domingo, 15 de janeiro de 2012

O Brasil que não se diz racista


Luana Génot

"Só nos chamam quando o tema do desfile está vinculado à cultura negra", disse à AFP Luana Génot, de 23 anos, umas das oito modelos negras, de um total de mais de 200, da agência 40 Graus Models, a principal do Rio.

Pela primeira vez, em junho de 2009, a Semana da Moda de São Paulo - a mais importante da América Latina- se viu forçada a impor uma cota de pelo menos 10% de modelos negros, depois de uma decisão da procuradoria pela pressão dos movimentos de afrodescendentes.
Sergio Mattos, diretor da agência 40 Graus Models, reconheceu em declarações ao jornal O Globo, esta semana, que "as semanas da moda são cruéis com as modelos do Rio, que têm mais curvas e a pele bronzeada".

A loira de olhos azuis Bruna Loureiro foi descartada em um desfile por sua pele ser "muito dourada, quando a marca de roupa preferia as peles muito, muito brancas".

UMA NEGRA FALANDO DE COTAS NAS PASSARELAS
Jordana Rosa e a nossa capa, a modelo Gabriela Gomes, que posa com vestido simples estampado que valoriza a silhueta da mulher sem marcá-la demais.
http://www.geledes.org.br/acontecendo/noticias-brasil/moda-e-modelos/12178-as-novas-caras-da-moda-brasileira
Não sou a favor das cotas nos desfiles. O conceito de criação de um estilista, assim como o casting escolhido, deve ser respeitado. Porém, aprendi que a moda é o reflexo da sociedade e os negros fazem parte do rosto do Brasil. Gosto de assistir um desfile e ver modelos negros e me identificar com as roupas, me sentir parte da obra do estilista. Isso é importante!
www.geledes.org.br
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