Novos índices Brasileiros como consumo, direitos de ir e vir, e culturas de locais distintos nos fazem questionar como a diversidade Brasileira vai tratar os outros, pois vejo pessoas que se dizem humanas à frente de cargos não reconhecer o outro ser humano. Por um 2015 humano.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Apartheide indios nativos x Brancos
Quem conta essa historia de indios no Mato Grosso..????
A quarta de uma série de razões possíveis para explicar a negligência da mídia em relação às questões indígenas, como se fossem acidentes pontuais (e não a manifestação de um processo que reflete contradições no núcleo do poder político nacional, velho de 500 anos) é simplesmente a recusa em investir em reportagem. Afinal, a redação só gera despesas. Seria possível acrescentar aqui uma série de outras razões, mas isso não é o mais relevante neste momento.
O fato mais significativo, para permitir alguma contextualização histórica e uma interpretação possível neste choque mais recente entre cintas-largas e garimpeiros não foi mencionado até agora por nenhum jornal. Trata-se de um crime com um conteúdo de violência que chocou o mundo e ficou internacionalmente conhecido como Massacre do Paralelo 11.
*Comida e arsênico *
Esse assassinato em massa de cintas-largas foi cometido por pistoleiros a soldo de empresários sem nenhum escrúpulo, com cobertura de funcionários oficiais, entre eles o próprio diretor do SPI, o major da Aeronáutica Luiz Vinhas Neves, em meados dos anos 60. Neves foi demitido ao fim de uma investigação ordenada pelo então ministro do Interior, o general Albuquerque Lima, baseado num relatório oficial de 5.115 páginas distribuído ao longo de 21 volumes.
O relatório, produzido por uma comissão criada para estudar o caso, afastou 200 funcionários do SPI, indiciou 134, incluindo dois ex-ministros, dois generais, um tenente-coronel e dois majores. Dos acusados, 38 foram demitidos a bem do serviço público e 17 presos, entre eles Vinhas Neves.
O Massacre do Paralelo 11, como foi definido pela imprensa da época, incluiu do roubo ao estupro, passando por grilagem, assassinato, suborno, tortura e outros comportamentos que chocaram Albuquerque Lima e os membros da comissão investigativa.
Nessa época, os choques já estavam se concentrando no Mato Grosso, estado que se abria para a fronteira agrícola, ainda que, na Bahia, também ocorressem crimes odientos. Fazendeiros e políticos, em ações combinadas, liquidaram duas comunidades pataxós espalhando, propositadamente, o vírus da varíola, estratégia convencional na luta pela posse da terra no Brasil, como foi exaustivamente denunciado por Darcy Ribeiro.
Para liquidar os beiços-de-pau (tapaiúnas, do tronco lingüístico jê) no Mato Grosso, um povo que já foi numeroso e hoje não chega a uma população de 100 pessoas, fazendeiros, com a ajuda de funcionários do SPI, presentearam os índios com alimentos misturados a arsênico, veneno letal. Em algumas aldeias aviões atiraram brinquedos contaminados com vírus de gripe, sarampo e varíola, a última delas uma doença agora erradicada do planeta.
Retirado parte..
http://www.rebelion.org/hemeroteca/brasil/040424capozzoli.htm
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