terça-feira, 4 de agosto de 2009

Homens de baixa escolaridade são principais vítimas de acidentes em Mato Grosso

(www.notisa.com.br)

Apenas o destinatário desta notícia pode utilizá-la (texto e/ou ilustração) e com crédito para a Agência Notisa.De acordo com os resultados de pesquisa publicada pelo periódico Epidemiologia e Serviços de Saúde, homens negros, de escolaridade equivalente ao ou abaixo do ensino fundamental completo, e na faixa etária que compreende o intervalo entre os 20 e 39 anos são as principais vítimas de casos de violência ou acidentes. O estudo foi publicado no edição de julho a setembro de 2009 por João Henrique Scatena, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, e colegas da Secretaria de Saúde de Mato Grosso.
27/07/2009
Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)


Homens de baixa escolaridade são principais vítimas de acidentes em Mato Grosso
Estudo publicado pela revista Epidemiologia e Serviços de Saúde revela que o grupo também é o maior alvo de casos de violência.


De acordo com o artigo, “foram estudados 2.532 atendimentos ocorridos durante um mês nas unidades de emergência da Grande Cuiabá-MT. Adultos jovens, do sexo masculino, foram as principais vítimas. Sobressaiu-se a magnitude dos acidentes (90,3%), com destaque para as quedas (54,8%). Entre os acidentes de transporte (26,8%) predominaram os de motocicleta (45,9%)”, e está registrado também que “acidentes específicos mostraram-se relacionados ao trabalho”, enquanto a suspeição de uso de álcool “prevaleceu nas violências”.

Para o levantamento dos dados, os autores empregaram, entre outros métodos, um estudo de corte transversal , “de uma demanda de serviços específicos do Sistema Único de Saúde”. O trabalho envolveu Cuiabá e Várzea Grande que, segundo as informações do texto, são “os dois maiores municípios do Mato Grosso”, e “compõem um conglomerado urbano de quase 800.000 habitantes, aqui denominado ‘Grande Cuiabá’”. A coleta do material empregado na redação deu-se também através da utilização de uma “ficha de notificação específica, desenvolvida e testada pela SVS/MS”. Entre os dados disponíveis no material constaram: município, cor, idade, escolaridade, município de residência, tipo de ocorrência, entre outros.

Nos atendimentos registrados, sobressaíram-se os homens (66,5%), negros (81,9%), com instrução até o ensino fundamental completo ou abaixo dele (58,3%) e no grupo etário entre os 20 e 39 anos (40,2%). Foi constatada pelos pesquisadores a suspeita de uso de drogas entre 16% das vítimas, mas a relação dos ocorridos com o trabalho aconteceu praticamente no dobro (30%) dos casos. Na discussão proposta, os autores afirmam que o estudo das ocorrências de acidentes e violências “é um campo do conhecimento que precisa ser estudado e melhor trabalhado”. Para eles, “trata-se de uma área que precisa de novos estudos, para que a tragédia representada pelas mortes, incapacidades e sofrimento, muitas vezes em fases precoces da vida, tenha sua incidência reduzida a níveis menos sombrios”.

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