratam de dados produzidos
pelo IBGE e já divulgados.
Ele disse que os problemas identificados serviram de base para o Plano de
Desenvolvimento da Educação, lançado em abril de 2007 e que recebeu a adesão
de 5.400 prefeitos e de todos os 27 governadores, com metas até 2022. O ministro
defendeu maiores investimentos no ensino. Segundo ele, o país precisa aplicar
pelo menos 6% do PIB. Hoje são 3,9%.
- Hoje se vê empresários falando sobre educação. Até eles perceberam que
não é só o lucro das empresas que conta. Há muito o que fazer ainda.
Há uma longa avenida pela frente. Mas era uma avenida esburacada. Hoje acho
que é pavimentada e vai permitir acelerar o passo - disse Haddad.
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Miguel Jorge
Ass.Político

Um comentário:

Revolucionario solitario disse...

A todos os estudantes que irão fazer o Enem gostaria de fazer um protesto e gostaria que repassasem , recebi um email de um outro estudante, e farei o meu protesto amanhã na redação relatando o descaso da educação e essa bagunça que se tornou esse processo irei dissertar sobre essa falha, não me importa essa nota, estou repassando o que todos os estudantes de varias faculdades propuseram, espalhar pelas redes sociais, e email esse fato e fazer esse protesto na redação,,, com o seguinte tema " Enem vergonha Nacional, um retrato da péssima educação no país" eu junto de outros milhares de estudantes, não usaremos essa nota, vamos fazer história unindo a força estudantil em favor da melhora da educação brasileira.

Por favor repassem para o maior numero de pessoas...


Não é pegadinha nem uma forma de diminuir a concorrencia, é um protesto individual pessoal e opcional, desde que se tornou um processo falho desde o episódio do ano passado com o roubo das provas, e principalmente este ano agora com a incompetencia do governo federal, isso só reflete o descaso público com a educação, não sou membro de direita e nem esquerda, eu só quero uma educação de qualidade nesse país, e esse será o meu protesto, talvez seja uns poucos que o façam mas alguém tem que ter coragem de ousar a criticar para que haja uma mudança drástica no que de mais essencial esse país precisa melhorar.


Mas se for para protestar, não farei com os que votaram, conscientemente, no Tiririca como uma forma de protesto resultando na eleição de 2 ou 3 deputados do mensalão, meu protesto será na redação, "Enem Vergonha Nacional, o retrato da péssima educação no País".

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