quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Questionamentos quanto a acessibilidade

Quando verificamos uma instituição falando da questão da desigualdade e ao mesmo tempo observamos na questão do acesso ao contrato especial de trabalho, CLT Art 402 ao 441, Decreto Lei 5.598/2005, Port 615/616/608 de 2007 pub MTE que aplicado por instituição ligado ao mesmo colocam o perfil preferencial de forma a continuar as exclusões, como não dar preferencia a adolescentes de baixas ecolaridade. Quando colocamos na midia que os mais clarinhos em deprimento aos escurinhos apesar das condições iguais de necessidades e destaques ou meritocracia tem oferece diferença de quem vai para as multinacionais e quem vai ficar como munitor, adivinha qual diferença de salarios?


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Acabamos construindo um sistema muito excludente e que promoveu um abismo na sociedade, entre classes, entre camadas sociais, que se expressaram na nossa distribuição de renda
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Por que foi necessário ampliar a oferta da merenda aos estudantes mais velhos?
HADDAD:Muitos alunos do ensino médio são trabalhadores. Estudam à noite e não têm tempo sequer de passar em casa. Sem os nutrientes necessários, ninguém é capaz de acompanhar uma aula.

Por que havia resistência a essa ampliação?
HADDAD: Ouvia dizer que o ensino médio não precisava dos mesmos cuidados que o ensino fundamental obrigatório. Tanto é que o ensino médio, até 2005, não tinha alimentação escolar, transporte e livro didático.

O que explica essa situação do ensino médio?
HADDAD: Cultuamos uma ideologia, que nunca foi propriamente explicitada, de que a uma parcela pequena da sociedade estão destinados os mais altos níveis educacionais, talvez uma pós-graduação de excelência. E, para a massa da população, a alfabetização era mais do que suficiente para operar as máquinas, as enxadas e os tratores. Essa ideologia nunca foi dita no discurso, mas é o que teve vigência no Brasil durante décadas. Acabamos construindo um sistema muito excludente e que promoveu um abismo na sociedade, entre classes, entre camadas sociais, que se expressaram na nossa distribuição de renda.

Dentro dessa visão, qual o papel do ensino técnico?
HADDAD: Essa é uma outra debilidade do nosso sistema educacional. O ensino técnico ficou totalmente apartado do sistema de ensino. Promovemos três alterações importantes. A primeira foi revogar a lei que proibiu a expansão da rede federal de educação profissional. A segunda foi o reenquadramento do sistema S. As escolas do Senac e Senai estão obrigadas a comprometer parcelas significativas de seus recursos com o ensino técnico gratuito. Em terceiro lugar, temos o programa Brasil Profissionalizado, que investe R$ 1 bilhão na reestruturação do ensino médio estadual para integrá-lo à educação profissional .

A médio e longo prazo isso diminuirá a desigualdade?
HADDAD: Não tenho dúvida. Temos que garantir a todos os brasileiros uma de duas perspectivas: educação superior ou educação profissional, sob pena de relegarmos um contingente expressivo da população a tarefas menores, caso de parcela significativa da juventude hoje.

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