No dia 22 de agosto, será realizada a primeira reunião do Comitê
Étnico-Racial, da Secretaria de Estado de Educação, com o objetivo de traçar
as próximas diretrizes e intensificar o trabalho nas unidades escolares em
cumprimento à Lei nº 10.639/03, que estabelece o ensino de História e
Cultura Afro-brasileiras e africanas nas escolas.
O grupo, formado por representantes das 30 coordenadorias regionais, foi
instituído pela secretária de Educação Tereza Porto, no dia 26 junho desse
ano, com a proposta de acompanhar a formulação e o desenvolvimento de
projetos e ações voltados para a valorização da cultura de afro-brasileiros
e africanos na rede estadual fluminense.
- Encaminhamos para as escolas da rede estadual uma pesquisa sobre a
abordagem étnico-racial realizada por professores de História, Língua
Portuguesa, Literatura, Artes e Filosofia. Eles deverão responder como estão
aplicando o conteúdo da Lei 10.639/03, para trabalharmos o currículo nas
escolas sobre as questões raciais – informou Mariléia Santiago, da
Superintendência Pedagógica da SEEDUC, que cuida da área de Diversidade e
Inclusão Social.
O encontro no próximo mês também terá a participação de instituições
públicas e particulares, organizações não-governamentais, movimentos negros
e sociais, lideranças sindicais e políticas e comunidades remanescentes de
quilombos.
Segundo Mariléia, o grupo se encontrará bimestralmente para avaliar o
trabalho e trocar as experiências desenvolvidas nas escolas.
- Temos o compromisso político e institucional pela construção e elaboração
de políticas públicas por uma educação que promova e valorize a igualdade
étnico-racial e a diversidade – informa Mariléia.
Um exemplo bem-sucedido, e que já se tornou referência na aplicação da lei,
é o Programa de Reflexões e Debates para a Consciência Negra, do Colégio
Estadual Sousa da Silveira, de Quintino. O programa organiza diversas
palestras interdisciplinares e, no ano passado, foi tema de documentário
produzido pelo Núcleo de Educação e Comunicação Comunitária (NECC), das
Faculdades Integradas Hélio Alonso.
No Colégio Estadual Sargento Wolff, de Belford Roxo, o racismo, o
preconceito e a política desigual também são discutidos pelos alunos durante
as aulas e nas atividades do Programa Escola Aberta.
Em São João de Meriti, o tema foi amplamente abordado este mês, na Jornada
Pedagógica, por educadores que apresentaram suas experiências e reflexões
para outros professores do município de diferentes instituições de ensino.
Conheça as próximas atividades:
*Projeto Cinemativa*
No segundo semestre, terá continuidade o projeto Cinemativa nas Escolas, uma
ação da Assessoria de Diversidade, em parceria com a ONG Estimativa, que
leva produções audiovisuais sobre a cultura afro-brasileira para unidades de
ensino que têm o nome de patronos negros.
A iniciativa acontecerá nos colégios estaduais Machado de Assis, em Belford
Roxo, Reverendo Martin Luther King, no Rio de Janeiro (Praça da Bandeira),
Gonzaga Junior, em Niterói, e ainda no CIEP Nelson Cavaquinho, em Mesquita.
No ano passado, foram contemplados o CE Luiza Mahin, na Ilha, e o Ciep
Rainha Nizinga Angola, em Acari, ambos do município do Rio. As unidades
assistiram aos filmes "Rap De Saia" e "O Que É Racismo?", respectivamente.
Já o Ciep Pixinguinha, de Nova Iguaçu, assistiu ao filme "Kiriku e a
Feiticeira".
*Curso de capacitação*
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De 04 a 8 de agosto, a coordenadoria regional Metropolitana VI, de Itaguaí,
em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, realizará um
curso de Africanidade, para capacitação de professores das escolas
estaduais. As aulas serão ministradas por professores da Uerj,UFRRJ e
outras, com carga horária de 40h, no Ciep Nelson Antelo Romar, em
Seropédica. A expectativa é que participem 100 professores da região e
também da Zona Oeste, segundo a representante da coordenadoria e integrante
do comitê, Ana Maria Soares da Silva.
[image: Portal do Cidadão - Governo do Estado do Rio de
Janeiro]
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