segunda-feira, 31 de agosto de 2009

As piores adaptações de livros brasileiros para o cinema

Por Redação Yahoo! Brasil / Cineclick



O clichê que alguém popularizou diz que bons livros dão maus filmes e maus livros dão bons filmes. Nada disso. Maus livros podem dar bons e maus filmes. Bons livros também. Nesta galeria, aproveitando a estreia de "Veronika Decide Morrer", o Cineclick selecionou alguns livros brasileiros, bons ou maus, que viraram um fiasco no cinema.


"Budapeste" (2008)
Walter Carvalho é um excelente diretor de fotografia, quando controlado (o que é raro). Na direção, saiu-se mal, invariavelmente. A adaptação do livro igualmente chato de Chico Buarque virou um filme metido a besta e ruim em suas mãos.

"Benjamin" (2003)
Nada é tão ruim quanto esta adaptação de Monique Gardenberg ("Ó Paí Ó"). Assim como quem passa da vigésima página do livro é um herói, quem resiste à meia hora deste filme tem de ser beatificado.

"O Guarani" (1996)
Lembram do rolo com Norma Bengell na direção? Lembram que deram dinheiro para ela fazer o filme, mesmo depois de ter feito "Eternamente Pagu"? Pois bem, o mínimo que podemos dizer é que ela detonou o livro de José de Alencar.

"Dom" (2003)
E o que já fizeram com o pobre Machado de Assis, um dos grandes escritores brasileiros? O filme "Dom", de Moacyr Góes ("Destino"), talvez seja o exemplo mais constrangedor, apesar de outras coisas aparecerem: "A Cartomante", "Quincas Borba", filme ruim do bom Roberto Santos, e "Memórias Póstumas", de André Klotzel.

"Fogo Morto" (1976)
Escrito por José Lins do Rego, virou, em 1976, um filme ruim de Marcos Farias, que já havia realizado uma sofrível versão anterior de "A Cartomante", em 1973.

"Bufo & Spallanzani" (2000)
Rubem Fonseca foi outro escritor maltratado pelo cinema brasileiro. Primeiro, no ridículo "Bufo & Spallanzani", de Flávio Tambellini...

"A Grande Arte" (1991)
... depois com "A Grande Arte", um atentado à lucidez cometido por um inexperiente Walter Salles ("Linha de Passe").

"Tieta do Agreste" (1996)
Carlos Diegues ("O Maior Amor do Mundo") é do tipo de diretor que acerta um, mas erra cinco em seguida. Sua média tem sido essa, considerando sua carreira completa. Em "Tieta do Agreste", temos um dos momentos em que ele quase acerta. Mas o filme está longe de atingir 1% do que é a obra de Jorge Amado (e uns 10% da novela global).

"Sagarana - O Duelo" (1973)
Paulo Thiago é um grande especialista em estragar grandes romances brasileiros. Primeiro, fez o desastre "Sagarana", baseado em Guimarães Rosa ...

"Policarpo Quaresma" (1998)
...depois fez o mediano "Policarpo Quaresma, Herói do Brasil", baseado no clássico de Lima Barreto. Só o fato de ter realizado uma adaptação que não seja horrenda já pode ser considerado um progresso.

"Olga" (2004)
Quando Jayme Monjardim resolveu dirigir um longa-metragem para cinema, algum amigo devia ter alertado que a arte era de gente grande. Deu no que deu: "Olga" é um dos filmes mais patéticos de nosso cinema, com falas como esta "um presente de Vargas para Hitler", de alguém que acompanhava a deportação da heroína.

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